
O Sindicato da Ind�stria da Constru�ao Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG) informa que, de mar�o a julho, o Custo Unit�rio B�sico (CUB) por metro quadrado da constru��o, calculado pela entidade, subiu 1,02%. Essa alta � justificada, em sua maior parcela, pelo incremento no custo com materiais de constru��o, que, no mesmo per�odo, registrou eleva��o de 3,32%. Por outro lado, ressalta a entidade, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador geral da infla��o no pa�s, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�tica (IBGE) nesse mesmo per�odo, ficou praticamente est�vel (-0,002%).
Enquanto a infla��o do in�cio da pandemia – mar�o – at� julho foi pr�xima de zero, integrantes do setor afirmam que houve um aumento geral de todos os itens utilizados na constru��o civil, que varia de 10% a 20%. O “campe�o” da eleva��o de pre�os � o tijolo, que nos �ltimos dias ficou at� 80% mais caro e desapareceu dos dep�sitos em algumas regi�es, como o Norte de Minas.A assessora econ�mica do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos, explica que o custo dos materiais � apenas um dos componentes do CUB na constru��o civil, que compreende ainda a m�o de obra, despesas administrativas e gastos com aluguel de equipamentos. A economista salienta que, no c�lculo do CUB, o �tem “material” � composto por 26 “fam�lias”, nas quais est�o distribu�dos mais de produtos. “Devemos lembrar que o c�lculo � feito n�o somente com materiais b�sicos como areia, cimento e brita, mas todos os produtos usados ao longo de toda constru��o, at� o acabamento”, diz Ieda Vasconcelos.
“Em rela��o ao peso dos insumos dentro do indicado, � preciso destacar que ele varia de acordo com a caracter�stica de cada empreendimento”, observa a economista. Assim, considerando, por exemplo, uma resid�ncia multifamiliar, o peso do cimento no custo com material de constru��o � de cerca de 4%. “J� o peso do bloco cer�mico (tijolo) para alvenaria de veda��o, tamb�m dentro do custo com material de constru��o, � de 10%”, completa a especialista. Na pr�tica, o tijolo corresponde a 10% do custo da parte de alvenaria, que por sua vez, representa 10% do custo total de obra multifamiliar.
Contratos
Conforme o presidente do Sinduscon, Geraldo Linhares, desde o in�dio da pandemie at� agora, os insumos da constru��o civil que mais subiram de pre�o foram o a�o, cimento, cabos el�tricos, PV e tijolo. “O aumento dos pre�os dos materiais pressiona o custo da obra em rela��o � venda, prejudicando a lucratividade prevista pelas empresas. Mas, pior que a alta de pre�o � o desabastecimento e a demora na entrega dos produtos”, afirma Linhares.O dirigente do Sinduscon destaca que o aumento de pre�os dos materiais trouxe dificuldade para os construtores que fazem vendas antecipadas de im�veis com os pre�os pr�-fixados, por por meio de financiamentoss. “Os contratos de venda de apartamentos firmados entre as construtoras e os compradores, especificamente os produtos econ�micos (Minha casa Minha vida) e standard financiados por agentes financeiros, s�o fixos e irreajust�veis. Portanto, n�o cabem alinhamentos de pre�o”, comenta Linhares. Ele afirma que outro segmento “que est� sendo bem impactado com esses pre�os abusivos” � o setor de obras industriais e corporativas, que tem contratos firmados com grandes empresas do setor de minera��o e tamb�m trabalham com o pre�o fixo e irreajust�vel pelo per�odo de um ano.
Dono de uma grande revenda de produtos para constru��o civil em Montes Claros, o empres�rio Rog�rio Soares Rocha afirma que a escassez de materiais no setor � tamanha que h� ind�strias fazendo vendas para a entrega somente no fim do ano. Essa situa��o, segundo ele, ocorre no fornecimento de materiais hidr�ulicos. O comerciante disse que a falta de materiais hidr�ulicos ocorre porque praticamente s� existe no pa�s uma fornecedora de resina de PVC, principal mat�ria-prima da produ��o de tubos e conex�es. Esse produtor teria direcionado produ��o para o mercado internacional e aumentado os pre�os internos em at� 35%.
Dono de uma grande revenda de produtos para constru��o civil em Montes Claros, o empres�rio Rog�rio Soares Rocha afirma que a escassez de materiais no setor � tamanha que h� ind�strias fazendo vendas para a entrega somente no fim do ano. Essa situa��o, segundo ele, ocorre no fornecimento de materiais hidr�ulicos. O comerciante disse que a falta de materiais hidr�ulicos ocorre porque praticamente s� existe no pa�s uma fornecedora de resina de PVC, principal mat�ria-prima da produ��o de tubos e conex�es. Esse produtor teria direcionado produ��o para o mercado internacional e aumentado os pre�os internos em at� 35%.
Margem de lucro “esmagada”

Ele disse que ainda precisa fazer c�lculo da planilha de custos. Mas acredita que, desde o in�cio da pandemia, o custo final das obras de constru��o civil de resid�ncias aumentou em cerca de 10%, enquanto a infla��o foi praticamente zerada de mar�o a julho de 2020. Conforme o pequeno empres�rio, uma casa com boa qualidade de acabamento, com cerca de 100 metros quadrados de �rea constru�da, com tr�s tres quartos (sendo um su�te), sala, cozinha, banheiro social e garagem, situada em um bairro de classe m�dia, est� saindo hoje por cerca de R$ 300 mil em Montes Claros. Mas a tend�ncia do custo da constru��o � aumentar por causa da oscila��o de pre�os dos materiais depois da pandemia.
Tamb�m propriet�rio de uma firma que constr�i casas em Montes Claros, o empres�rio Rafael Maia Mesquita afirma que nos �ltimos meses houve uma disparada de pre�os nos materiais de constru��o civil. “Alguns produtos subiram 50%, 60% e at� 70%. Estamos enfrentando uma situa��o absurda. Assim, vai ficar complicado trabalhar”, reclama Mesquita. Ele considera “abusivo” o aumento do pre�o do tijolo no Norte de Minas. “Subiu mais de 80%. Mas, tem cer�mica que aumentou o seu pre�o em at� 100%, reclama. O pre�o m�dio do mileiro de tijolo em Montes Claros, que era de R$ 480 at� mar�o, agora est� em torno de R$ 850 ao consumidor.
Conforme mostrou a reportagem do Estado de Minas, com o isolamento social, muitas pessoas aproveitaram o “fique em casa” para reformar ou ampliar suas resid�ncias. Assim, as vendas do setor de constru��o civil ganharam impulso por conta do consumo das fam�lias, o chamado “efeito formiguinha”. Como consequ�ncias, vieram a falta de produtos e o aumento de pre�os.
O que � o coronav�rus?
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.
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