Jovem chateada com teste de gravidez negativo chorando na cama com marido apoiando-a

Jovem chateada com teste de gravidez negativo chorando na cama com marido apoiando-a

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Existem diversas causas para a infertilidade, um problema que est� crescendo no mundo. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) uma em cada seis pessoas � inf�rtil. "As mais comuns na mulher s�o a falta de ovula��o (geralmente por ov�rios polic�sticos), problemas nas tubas uterinas (por endometriose ou infec��o), a pr�pria endometriose e, muito importante, a idade da mulher maior que 35 anos. J� nos homens a causa mais comum � a varicocele, que � a dilata��o das veias da bolsa testicular. Tamb�m temos vasectomia (homens em um novo relacionamento), fatores gen�ticos que implicam na baixa produ��o de espermatozoides e o uso de horm�nios anabolizantes", explica o especialista em Reprodu��o Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor cl�nico da Neo Vita, Fernando Prado.

Como uma das estrat�gias para combater a infertilidade � o uso de horm�nios, o mercado de medicamentos para esse fim deve crescer 5,9% anualmente at� 2032, segundo previs�o da Global Market Insights: o tamanho do segmento deve sair de US$ 3,6 bilh�es, em 2022, para US$ 6,4 bilh�es em 2032. "Em um tratamento de reprodu��o assistida, como a Fertiliza��o In Vitro (FIV), por exemplo, os medicamentos hormonais servem para estimular o crescimento e recrutamento dos fol�culos existentes naquele ciclo menstrual no ov�rio. Com isso, h� mais fol�culos crescendo e, na aspira��o, maior n�mero de �vulos coletados. O controle dessa estimula��o � realizado por meio de ultrassonografia e tamb�m por exames de sangue, que colaboram na identifica��o do momento correto de fazer a coleta dos �vulos", explica o especialista em Reprodu��o Humana e diretor cl�nico da cl�nica Mater Prime, em S�o Paulo, Rodrigo Rosa.

Medicamentos para infertilidade s�o formulados para regular n�veis hormonais, estimular a ovula��o, melhorar a produ��o e qualidade dos espermatozoides, aumentar as chances da FIV ou tratar condi��es m�dicas que atrapalhem o casal de ter um beb�. A estrat�gia de uso de medicamentos para infertilidade tamb�m � aplicada quando h� a indica��o por problema de sa�de ou interesse da mulher no congelamento de �vulos.

"Com os exames prontos, a mulher j� pode receber os horm�nios que ir�o estimular a ovula��o. S�o horm�nios id�nticos aos naturais, incluindo o FSH (horm�nio fol�culo estimulante), e que ir�o resgatar �vulos que iriam entrar em atrofia. Gra�as ao efeito, a mulher consegue oferecer v�rios �vulos ap�s 10 a 12 dias de uso das medica��es. Idealmente orientamos congelar 15 �vulos", diz Fernando Prado.

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O relat�rio destaca que, � medida que a popula��o global continua a envelhecer e as taxas de fertilidade diminuem, � esperado que a demanda por tratamentos e medicamentos para infertilidade aumente nos pr�ximos anos. Por classe de drogas, o mercado de medicamentos � classificado em gonadotrofinas, inibidores de aromatase, moduladores seletivos de receptores de estrog�nio (serms), agonistas de dopamina e outras classes de drogas. O segmento de gonadotrofinas representou 41,5% da participa��o de mercado em 2022 - e deve continuar crescendo, segundo relat�rio da Global Market Insights. Esse tipo de medicamento tem papel crucial nos servi�os de FIV e Insemina��o Intrauterina.

Os medicamentos podem ter administra��o oral, t�pica ou parenteral (inje��es e infus�o intravenosa). Um entrave para esse crescimento, no entanto, pode ser os efeitos colaterais e os riscos associados aos medicamentos para infertilidade. "Durante todo o processo de est�mulo ovariano, a paciente pode sentir alguns efeitos colaterais comuns � utiliza��o dos medicamentos hormonais, mas que v�o variar caso a caso, podendo incluir, por exemplo, incha�o, enjoo, ganho de peso, cansa�o e irritabilidade. Mas, para a tranquilidade das mulheres que se submeter�o ao processo, a estimula��o ovariana � bastante segura, desde que devidamente acompanhada por um m�dico especializado", aponta Rodrigo Rosa.