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Estado de Minas INTERNACIONAL

Dia Mundial do Refugiado: ONU pede apoio, solidariedade e inclus�o

S� em 2022 houve mais 19,1 milh�es de refugiados do que em 2021, atingindo n�mero hist�rico


20/06/2023 09:28 - atualizado 20/06/2023 13:51
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Fila de pessoas refugiadas. À frente, uma mulher branca de cabelos castanhos claros com uma criança no colo.
S� no ano passado houve mais 19,1 milh�es de refugiados do que em 2021, atingindo n�mero hist�rico (foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 

Conflitos, viol�ncia, pobreza e altera��es clim�ticas s�o alguns dos fatores que levam milhares de pessoas, todos os dias, a abandonar o seu pa�s � procura de uma vida melhor. Nos �ltimos anos, o mundo tem assistido ao maior fluxo de deslocados for�ados j� registrado. S� no ano passado houve mais 19,1 milh�es de refugiados do que em 2021, atingindo n�mero hist�rico, com graves consequ�ncias para os direitos humanos. A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) celebra, nesta ter�a-feira (20), o Dia Mundial do Refugiado, destacando o poder da inclus�o.

 

Proclamada em 2000, a data ï¿½ comemorada anualmente, no dia 20 de junho, pelo Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur), com o objetivo de real�ar a coragem, os direitos, as necessidades e a resili�ncia das pessoas nessam condi��o. Este ano, o foco das celebra��es � o poder da inclus�o e as solu��es para os refugiados - pessoas que fugiram da guerra, viol�ncia, conflito ou persegui��o e que atravessaram uma fronteira internacional para procurar seguran�a em outro pa�s.

 

Sob o lema “Esperan�a longe de casa. Um mundo onde os refugiados s�o sempre inclu�dos”, a comunidade internacional e o Acnur querem incluir os refugiados nas comunidades onde encontraram seguran�a, depois de fugirem de seu pa�s.

 

A data visa mobilizar vontade pol�tica e recursos para que os deslocados for�ados e solicitantes de asilo possam n�o s� sobreviver, mas tamb�m prosperar nos pa�ses que os acolhem. Al�m disso, procura tamb�m lembrar todos os que tiveram de escapar da guerra, das persegui��es ou de cen�rios de viol�ncia, assim como quem teve de fugir por motivos como ra�a, religi�o, nacionalidade, ou perten�a a um grupo social particular ou com opini�o pol�tica.

 

O conflito na Ucr�nia, somado a outros, al�m das crises causadas pelas altera��es clim�ticas, levaram a um recorde de deslocados em 2022 e 2023, elevando a urg�ncia de a��o imediata e coletiva para aliviar causas e impactos do fen�meno. De acordo com o relat�rio anual do Acnur, denominado Tend�ncias Globais das Desloca��es For�adas 2022, o n�mero de pessoas deslocadas por guerras, persegui��es, viol�ncia e viola��es dos direitos humanos chegou a 108,4 milh�es em 2022, um recorde, tendo sido contabilizados mais 19,1 milh�es do que no ano anterior.

 

Ou seja, mais de uma em cada 74 pessoas no mundo foi for�ada a fugir. E com o in�cio do conflito no Sud�o, a trajet�ria ascendente do deslocamento for�ado global n�o mostra sinais de abrandamento em 2023, tendo sido desencadeados novos fluxos de sa�da, elevando o total para cerca de 110 milh�es, em maio de 2023, no mundo.

 

“Esses n�meros mostram que algumas pessoas s�o muito r�pidas ao entrar em conflitos e muito lentas para encontrar solu��es. A consequ�ncia � a devasta��o, o deslocamento e a ang�stia para cada um dos milh�es de pessoas arrancadas � for�a de suas casas”, afirmou o alto comiss�rio da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.

 

Do total global de deslocados no ano passado, 35,3 milh�es eram refugiados e 58%, ou seja, 62,5 milh�es de pessoas, eram deslocadas internas devido a conflitos, viol�ncia e eventos relacionados com a crise do clima. A guerra na Ucr�nia foi o principal fator de deslocamentos em 2022.

 

Mas h� novos conflitos e outros que t�m mantido nos �ltimos anos, ou foram retomados, como na Rep�blica Democr�tica do Congo, na Eti�pia e em Mianmar, onde mais de 1 milh�o de pessoas foram deslocadas do seu pa�s de origem.

 

Os n�meros do relat�rio tamb�m confirmam que continuam a ser os pa�ses de baixos e m�dios rendimentos – e n�o os ricos – que abrigam a maioria das pessoas deslocadas. Os 46 pa�ses menos desenvolvidos respondem por menos de 1,3% do Produto Interno Bruto global, mas abrigaram mais de 20% de todos os refugiados.

 

O financiamento para as in�meras situa��es de deslocamento e para apoiar os pa�ses que os acolhem ficou atr�s das necessidades do ano passado, permanecendo baixo em 2023 � medida que os pedidos aumentam.

 

Mais de metade de todos os refugiados (52%) s�o de apenas tr�s pa�ses: S�ria (6.5 milh�es), Ucr�nia (5.7 milh�es) e Afeganist�o (5.7 milh�es).

 

Guterres 

O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, Ant�nio Guterres pediu mais "apoio e solidariedade" para os homens, mulheres e crian�as que enfrentam essas jornadas dif�ceis, em vez de "fronteiras fechadas e bloqueios".

 

Em mensagem divulgada em v�rias plataformas da ONU, o secret�rio lembrou a d�cada em que esteve de servi�o como alto comiss�rio da ONU para Refugiados, quando testemunhou em primeira m�o a resili�ncia e as contribui��es dos refugiados "em todas as esferas da vida".

 

"A sua perseveran�a perante a adversidade inspira-me todos os dias. Os refugiados representam o melhor do esp�rito humano. Eles precisam e merecem apoio e solidariedade, n�o de fronteiras fechadas e de bloqueios", defendeu.

 

No Dia Mundial dos Refugiados, o ex-primeiro-ministro portugu�s lembrou os mais de 100 milh�es de pessoas que vivem em pa�ses abalados por conflitos, persegui��es, fome e caos clim�tico e que foram for�adas a fugir de suas casas.

 

"N�o s�o n�meros apenas no papel. S�o mulheres, crian�as e homens que fazem viagens dif�ceis – muitas vezes enfrentando viol�ncia, explora��o, discrimina��o e abuso. Este dia nos lembra o dever de proteger e apoiar os refugiados e a nossa obriga��o de criar novas formas de apoio, incluindo solu��es para realoj�-los e ajud�-los a reconstruir a vida com dignidade".

 

O secret�rio pediu maior apoio internacional aos pa�ses que recebem refugiados, conforme previsto no Pacto Global para Refugiados, e um aumento no acesso � educa��o de qualidade, ao trabalho digno, � assist�ncia m�dica, ao alojamento e � prote��o social.

 

"E precisamos de vontade pol�tica muito mais forte para fazer a paz, para que os refugiados possam retornar com seguran�a �s suas casas".

"O tema deste ano � Esperan�a Longe de Casa. Apelo ao mundo para que aproveite a esperan�a que os refugiados carregam nos seus cora��es. Vamos combinar sua coragem com as oportunidades de que precisam, em todas as etapas do caminho", concluiu.

 

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