O cigarro � um dos fatores de risco para c�ncer de pulm�o
Realizada a partir de uma coleta de sangue comum, a bi�psia l�quida � uma t�cnica n�o invasiva que pode detectar a efic�cia dos tratamentos, a possibilidade de recidiva e a met�stase do c�ncer no pulm�o. Esse tipo de tumor � um dos mais agressivos e o 5º mais incidente no Brasil. O pa�s dever� registar, no tri�nio 2023-2025, 32 mil novos casos, conforme o Instituto Nacional do C�ncer (INCA).
Para o especialista, o exame representa um grande avan�o na medicina diagn�stica e vem revolucionando a maneira como os profissionais da Oncologia t�m acesso �s informa��es do tumor, seja do pulm�o, ou tamb�m nos casos de c�ncer de mama e colorretal.
“Coletas seriadas de um simples exame de sangue do paciente podem detectar uma recidiva, ou seja, o reaparecimento do tumor, ou uma met�stase antes da identifica��o atrav�s de exames por imagem. Isso faz toda a diferen�a no acompanhamento da poss�vel evolu��o da doen�a, permitindo interven��es precoces”, explica o m�dico.
O m�dico destaca ainda que, com o exame, � poss�vel avaliar os biomarcadores moleculares espec�ficos de um determinado tipo de tumor, o que ajuda a monitor�-lo. “Quando o c�ncer de pulm�o n�o-pequenas c�lulas (CPNPC) � diagnosticado, a investiga��o de uma s�rie de marcadores est� indicada, podendo incluir a pesquisa de muta��es em genes como EGFR, ALK, ROS1 e BRAF, al�m da express�o de PD-L1. Os benef�cios dessas investiga��es s�o as op��es terap�uticas dispon�veis, com medicamentos como inibidores de receptores tirosina-quinase (nos casos do EGFR, ALK e ROS1) ou a imunoterapia (no caso do PD-L1)”, esclarece.
Isso faz tamb�m com que seja poss�vel direcionar os pacientes para tratamentos mais adequados. “Nos casos sem resposta ao tratamento inicial, nos quais uma nova bi�psia ou uma pun��o estariam indicados para a investiga��o de muta��es do EGFR, a bi�psia l�quida seria uma alternativa, buscando encontrar muta��es que explicam a resist�ncia ao tratamento e que possam ajudar o oncologista a direcionar melhor o tratamento do paciente”, afirma.
O m�dico destaca ainda que bi�psia l�quida n�o substitui a bi�psia tradicional, mas pode complement�-la, em especial nos casos em que o material colhido no primeiro tipo n�o foi suficiente ou a amostra n�o foi de boa qualidade. “Outra vantagem � a possibilidade de detectar muta��es que n�o foram encontradas no estudo da bi�psia tumoral em fun��o da heterogeneidade tumoral”, acrescenta.
A t�cnica, cada vez mais utilizada na rotina da investiga��o oncol�gica, � indicada principalmente para casos de c�ncer de pulm�o n�o-pequenas c�lulas (CPNPC), sendo o carcinoma de c�lulas escamosas e o adenocarcinoma os principais subtipos histol�gicos.
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