homem segura lupa diante de um vidro com bactérias

As infec��es por bact�rias resistentes, ou seja, aquelas que precisam de antibi�ticos mais potentes devido ao uso descontrolado e sem acompanhamento m�dico dos antibi�ticos, j� s�o um problema de sa�de p�blica

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As infec��es bacterianas ocupam o segundo lugar no ranking das doen�as que mais matam no mundo, de acordo com um estudo publicado no peri�dico cient�fico The Lancet no ano passado, ficando atr�s apenas das 
doen�as do cora��o. 


O levantamento mostra que a resist�ncia aos antibi�ticos esteve associada a quase 5 milh�es de mortes, e foi diretamente respons�vel por cerca de 1,27 milh�o de �bitos em 2019 (per�odo do levantamento).
 
“As infec��es por bact�rias resistentes , ou seja, aquelas que precisam de antibi�ticos mais potentes devido ao uso descontrolado e sem acompanhamento m�dico dos antibi�ticos, j� s�o um problema de sa�de p�blica e precisamos desenvolver a��es que ajudem a reduzir o n�mero de casos dentro e fora dos hospitais”, explica Ricardo Kosop, coordenador do projeto Antimicrobial Stewardship no Hospital Angelina Caron (HAC), na Regi�o Metropolitana de Curitiba.
 
De acordo com o m�dico, a higieniza��o das m�os � considerada uma estrat�gia de preven��o de infec��es com maior e mais robusta evid�ncia de efetividade, al�m do baix�ssimo custo e relativa simplicidade. Contudo, embora simples, e mesmo ap�s tudo o que vivemos durante a pandemia, ainda costuma ser ignorada no dia a dia, tanto por pessoas comuns como por profissionais de sa�de.
 
Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), lavar as m�os sempre que necess�rio ajuda a reduzir em aproximadamente 40% doen�as como gripe, conjuntivite e viroses. 

Preven��o de infec��es dentro dos hospitais

Neste cen�rio, a higieniza��o correta das m�os � fundamental para prevenir quadros de resist�ncia bacteriana em ambientes hospitalares. De acordo com dados da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), infec��es adquiridas durante a presta��o de servi�os de sa�de � um grande problema global, contudo, pacientes em pa�ses de baixa e m�dia renda t�m duas vezes mais probabilidade de infec��o do que aqueles em pa�ses de alta renda (15% e 7% dos pacientes, respectivamente).

A higiene de m�os deve ser com prepara��o alco�lica (�lcool gel) pela sua rapidez e efetividade. No entanto, sempre que houver sujeira aparente ou mat�ria org�nica nas m�os, a lavagem de m�os com �gua e sab�o � recomendada.
 
Dentre as iniciativas que v�m ganhando notoriedade dentro dos hospitais, o programa Antimicrobial Stewardship, desenvolvido com apoio da BD, uma das maiores empresas de tecnologia m�dica do mundo, visa promover o uso racional de antibi�ticos e reduzir infec��es, casos de sepse e consequentemente, multirresist�ncia microbiana em ambientes hospitalares.

Resist�ncia microbiana � uma das maiores amea�as no mundo hoje

“A resist�ncia microbiana � uma das maiores amea�as no mundo hoje. At� 2050, poderemos voltar a ter infec��es intrat�veis e, um antibi�tico mal-usado faz uma press�o seletiva (ou seja, quando um conjunto de fatores acabam selecionando os organismos mais resistentes) n�o apenas na bact�ria, v�rus ou fungo que causa determinada enfermidade, mas tamb�m nos demais microrganismos presentes no indiv�duo e na comunidade”, alerta Kosop.

O estudo publicado no The Lancet, apontou tamb�m que a resist�ncia a medicamentos em infec��es da corrente sangu�nea, que pode levar � sepse, esteve relacionada a 1,5 milh�o de mortes. Para ajudar as institui��es de sa�de a implementarem protocolos seguros, capazes de garantir a seguran�a do paciente, foi lan�ado o Programa de Gerenciamento de Acesso Vascular, do ingl�s VAM - Programa Vascular Access Management. 

"Em m�dia, a ades�o ao programa reduz em 32% as complica��es e diminui em 40% a taxa de infec��es. Al�m disso, nosso monitoramento mostra uma redu��o de 33% relacionada a custos associados � seguran�a do paciente”, conclui Carlos Damasceno, especialista cl�nico da BD, respons�vel pelo programa no Brasil.
 
De acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), at� 2050, bact�rias multirresistentes poder�o matar anualmente 10 milh�es de pessoas no mundo[v], n�mero maior que a mortalidade por c�ncer e doen�as cardiovasculares. Ainda de acordo com a OMS, as bact�rias resistentes fazem 700 mil v�timas anualmente no mundo.