casal idoso dançando

Dan�ar � um prazer: a inatividade f�sica � reconhecida como um dos principais fatores de risco para doen�as n�o infecciosas e mortalidade para idosos

Maria Francisca Mayorga/Pixabay
 
Sess�es regulares de dan�a podem beneficiar pessoas com mais de 85 anos, ajudando-as a serem fisicamente ativas, socializar e se reconectar com seus “eus” mais jovens, de acordo com uma nova pesquisa liderada pela Universidade de Leeds. A informa��o � de Rubens de Fraga J�nior, professor de gerontologia da Faculdade Evang�lica Mackenzie do Paran� (Fempar) e m�dico especialista em geriatria e gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
 
Rubens de Fraga J�nior conta que o projeto "Dance On" foi executado por pesquisadores da Escola de Ci�ncias Biom�dicas da Universidade, juntamente com One Dance UK, Yorkshire Dance e dardos, a institui��o de caridade de artes participativas de Doncaster: "Descobriu-se que mesmo as pessoas consideradas 'mais idosas', acima de 85 anos, podem se beneficiar de aulas regulares de dan�a para melhorar seu bem-estar e mobilidade".

As aulas, que ocorreram em Leeds, Bradford e Doncaster, receberam 685 pessoas com mais de 55 anos para aulas de dan�a semanais durante um per�odo de 12 meses. Com uma idade m�dia de 75 anos, mais de um ter�o das pessoas que participaram eram de comunidades altamente carentes.
Rubens de Fraga J�nior explica que a Sarah Astill, professora associada em Controle Motor na Escola de Ci�ncias Biom�dicas de Leeds, liderou a equipe de pesquisa da Universidade. "A inatividade f�sica � reconhecida como um dos principais fatores de risco para doen�as n�o infecciosas e mortalidade. Oportunidades para envolver adultos em atividades f�sicas s�o uma prioridade global, pois apoiam o envelhecimento saud�vel e retardam a progress�o de doen�as e incapacidades”, disse ela, mostrando que a dan�a oferecida em uma variedade de comunidades socialmente e economicamente diversas � uma maneira vi�vel de tornar os idosos fisicamente ativos.

Mais atividade f�sica

No final do estudo, os pesquisadores descobriram que as pessoas que participaram aumentaram a quantidade de atividade f�sica que faziam a cada semana e mantiveram isso ao longo dos 12 meses. Suas opini�es sobre seu pr�prio bem-estar tamb�m melhoraram, com os participantes dizendo que se sentiam mais fortes, mais confiantes e "anos mais jovens".

"Um participante em Doncaster afirmou que depois de uma sess�o de “Dance On”, est� muito melhor agora do que nunca. Outro pontuou que certamente melhorou seu estilo de vida e se sente anos mais jovem", destaca Rubens de Fraga J�nior.

As outras organiza��es envolvidas no teste tamb�m receberam bem os resultados positivos, com a diretora de dardos Lucy Robertshaw comentando que a oportunidade de participar desta pesquisa foi fant�stica. “Obtivemos uma vis�o real dos impactos positivos a longo prazo do engajamento sustentado em dan�a social e atividade de movimento. Foi �timo trabalhar em colabora��o com a Universidade de Leeds, One Dance UK e Yorkshire Dance regionalmente, e depois com o programa Get Doncaster Moving do Doncaster Council localmente para incorporar o aprendizado e explorar maneiras de continuar o ‘Dance On’, programa para que muito mais pessoas possam se beneficiar".

Conforme  Rubens de Fraga J�nior, Andrew Hurst, CEO da One Dance UK, disse: "A dan�a � uma ferramenta t�o poderosa para apoiar a sa�de f�sica e mental. Estamos muito satisfeitos em ver a publica��o dessas importantes descobertas de pesquisa, destacando o impacto do projeto ‘Dance On’ no aumento significativo da atividade f�sica em mais de 680 idosos de diversas comunidades em Leeds, Bradford e Doncaster”.

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O relat�rio de pesquisa do projeto “Dance On” destacou anteriormente impactos positivos na sa�de mental, incluindo redu��o da ansiedade e melhorias na satisfa��o com a vida como resultado do “Dance On”. O One Dance UK est� orgulhoso e animado com o imenso impacto do trabalho do grupo dedicado de “Dance On” parceiros – dardos, Yorkshire Dance e a Universidade de Leeds – puderam fazer na realiza��o deste importante trabalho".

Dan�a � acess�vel em �reas carentes 

Rubens de Fraga Júnior, professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar) e médico especialista em geriatria e gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

Rubens de Fraga J�nior, m�dico especialista em geriatria e gerontologia, alerta que inatividade f�sica � reconhecida como um dos principais fatores de risco para doen�as n�o infecciosas e mortalidade

Arquivo Pessoal
Na pesquisa publicada no BMC Geriatrics, a equipe relatou que as sess�es de dan�a s�o particularmente acess�veis para pessoas em �reas carentes, pois as aulas podem ser organizadas de forma barata e sem equipamentos especiais em ambientes internos seguros: "Para as pessoas mais velhas, a dan�a pode ajudar a conectar-se com experi�ncias anteriores de dan�a quando eram mais jovens, incentivando a divers�o e um senso de comunidade", lembra  Rubens de Fraga J�nior.

O trabalho, que come�ou como um projeto menor chamado "Dancing in Time" em 2015, est� avan�ando com sess�es de m�sica e movimento agora sendo praticada em casas de repouso e o dr. Astill deve apresentar suas descobertas na Sociedade Internacional de Nutri��o Comportamental e Confer�ncia de Atividade F�sica de 2023 em Uppsala, Su�cia, no final deste m�s.

Os pesquisadores tamb�m querem que conselhos, autoridades de sa�de e institui��es de caridade pensem lateralmente sobre que tipo de atividade podem promover ou financiar para ajudar os idosos a se manterem ativos e considerar a dan�a como uma op��o acess�vel e eficaz.