A diversidade de g�nero e o dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
Nesta s�rie, vamos falar sobre aceita��o da pr�pria sexualidade, dificuldades relatadas pelos personagens, a a��o de fam�lias e os desafios da comunidade LGBT
Denominado como Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA , a data � utilizada pelas lideran�as dos muitos movimentos e por organiza��es n�o governamentais, que tratam da quest�o, para discutir temas como a igualdade de direitos, o preconceito e a viol�ncia que atinge a comunidade LGBTQIA .
O principal objetivo das manifesta��es � chamar a aten��o para o combate � LGBTfobia.
Antes da pandemia do novo coronavirus, a tradicional Parada do Orgulho LGBTQIA , chegava a reunir milhares de pessoas nas ruas de Belo Horizonte e de outros pontos do Brasil.
A primeira Parada do Orgulho LGBTQIA aconteceu em 1970. A data foi criada para fazer refer�ncia a revolta de Stonewall, ap�s uma s�rie de invas�es da pol�cia de Nova York a bares, que eram frequentados por pessoas da propria comunidade LGBTQIA , com pris�es e repress�o das autoridades. Ap�s o acontecimento, houve v�rios protestos em cidades norte americanas, e no ano seguinte foi organizada a primeira marcha, para fortalecer o movimento contra o preconceito.
Entre os direitos j� conquistados pela comunidade LGBTQIA , est� a criminaliza��o da LGBTfobia. Os dados estat�sticos em rela��o �s mortes e � viol�ncia contra a conunidade LGBTQIA s�o claros, o Brasil � o pa�s que mais mata pessoas LGBTQIA , tendo como principais alvos travestis e mulheres trans, segundo dados das institui�oes que representam a comunidade LGBT.
Rizza (de roupa verde) virou ativista depois que teve uma conversa franca com a filha sobre sexualidade (foto: Arquivo Pessoal)
Na s�rie de entrevistas desta semana, O Fato em Foco traz a reflex�o de personagens que est�o no centro da quest�o. Vamos falar sobre a aceita��o da pr�pria sexualidade, o enfrentamento das dificuldades relatadas pelos personagens, a a��o das fam�lias e os desafios da comunidade LGBTQIA .
Come�amos com o relato de uma m�e: “Sou m�e e tenho uma filha trans”.
Rizza Morais tem 48 anos e � uma mulher de personalidade forte. Ela � casada e teve tr�s filhos. Moradora de Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, ela conta que se tornou ativista do movimento LGBTQIA , ap�s ajudar a pr�pria filha no processo de aceita��o.
Tudo ocorreu quando a m�e leu e comentou uma publica��o no Twitter, quando a filha, que ainda n�o havia passado pelo processo de transi��o, chegou em casa e houve a conversa que foi determinante na vida da fam�lia.
“Eu disse a ela: n�o precisa chorar. Eu, sua m�e, sempre soube. Seja livre e v� ser feliz”
Os relatos da m�e revelam os momentos de dificuldade que a filha teve para lidar com a pr�pria aceita��o, e como a fam�lia foi importante. Rizza fala ainda sobre a inf�ncia, o preconceito nas ruas e na escola, e a supera��o.
Ela atualmente � palestrante do movimento LGBTQIA e est� se graduando no curso de Psicologia. Diz que pretende atuar junto �s Organiza��es N�o Governamentais (ONGs) que oferecem apoio, esclarecimento e forma��o � comunidade LGBTQIA para participar de um processo de mudan�as na sociedade e de abordagem das quest�es na comunidade escolar.
J� a filha tem uma nova identidade. Lua Zanella � cantora, compositora e lan�a neste dia 28 de junho um novo clipe musical falando sobre as experi�ncias que viveu antes e depois da transi��o.
Ela e o irm�o, Vinicius de Morais, formam um duo que leva o nome de InMorais! Eles foram premiados no Primeiro Festival da Can��o da PUC–Minas, com a m�sica Riqueza Roubada, de composi��o pr�pria (v�deo no in�cio da reportagem).
Rizza deixa claro que ser m�e da jovem transexual � motivo de orgulho. Afirma que o amor mant�m a fam�lia unida, independentemente da orienta��o sexual de cada um.
