Talib� for�a apresentadoras de TV a cobrirem o rosto para ir ao ar

As restri��es para as mulheres aumentaram neste m�s de maio no Afeganist�o. No domingo (22/05) apresentadoras afeg�s apareceram nos diversos canais de TV com o rosto coberto com v�u ou m�scara cir�rgica, por ordem do Talib�. A decis�o vem duas semanas depois de o governo decretar que todas as mulheres seriam obrigadas a usar um v�u facial em p�blico, sob o risco de serem punidas. Este ano j� foi retirado o direito de viajar sem um tutor masculino e as escolas secund�rias est�o fechadas para as meninas. O decreto foi aprovado pelo Minist�rio de Preven��o do V�cio e Promo��o da Virtude. Apesar de ser divulgado pelo governo como um conselho, foi estabelecido um conjunto de medidas para quem descumprir a decis�o. Na primeira instancia as autoridades ir�o at� a casa da mulher para falar com um homem respons�vel, como marido, pai ou irm�o; na segunda inst�ncia, o respons�vel ser� convocado ao minist�rio, e na terceira inst�ncia, o respons�vel � levado � justi�a podendo ser preso por tr�s dias. "Eles est�o nos pressionando indiretamente para nos impedir de apresentar na TV", disse uma apresentadora da TV local de Cabul que n�o quis se identificar. "Como posso ler as not�cias com a boca coberta? N�o sei o que fazer agora - preciso trabalhar, sou o ganha-p�o da minha fam�lia", completa. Um executivo s�nior de TV disse que muitas apresentadoras temem que a pr�xima etapa seja tir�-las completamente do ar. Sonia Niazi, apresentadora da TOLOnews, disse � ag�ncia de not�cias AFP. "Resistimos e fomos contra o uso de m�scara". Por�m, o canal foi pressionado e foi estabelecido que as apresentadoras que desobedecerem ao decreto devem ser transferidas para outros cargos ou demitidas. "Tudo bem sermos mu�ulmanos, usarmos hijab, escondermos o cabelo, mas � muito dif�cil para uma apresentadora cobrir o rosto por duas ou tr�s horas consecutivas e falar assim. Eles querem apagar as mulheres da vida social e pol�tica", disse Farida Sial, tamb�m apresentadora do TOLOnews, � BBC.

Ou�a e acompanhe as edi��es do podcast DiversEM