Sombra de mulher sob o sol

Sombra de mulher sob o sol

Pixabay
Alimentar-se adequadamente, ingerindo alimentos que contenham pouco sal, a��car e gorduras, beber ao menos 2 litros de l�quidos, evitar o �lcool e o cigarro, praticar atividades f�sicas e jamais tomar medicamentos sem o devido acompanhamento m�dico podem aumentar a longevidade e proporcionar uma vida mais saud�vel. No Dia Mundial de Sa�de, nesta sexta (7), especialistas em todo o pa�s est�o debatendo formas de buscar qualidade de vida. 
 
"O cora��o, os rins, os pulm�es, o f�gado, o est�mago, o intestino, todos s�o �rg�os que dependem muito de como nos alimentamos, nos hidratamos e nos movimentamos. Temos visto crescer muito o quantitativo de pessoas adoecendo por doen�as que se tornam cr�nicas, ou seja, duram mais de um ano e demandam cuidados m�dicos constantes, sobretudo com a popula��o vivendo por mais tempo. Diabetesc�ncer e problemas cardiovasculares, como a hipertens�o est�o entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). E muitos deles t�m como origem a m� alimenta��o, sobretudo pelo consumo excessivo de sal, a��car e gorduras e o sedentarismo. At� mesmo o estresse, um forte causador de hipertens�o, infarto, entre outros problemas, pode ser aliviado com cuidados b�sicos de sa�de. Hoje, a busca � por viver mais tempo, mas com qualidade de vida, sem doen�as", explica a nefrologista Lecticia Jorge, gerente m�dica da Fresenius Medical Care.


 
A m�dica lembra que as mudan�as de h�bito podem inicialmente parecer mais dif�ceis, mas depois de algum tempo persistindo e fazendo pequenas mudan�as no dia-a-dia � poss�vel se acostumar com uma nova alimenta��o e tamb�m com uma rotina que inclua atividades f�sicas. "Tudo no in�cio parece estranho, ruim e diferente. Mas temos que perseverar porque nosso corpo se habitua. Por exemplo, quem diminui o a��car, estranha quando come algo muito doce. O mesmo ocorre com quem reduz o sal da comida. Se vai a um restaurante e a comida est� mais salgada. N�o tolera mais. Por isso hoje muitos restaurantes j� colocam pouco sal na comida e deixam a gosto de cada um."

"Quem se acostuma a comer pouca gordura, at� passa mal, fica com o intestino mais solto, se ingerir algo muito gorduroso. E o mesmo vale para a pr�tica de um exerc�cio. No in�cio � dif�cil, depois a pessoa n�o abandona a pr�tica de jeito nenhum porque passa a se sentir muito bem. E quanto a �gua? Muitas pessoas me dizem que n�o suportavam beber �gua e hoje em dia adoram. Tudo � costume!", esclarece. 

"N�s, m�dicos, ensinamos aos pacientes que comer bem � muito simples. Basta alternar nos pratos arroz, feij�o, carne, ovo, legumes variados e verduras. E de sobremesa ou nos lanches, ingerir frutas, cereais, leite. O p�o pode fazer parte tamb�m, desde que haja controle e modera��o na quantidade. Se for de farinha integral � melhor ainda. O �lcool, por exemplo, tem que utilizado com cuidado, h� limites na dosagem. J� o tabaco o correto � jamais fazer uso. Quem segue essas regrinhas b�sicas, possivelmente j� vai viver mais e melhor", disse.

Veja por que a sa�de renal importa

A sa�de renal ainda � pouco conhecida pela maior parte da popula��o e milhares de pessoas ao redor do mundo morrem por problemas que se iniciam com o mau funcionamento dos rins e que culminam, por exemplo, em derrame cerebral ou infarto. A sa�de do rim ent�o � t�o importante quanto a do cora��o, mas muitas pessoas ainda n�o sabem disso.

E um grande problema � que a doen�a renal � silenciosa, nem sempre aparecem sintomas e a doen�a vai progredindo at� os rins pararem completamente de exercer suas fun��es principais, que s�o filtrar subst�ncias nocivas do sangue que fazem mal ao organismo, retirar excessos de l�quidos e equilibrar a press�o arterial, produzir os horm�nios que protegem os ossos e participar da produ��o de gl�bulos vermelhos, que evitam a anemia.
 
Muitas pessoas ainda conseguem controlar o problema com rem�dios, mas algumas atingem a etapa final da doen�a. Estima-se que cerca de 10% da popula��o mundial tenha algum problema renal, com o rim filtrando menos do que o normal. De 2005 a 2021, o n�mero de pacientes em di�lise cr�nica no Brasil mais que dobrou, passando de 65 mil para 144 mil, segundo o censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
 
Lecticia Jorge ressalta que hoje a popula��o se exp�e a v�rios fatores simult�neos que podem trazer preju�zos aos rins. "As pessoas est�o consumindo muito sal, sobretudo com alimentos industrializados, que cont�m sal como conservantes, outros cont�m muito a��car e gorduras. Elas bebem pouca �gua, tomam muitas bebidas prontas a�ucaradas, fazem muito uso de bebidas alco�licas, tomam medicamentos � vontade e n�o praticam atividades f�sicas, al�m de viverem constantemente sob o estresse. Tudo isso prejudica a longevidade delas. E os idosos, que sentem mais dores, s�o os mais afetados em seus rins e f�gado com esse costume de tomar medicamentos em excesso. � preciso mais cautela e acompanhamento m�dico."