M�es e seus beb�s influenciadores digitais s�o um fen�meno bastante particular na contemporaneidade
4lifelv/Pixabay
M�es e seus beb�s influenciadores digitais s�o um fen�meno bastante particular na contemporaneidade. Informa��es, consultorias, produtos e a promessa de uma maternidade “mais f�cil” se transformaram em um nicho de mercado t�o lucrativo que, segundo o site especializado Influencer Marketing Hub (IMH), movimentou no ano passado cerca de 17 bilh�es de d�lares, um crescimento de 19% em rela��o a 2021.
Com o objetivo de entender como as redes sociais afetam a experi�ncia de constru��o da maternidade na atualidade, a psic�loga Bruna Monteiro Hallak desenvolveu o estudo, orientado pela profª. drª. Cristina Moreira Marcos, do Programa de P�s-gradua��o em Psicologia, que teve a psican�lise como referencial te�rico-pr�tico e analisou entrevistas qualitativas com 10 m�es de crian�as de at� cinco anos consumidoras de conte�do sobre maternidade nas redes sociais.
Para Hallak, ao tomarem a experi�ncia de outras m�es como seu “ideal do eu”, os efeitos colhidos pelas mulheres t�m sido a culpa, a frustra��o, a compara��o e a ang�stia, ao se depararem com ideais de perfei��o, traduzidos pela infla��o do imagin�rio nas redes sociais.
Busca pelo conhecimento dos pares e n�o dos especialistas
Outro ponto levantado pelo estudo � a busca pelo conhecimento transmitido por pares e n�o por especialistas ou pelo saber geracional – aquele transmitido entre as mulheres da pr�pria fam�lia.
E, segundo a autora, embora sejam um ambiente que propiciam as cr�ticas e julgamentos, as redes sociais promovem espa�os de ajuda m�tua, facilitando o encontro entre essas mulheres e proporcionando sentimentos de pertencimento e acolhida.
A pesquisa tamb�m aborda qual o tipo do la�o social constru�do em ambientes virtuais que discutem temas inc�modos e que s�o considerados tabus, como a romantiza��o da maternidade, a posi��o idealizada das m�es na cultura e o arrependimento materno.
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