
No dia em que a cidade do Rio de Janeiro teve sensa��o t�rmica acima de 45°C, um al�vio para o calor nessas comunidades foi a piscina da nova sede, que oferece aulas de hidrogin�stica.
As instala��es da Cufa disponibilizam atividades esportivas e culturais, assist�ncia social e servi�os para cerca de 100 mil habitantes das comunidades, muitas vezes v�timas da viol�ncia urbana e viola��es de direitos.
Moradores de favelas
De acordo com Celso Athayde, um dos fundadores da Cufa, institui��o que tem representa��o em todos os estados, o centro inaugurado tem capacidade para atender 8 mil pessoas.
“A Cufa trabalha com cria, trabalha somente com pessoas que moram naquele territ�rio. Nosso objetivo sempre � empoderar as pessoas daquele ambiente. S�o elas que v�o propagar nossa mensagem, nossas ideias e a nossa ideologia. A nossa ideologia nada mais � do que a gente continuar sendo interlocutores entre a favela e o asfalto, entre o poder p�blico e o asfalto”, disse Athayde, acrescentando que articula parcerias com minist�rios, secretarias estaduais e municipais e empresas privadas.
Poder p�blico
O ministro Silvio Almeida conheceu a nova estrutura e assinou um termo de compromisso para a pasta levar para o conjunto de favelas uma s�rie de equipamentos e servi�os. “N�s temos pol�tica para a pessoa idosa, pol�tica de preven��o e combate � viol�ncia, pol�tica para as pessoas com defici�ncia, para crian�as e adolescentes. � isso que a gente vai trazer para este local”, listou. “Esse local que passe, portanto, a abrigar um projeto que une a din�mica e o poder do Estado com a pot�ncia e a din�mica das favelas”.
Silvio Almeida anunciou ainda que o governo vai lan�ar o edital periferias, voltado para o cuidado de pessoas idosas. “Vamos investir em sa�de, economia solid�ria, cooperativas, e o governo federal vai investir R$ 1,8 milh�o nesse edital”, detalhou. “A gente quer que as pessoas possam envelhecer com dignidade nas favelas”, completou.
O ministro reconheceu que as favelas precisam de pol�ticas que n�o dependem da pasta dele. Mas se comprometeu a articular a��es com outros minist�rios. “A favela precisa de pol�tica de saneamento b�sico, de sa�de, educa��o, de assist�ncia social. Isso n�o � compet�ncia do minist�rio dos Direitos Humanos, mas n�o significa que eu n�o posso trazer os meus colegas e as minhas colegas comigo para trazer para favela o que a favela precisa”.
Veia empreendedora
Celso Athayde, da Cufa, lembrou que outra forma de levar desenvolvimento e dinamismo para as favelas � por meio do esp�rito empreendedor.
“Levar a bandeira do empreendedorismo na base da pir�mide porque, uma vez que voc� leva e transforma as pessoas em empreendedoras, voc� monta duas escalas: uma dos empreendedores, dos empres�rios das favelas e da qualifica��o deles; mas voc� tamb�m leva a bandeira da empregabilidade. Voc� gera riqueza e renda para as pessoas. Isso � uma maneira que a gente tem para diminuir as desigualdades sociais”, defende.
Conselhos tutelares
Ao fim da cerim�nia de inaugura��o, o ministro Silvio Almeida fez quest�o de lembrar � popula��o sobre a elei��o para representantes de conselhos tutelares, no pr�ximo domingo (1º). Ser�o escolhidos mais de 30 mil conselheiros em todo o Brasil.
“� fundamental a elei��o dos conselheiros tutelares. Os conselhos tutelares s�o, muitas vezes, a �ltima fronteira entre voc� ter uma inf�ncia e adolesc�ncia protegidas, e uma inf�ncia e adolesc�ncia desprotegidas, portanto, largadas � sorte e a toda s�rie de abusos que n�s sabemos que as crian�as do Brasil s�o v�timas”, alertou.
