Passar um período excessivo sentado ou deitado tem efeitos fisiológicos semelhantes à inatividade física

Passar um per�odo excessivo sentado ou deitado tem efeitos fisiol�gicos semelhantes � inatividade f�sica

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Pesquisa sobre o comportamento sedent�rio publicada na revista cient�fica Physiological Reviews destaca a import�ncia do movimento para a sa�de. Cientistas se dedicaram a revisar a literatura durante tr�s anos e compilaram seus achados em uma esp�cie de "enciclop�dia" com mais de 100 p�ginas.

A mensagem central � "sente-se menos, mova-se mais", que ressalta a necessidade de preencher lacunas em pesquisas cl�nicas e experimentais para compreender melhor os efeitos fisiol�gicos da combina��o entre exerc�cios com interrup��es do per�odo sedent�rio, j� que, atualmente, n�o existem estudos suficientes para determinar a quantidade ideal de redu��o do comportamento sedent�rio para evitar riscos � sa�de.

Entre os problemas fisiol�gicos causados por esse comportamento est�o a resist�ncia � insulina, disfun��o vascular, redu��o cardiorrespirat�ria, perda de massa e for�a muscular, al�m do aumento da massa de gordura corporal e visceral. Passar um per�odo excessivo sentado ou deitado tem efeitos fisiol�gicos semelhantes � inatividade f�sica.

 

J� quando o sedentarismo � interrompido atrav�s de atividades f�sicas leves a moderadas, s�o observadas melhorias modestas em v�rios aspectos, o que pode ser um est�mulo para que as pessoas se tornem cada vez mais ativas, com melhoras na sa�de geral.

Malef�cios do comportamento sedent�rio

O ortopedista Daniel Oliveira reforça que o sedentarismo aumenta o risco de desenvolvimento de diversas doenças

O ortopedista Daniel Oliveira refor�a que o sedentarismo aumenta o risco de desenvolvimento de diversas doen�as

Jair Amaral/EM/D.A Press
Segundo o m�dico ortopedista especializado em coluna vertebral e diretor do NOT, Daniel Oliveira, o comportamento sedent�rio refere-se a um estilo de vida caracterizado por longos per�odos de tempo gasto sentado ou com pouca atividade f�sica.

Isso, segundo o profissional, inclui atividades como assistir televis�o, usar o computador, jogar videogame, usar smartphones e tablets, bem como outras formas de inatividade f�sica.

O ortopedista conta que a falta de atividades pode levar a um desequil�brio entre calorias consumidas e calorias gastas, o que favorece o ac�mulo de gordura corporal e, consequentemente, o ganho de peso, al�m de aumentar risco de desenvolver doen�as cardiovasculares, como hipertens�o arterial, doen�a coronariana, acidentes vasculares a�reos (AVCs) e contribuir para a resist�ncia � insulina e o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

"Isso est� associado a um maior risco de desenvolver problemas de sa�de mental, como ansiedade e depress�o, e pode fazer com que o paciente desenvolva dist�rbios metab�licos e problemas musculoesquel�ticos, como a fraqueza muscular, desequil�brios posturais e contribuir para o desenvolvimento de dores nas costas, articula��es, pesco�o e ombros."

Leia: Por que a obesidade coloca pessoas de todas as idades em risco

obesidade e a sobrecarga articular tamb�m est�o relacionadas ao comportamento sedent�rio, j� que o aumento de peso pode gerar uma press�o extra nas articula��es, favorecendo o risco de doen�as articulares degenerativas, como a osteoartose.

Para minimizar essa conduta, Daniel Oliveira orieta fazer pequenas pausas para se movimentar durante o trabalho, caminhar a p� sempre que poss�vel, trocar o elevador pela escada, praticar exerc�cios de for�a e fortalecimento, bem como realizar atividades f�sicas regulares.