Menina branca com cabelos castanhos de blusa de manga rosa com semblante agressivo

O bullying deve ser combatido em conjunto entre a escola e os respons�veis pela crian�a

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O uso de tecnologias digitais sem supervis�o, a dissemina��o de discursos de �dio e o bullying s�o alguns dos fatores que produzem a viol�ncia no ambiente escolar e precisam ser combatidos, em conjunto, pelas escolas, fam�lias e sociedade em geral. Esse � o mote da nota especial, lan�ada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O texto, elaborado pelo Departamento de Sa�de Escolar da entidade, destaca que o caminho de enfrentamento a esse grave problema precisa estar focado especialmente em a��es pedag�gicas, em seu sentido mais amplo.

Conforme salienta o documento, em meio � como��o recente gerada em torno do assunto, surgem solu��es simples para um assunto t�o complexo, entre elas, a sugest�o de instalar detectores de metais e colocar mais policiais cuidando da seguran�a das escolas. No entanto, essas a��es pontuais, aplicadas de forma isolada, s�o ineficazes para resolver uma quest�o com m�ltiplas causas, num pa�s com 47 milh�es de alunos, matriculados em cerca de 180 mil escolas p�blicas e privadas.



Um t�pico essencial para a constru��o de um ambiente escolar mais seguro, segundo os pediatras, � manter aten��o ao comportamento dos alunos, em especial aos seguintes t�picos: mudan�as repentinas de humor e instabilidade emocional; piora no desempenho escolar, como pedidos frequentes para faltar � escola e dificuldade de concentra��o; depress�o e tend�ncia ao isolamento; sinais de agressividade; machucados que surgem sem explica��o; e material escolar danificado.

O bullying e o cyberbullying tamb�m s�o potenciais fatores de risco para o desencadeamento de casos de viol�ncia escolar e precisam ser detectados o mais precocemente poss�vel. Al�m disso, devem ser acolhidos atrav�s de a��es espec�ficas os adolescentes com maior perfil de rejei��o, que experimentam sentimentos de inadequa��o social ou que j� vivenciam cen�rios de viol�ncia na sua pr�pria casa ou comunidade.

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"Ao observar qualquer dessas altera��es no comportamento dos filhos e alunos, a fam�lia e a escola precisam atuar em parceria, buscando identificar a origem do problema e encontrar solu��es conjuntas, mais �geis e com maior amplitude de a��o do que aquela que cada parte conseguiria isoladamente", destaca o texto.

 A nota destaca ainda a necessidade da implementa��o das Comiss�es Internas para Preven��o de Acidentes e Viol�ncia nas Escolas (CIPAVEs), j� previstas na legisla��o de alguns munic�pios, bem como da amplia��o das pol�ticas p�blicas para enfrentamento dessa situa��o, como o Programa Nacional de Sa�de na Escola.

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