A falta ou a diminui��o de uma vida ativa torna as pessoas mais propensas a desenvolver doen�as, como a diabetes e problemas cardiovasculares
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Hoje, 10 de mar�o, � celebrado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. A data foi escolhida para conscientizar a popula��o sobre as graves consequ�ncias causadas pela falta de exerc�cios f�sicos, al�m de incentivar pr�ticas que melhorem a qualidade de vida.
A pr�tica regular de exerc�cios f�sicos � fundamental para manter o bem-estar f�sico, ps�quico e social. A falta ou a diminui��o de uma vida ativa torna as pessoas mais propensas a desenvolver doen�as, como a diabetes e problemas cardiovasculares.
Com as facilidades que a tecnologia apresenta, se exercitar � algo que fica cada vez mais em segundo plano. Mas essa comodidade pode ser prejudicial � sa�de e resultar no conhecido sedentarismo. De acordo com dados publicados pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), o Brasil � considerado o pa�s mais sedent�rio da Am�rica Latina e o quinto do mundo. J� o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) afirmou que cerca de 47% dos brasileiros s�o sedent�rios.
As redes sociais
O neurologista Marcos Alexandre, do Instituto de Neurologia de Goi�nia, afirma que as redes sociais s�o as grandes vil�s para uma vida mais ativa. Al�m disso, ele conta que a procrastina��o pode resultar em uma pessoa sedent�ria, al�m de gerar uma culpa no indiv�duo por n�o ter feito aquilo que deveria ser feito.
“Nosso c�rebro gosta de tudo o que d� para ele um prazer imediato e as tecnologias, como compras on-line, d�o essa sensa��o. Ou seja, antes as pessoas sa�am de casa para comprar as coisas e nisso se exercitavam, mesmo que minimamente, mas agora isso pode ser feito deitado na cama sem esfor�o nenhum”, conta o neurologista.
O nutricionista esportivo Angelo Daher, da Science Play, plataforma de conte�dos voltados para o universo da sa�de, explica a import�ncia da pr�tica da atividade f�sica. Ele conta que n�o existe um melhor ou pior exerc�cio, mas � preciso que a pessoa fa�a o que gosta para que seja motivado a todo tempo.
“Alimenta��o, descanso e atividade f�sica s�o os tr�s pontos principais para uma vida ativa. A m� alimenta��o pode causar falta de energia, o que prejudica a pr�tica das atividades. � preciso que tudo esteja alinhado para um bom funcionamento do corpo. Uma dica � fazer atividades simples para movimentar o corpo como trocar o elevador pelas escadas e o carro pela bicicleta”, destaca Angelo.
Sedentarismo infantil
Com o aparecimento de tecnologias cada vez mais acess�veis para a crian�ada, muitas vezes eles t�m prefer�ncia por passar o tempo livre em frente �s telas, brincando com videogames e navegando pelas redes sociais em vez de praticarem brincadeiras mais din�micas que exijam do corpo. Isto tem se tornado um agravante para o sedentarismo infantil, que ap�s os tempos de isolamento social sofreu um grande aumento.
Estudo da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp) constatou que, antes da pandemia, 67,8% das crian�as praticavam atividade f�sica pelo menos duas vezes na semana. Contudo, durante o primeiro m�s de isolamento, o n�mero caiu para 9,77%.
O cen�rio preocupa os especialistas. Afinal, o sedentarismo infantil pode trazer profundas consequ�ncias para a sa�de das crian�as. Al�m da obesidade, a falta de atividade f�sica � capaz de afetar a qualidade do sono, o desempenho nos estudos, causar cansa�o excessivo e a falta de for�a muscular.
O endocrinologista Jos� Couto, do Hospital S�o Francisco de Bras�lia, conta que as crian�as t�m que estar em movimento para que n�o se tornem adultos sedent�rios. O m�dico acrescenta ainda que a companhia dos pais � fundamental neste processo e destaca a fun��o social e motivacional das atividades.
"Exerc�cios f�sicos, brincadeiras e recrea��o s�o essenciais para o desenvolvimento f�sico, motor, intelectual e social da crian�a interferindo no seu desenvolvimento integral, al�m de ajudar a prevenir a obesidade infantil. O ambiente tamb�m influencia no comportamento das crian�as. Por isso, � fundamental que os pais sejam exemplos e motivem os filhos, al�m de mostrarem a import�ncia da atividade f�sica para a sa�de”, conclui o endocrinologista.
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