Voc� sente tontura? � importante ter um diagn�stico m�dico

Tontura n�o � uma doen�a, mas um sintoma presente em mais de 60 enfermidades. Est� entre as tr�s queixas mais comuns em consultas em um ambulat�rio geral, perdendo apenas para a dor e a fadiga, segundo informa��es do Departamento de Otoneurologia da Associa��o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C�rvico-Facial (ABORL-CCF).

 

Para alertar sobre a necessidade de investigar o problema, a ABORL-CCF promove at� s�bado, a sexta edi��o da Semana da Tontura, com o tema “Tontura � coisa s�ria: precisa de um diagn�stico m�dico”. O evento marca o Dia Nacional da Tontura, celebrado dia 22 deste m�s e refor�a a defesa da Lei do Ato M�dico (Lei 12.842), que completa 10 anos em 2023.

 

O m�dico otorrinolaringologista do Departamento de Otoneurologia da ABORL-CCF e coordenador da campanha, C�sar Bertoldo, destaca que a a��o tem o objetivo de conscientizar as pessoas que sofrem com tontura sobre a import�ncia de buscar atendimento m�dico, que � o profissional de sa�de habilitado para o procedimento de diagn�stico adequado. Al�m disso, chama a aten��o da popula��o para n�o negligenciar o sintoma, que pode ser descrito por sensa��es de desequil�brio, parecer que se est� flutuando ou sentir o ambiente ao redor girando, por exemplo.

 
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“Desvendar a queixa de tontura nem sempre � f�cil. Essa avalia��o � necess�ria para determinar qual � o principal respons�vel pela crise ou pelo sintoma atual que o paciente enfrenta. Muita gente tem a percep��o errada de que a tontura � sempre uma labirintite, pois desconhecem que h� dezenas de outras doen�as. � por isso que o m�dico deve ser consultado, por ser o profissional com a compet�ncia para pedir exames adequados, descobrir qual � a enfermidade e prescrever o tratamento correto”, explica Dr. Bertoldo.

 

Dados da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) indicam que a tontura afeta entre 15 e 20% da popula��o global.

Diversas altera��es de sa�de podem gerar sintomas de tontura, at� mesmo v�rias medica��es t�m esse poss�vel efeito colateral. Entre as principais est�o problemas emocionais e doen�as de origem metab�lica ou hormonal, neurol�gicas, cardiol�gicas e labir�nticas, ou seja, que afetam a estrutura interna do ouvido, muito relacionada � manuten��o do equil�brio corporal.

A Associa��o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C�rvico-Facial alerta para que a tontura n�o seja menosprezada, pois esse problema traz limita��es. Quem sofre com o sintoma pode desenvolver, por exemplo, medo e inseguran�a do movimento, pois a tontura leva � instabilidade do corpo, o que aumenta o risco de queda e de fraturas, um problema grave entre os idosos.

 

De acordo com o Departamento de Otoneurologia da ABORL-CCF, estudos brasileiros que indicam que 45% dos idosos convivem com a tontura e a altera��o no equil�brio corresponde a 85% das causas de quedas de pessoas com 65 anos ou mais.

 

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Al�m de preju�zos psicol�gicos, as pessoas que s�o afetadas pela tontura ainda t�m sua qualidade de vida impactadas no �mbito social e de trabalho, pois convivem com epis�dios de mal-estar f�sico e a redu��o da concentra��o e aten��o. “Elas tamb�m podem sofrer consequ�ncias em longo prazo, caso uma condi��o de sa�de existente que pode estar causando sua tontura n�o seja tratada”, refor�a Bertoldo. 

Algumas causas da tontura necessitam de tratamento medicamentoso ou hospitalar imediato e podem ser de dif�cil diagn�stico, como o acidente vascular cerebral (AVC), doen�as inflamat�rias do c�rebro, tumores, hemorragias, car�ncias nutricionais e diferentes tipos de c�ncer. 

A detec��o da causa da tontura depender� do entendimento dos sintomas, por isso, a hist�ria cl�nica do paciente � minuciosamente avaliada. Em algumas situa��es, � necess�ria a realiza��o de exames de sangue, de imagem e testes vestibulares (do labirinto) e auditivos, entre outros recursos. 

“Cada caso tem a sua particularidade, por isso o tratamento � feito pelo m�dico ap�s o diagn�stico e deve ser individualizado, podendo incluir medica��es, mudan�as comportamentais, tratamentos de reabilita��o e manobras espec�ficas. Generalizar tratamentos n�o � indicado e pode trazer riscos como efeitos colaterais, complica��es ou agravamento do quadro”, diz o especialista.