Mulher tocando laranja

Mulher tocando laranja

Deon Black/Pexels

A sexualidade e o prazer, principalmente o feminino, ainda s�o temas intrigantes. N�o � toa, a todo momento surgem novas pesquisas sobre o universo do est�mulo sexual. A descoberta do ponto G � prova desse movimento das mulheres em busca de mais autoconhecimento. No entanto, essa pauta segue sendo motivo de pol�mica at� mesmo no meio m�dico. Afinal, existe ou n�o o ponto G?

Uma pesquisa feita pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Universidade de S�o Paulo (USP), revelou que 55,6% das mulheres brasileiras n�o atingem o orgasmo em suas rela��es, o que as leva a questionar a exist�ncia de um ponto er�geno capaz de promover tanto prazer.

Segundo a ginecologista Viviane Monteiro, o famigerado ponto G � na verdade uma zona er�gena que compreende a extens�o do clit�ris, entre a uretra e o canal vaginal, indo at� a parte interna da vagina, onde existem termina��es nervosas e pequenos vasos sangu�neos que aumentam a sensibilidade e contribuem para o prazer, seja atrav�s da penetra��o ou de est�mulos locais.

"Ao contr�rio do que muitos acreditam, o ponto G n�o funciona como um bot�o, que ao ser tocado ir� proporcionar uma onda de prazer instant�neo. Toda essa zona er�gena deve ser estimulada para levar a um orgasmo. Vale destacar que cada mulher sente prazer quando estimulada de diferentes formas, em diferentes pontos. N�o h� uma receita que agrade a todas as mulheres!, explica a ginecologista.

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Com o aumento do foco sobre essa zona er�gena, a autocobran�a das mulheres em atingir o orgasmo tamb�m cresceu, e consequentemente, a frustra��o e descontentamento quando n�o ocorre tamb�m. Mas, a especialista refor�a que o autoconhecimento � o primeiro passo para alcan�ar diferentes n�veis de prazer.

"Nossos corpos s�o repletos de pontos G e, assim como nem todo corpo ser� igual, as mulheres gostam de coisas diferentes. Al�m das varia��es de sensibilidade, as experi�ncias pessoais tamb�m podem influenciar no prazer, por isso, conhecer o pr�prio corpo e avaliar as sensa��es que o est�mulo de cada regi�o causa � a melhor forma de alcan�ar a satisfa��o sexual. Vale sempre bater um papo franco com seu(sua) parceiro(a) tamb�m para, juntos(as), entenderem o que funciona mais para ambos(as)", complementa a m�dica.