Miomas uterinos: saiba como prevenir e tratar

 

Milhares de mulheres sofrem todos os dias com as doen�as ginecol�gicas e uma das principais raz�es para isso � a falta da consulta preventiva. Segundo a pesquisa “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: As rela��es dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”, encomendada pela Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo) e conduzida pelo Instituto Datafolha, cerca de 4 milh�es de mulheres nunca procuraram atendimento ginecol�gico.

  O m�dico Thiers Soares, ginecologista e cirurgi�o especialista em endometriose, adenomiose e miomas, explica que "para que seja poss�vel diagnosticar ou tratar de forma precoce doen�as e infec��es, como candid�ase, s�ndrome do ov�rio polic�stico, endometriose e mioma, o ideal � que as mulheres visitem um ginecologista pelo menos uma vez por ano".

 

No caso dos miomas, "estes s�o tumores benignos que se formam no tecido muscular do ï¿½tero da mulher, podendo ser bem pequenos, a n�vel microsc�pico, ou maiores. Al�m disso, a regi�o da parede uterina onde ele se encontra tamb�m � vari�vel", destaca Thiers Soares.

Thiers Soares enfatiza que, conhecidos tamb�m como leiomiomas, os miomas s�o muito comuns e afetam diversas mulheres durante o per�odo reprodutivo: "Sua origem ocorre no miom�trio e surge por meio do crescimento de uma c�lula muscular. As causas da doen�a ainda n�o s�o comprovadas, mas a heran�a gen�tica ï¿½ o fator de maior import�ncia".

O ginecolosita conta que os miomas s�o classificados de acordo com o local onde eles se desenvolvem no �tero, sendo os principais subseroso, intramural ou submucoso: "Eles aparecem, respectivamente, na parede mais externa do �tero, na parede uterina e na parte mais interna. � fundamental conhecer o tipo de mioma para que seja poss�vel identificar o melhor tratamento para ele".

 

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Na maioria dos casos, as mulheres n�o sentem sintomas relacionados ao mioma. Isso faz com que ele s� seja identificado durante os exames: "Mas, em determinados casos, � poss�vel identificar os sinais dessa doen�a. Isso ocorre por causa do tamanho, da quantidade ou da posi��o em que ele se encontra. Dentre os sintomas mais comuns est�o sangramento intenso durante o per�odo menstrual, ciclo menstrual mais longo, c�licas p�lvicas, constipa��o, dor durante a rela��o sexual e aumento da frequ�ncia urin�ria", lembra Thiers Soares.

Outro sintoma apontado pelo ginecologista e que deve ser levado em considera��o � a dificuldade para engravidar: "A presen�a desse tumor no �tero pode trazer s�rias complica��es em uma futura gesta��o, sendo respons�vel por casos de aborto".

"A menopausa n�o est� relacionada com a presen�a de miomas uterinos, mas, quando ela ocorre, presenciamos a diminui��o dos miomas, visto que n�o existe mais uma grande produ��o de estrog�nio no corpo. Para o diagn�stico, � necess�rio realizar algum tipo de exame de imagem, como ultrassonografia, resson�ncia magn�tica e histeroscopia", conta o m�dico.

As mulheres, afirma o ginecologista, que apresentam muitas dores e sangramento excessivo devem procurar tratamento o quanto antes: "Alguns dos tratamentos indicados s�o com p�lulas anticoncepcionais e DIUs, usados para amenizar os sintomas, suplementos de ferro para prevenir ou tratar a anemia devido a menstrua��es intensas, e analg�sicos para aliviar c�licas ou dores". 

Nos casos em que a cirurgia � indicada, destaca Thiers Soares, a via � minimamente invasiva deve ser sempre a primeira op��o (rob�tica, laparoscopia e/ou histeroscopia): "A laparotomia deve ser utilizada apenas em casos selecionados. Para o tratamento definitivo dos miomas, � indicada a histerectomia, procedimento que remove completamente o �tero. Essa op��o s� deve ser considerada quando a paciente n�o deseja mais engravidar", alerta o m�dico.