
O n�mero de casos de COVID-19 voltou a subir em pa�ses da Europa, acompanhado de um aumento na taxa de mortalidade, embora em propor��es menores. Entre o dia 04/3 e a �ltima quinta-feira (24/3), a Fran�a registrou uma eleva��o de 115% na m�dia di�ria de contamina��es pelo coronav�rus, seguida de 42% de aumento na m�dia de mortos por dia. Com n�meros crescentes no velho continente, est�o tamb�m a It�lia, a Alemanha e o Reino Unido.
Segundo especialistas, esse aumento se deve em raz�o da circula��o da subvariante BA.2, da linhagem da �micron. Adelino Freire, infectologista e diretor cient�fico do Hospital Fel�cio Rocho, em Belo Horizonte, argumenta que, aliada � variante na Europa, tem-se “a pouca imunidade, que j� � transit�ria, tanto dos vacinados quanto daqueles que se contaminaram e podem se infectar novamente.”
O n�mero de hospitaliza��es pelo v�rus, entretanto, vem caindo. A Organiza��o Mundial da Sa�de descreveu, em fevereiro, que a situa��o da COVID-19 na Europa pode entrar em um longo per�odo de tranquilidade. Na Fran�a, comparando as taxas de 26 de fevereiro com as mais recentes, do �ltimo 23/3, houve uma redu��o de 40% do n�mero de interna��es em UTI. Na It�lia, esse n�mero foi de 46% de queda. Somente o Reino Unido n�o apresentou varia��es significativas no n�mero de pacientes graves hospitalizados.
Pa�ses como Reino Unido e It�lia registraram aumento na m�dia m�vel de mortes. No Reino Unido, esse n�mero saiu de 155 mortes por dia, na semana entre 11 e 18 de mar�o, para a m�dia de 180 entre os dias 18/3 e 24/3. Proporcionalmente, o aumento foi de 14%. Na It�lia, o aumento foi menos significativo, e o pa�s saiu de uma m�dia di�ria de 137 mortes na primeira semana de an�lise, para 142 na segunda semana, um aumento de 3,6%.
Vacina��o na Europa
O alto �ndice de vacina��o do pa�s � um fator importante para explicar o baixo n�mero de interna��es e de casos graves da doen�a. Em Portugal, dados do dia 15/3 mostram que 67 pessoas estavam hospitalizadas em UTI pelo coronav�rus, e outras 1.047 em leitos de enfermaria.
Nova onda no Brasil
Uma nova onda da COVID-19 pode acontecer, mas n�o � poss�vel de ser evitada, segundo Freire. “A din�mica de dissemina��o do v�rus deixou claro que n�o � poss�vel impedir completamente ondas. O fechamento de fronteiras tamb�m tem pouco impacto no cen�rio de transmiss�o. O que se deve fazer � continuar monitorando e garantir que todos os eleg�veis estejam vacinados, mantendo estruturas de rastreamento e monitoramento de casos funcionando”, diz o especialista.
Para ele, adotar uma pol�tica de “zerar” casos de COVID-19 � invi�vel, e que o v�rus continuar� circulando, mesmo com altas taxas de vacina��o. “Est� claro para o mundo inteiro que � praticamente invi�vel impedir uma nova onda. A maior parte dos pa�ses j� abdicou da pol�tica de ‘COVID zero’, seguida pela China, pois o impacto dessas interven��es � muito grande, com resultados question�veis”, finaliza.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.
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