Pulmão

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A incid�ncia de doen�as respirat�rias cr�nicas est� crescendo em todo o mundo. S�o morbidades como asmarinite al�rgicadoen�a pulmonar obstrutiva cr�nica (DPOC), conhecida no passado como bronquite e enfisema pulmonar e ainda considerada uma doen�a negligenciada. Dados do Projeto Latino-Americano de Investiga��o em Obstru��o Pulmonar (Platino) apontam que cerca de 80% das pessoas n�o sabem que t�m DPOC, apenas 12% s�o diagnosticadas e somente 18% seguem as recomenda��es m�dicas.

Pneumologista no S�o Crist�v�o Sa�de, Nelson Morrone Junior conta que, ao longo de sua trajet�ria profissional, se deparou com muitos casos de DPOC. Segundo ele, na maioria das situa��es, a doen�a � causada pelo tabagismo. "O principal sintoma � a falta de ar, geralmente progressiva e por vezes acompanhada de tosse. Tamb�m s�o observados expectora��o, ora esbranqui�ada, ora amarelada ou esverdeada, pigarro, chiado no peito e uma constante sensa��o de cansa�o". Ainda s�o considerados fatores de risco para a doen�a a queima de biomassa (exposi��o � fuma�a de forno a lenha) e o tabagismo passivo.

Segundo informa��es da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), mais de 200 milh�es de pessoas sofrem de DPOC. No Brasil, estima-se que mais de 7,5 milh�es de pessoas s�o portadoras da doen�a. Por�m, esses dados est�o baseados nas estat�sticas de mortalidade, o que configura um subdiagn�stico. Sendo assim, na pr�tica, o n�mero de afetados pode ser muito maior.

Sintomas e tratamento

Entre as complica��es causadas pela doen�a est� a sobrecarga do cora��o, que pode falhar e levar o indiv�duo � desnutri��o. Por ser uma doen�a catabolizante, a DPOC causa emagrecimento e sarcopenia (perda de massa muscular). Em raz�o da dispneia (falta de ar) ser um sintoma muito desafiador aos acometidos pela doen�a, os pacientes geralmente sofrem de ansiedade. Isso porque, conforme a doen�a progride, a falta de ar torna-se cada vez mais intensa, ocorrendo at� com m�nimos esfor�os, como ao tomar banho ou vestir-se.

A gravidade da DPOC � avaliada de acordo com o n�vel de obstru��o do fluxo respirat�rio e da intensidade dos sintomas ao longo do �ltimo ano de avalia��o do paciente. "O diagn�stico � feito pela prova de fun��o pulmonar e exames de imagem, como radiografia do t�rax e tomografia computadorizada do t�rax", revela o m�dico.

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Como tratamento, h� a recomenda��o de medidas n�o farmacol�gicas, como a cessa��o do tabagismo, e tamb�m o uso de medicamentos broncodilatadores, importantes para aliviar os sintomas e permitir as atividades di�rias. Al�m disso, a vacina��o contra pneumonia e v�rus da gripe est� na lista de cuidados. Em alguns casos, inclui-se a reabilita��o pulmonar (fisioterapia) e, em pacientes mais graves, oxig�nio em terapia domiciliar. "� uma doen�a que causa grande sofrimento ao paciente e aos seus familiares, mas o tratamento normalmente n�o tem grandes efeitos colaterais", complementa Nelson.