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Estado de Minas ECONOMIA

COVID-19: Banqueiros e economistas assinam carta cobrando a��es efetivas

Manifesto ser� enviado ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro do STF Luiz Fux, ao senador Rodrigo Pacheco e oa deputado federal Arthur Lira


21/03/2021 14:17 - atualizado 21/03/2021 18:46

Carta aberta de banqueiros e economistas será entregue aos presidente Bolsonaro, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, além do ministro Fux(foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Carta aberta de banqueiros e economistas ser� entregue aos presidente Bolsonaro, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, al�m do ministro Fux (foto: Luis Macedo/C�mara dos Deputados)

Um grupo de quase 200, entre os mais renomados economistas e banqueiros do pa�s, assinam uma carta aberta em que pedem medidas efetivas de combate � pandemia de COVID-19 no Brasil. Entre eles, os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Marc�lio Marques Moreira, Ma�lson da N�brega e Ruben Ricupero, os ex-presidentes do Banco Central Arm�nio Fraga, Gustavo Loyola, P�rsio Arida, Ilan Goldfajn e Affonso Celso Pastore e ligados ao mercado financeiro, como o presidente do Credit Suisse, Jos� Olympio Pereira, e o conselheiro do Ita� Unibanco, Pedro Moreira Salles.

O manifesto ser� enviado aos l�deres dos tr�s poderes: o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o da C�mara dos Deputados, Arthur Lira.

Ao chamar a situa��o social de "desoladora", os especialistas detalham perspectivas de agravamento das condi��es econ�micas do Pa�s. Dizem que a piora da perspectiva n�o se d� por aus�ncia de recursos, mas pela falta de prioridade � vacina��o.

Pedem e detalham alternativas a quatro pontos: acelera��o do ritmo de vacina��o; incentivo ao uso e distribui��o de m�scaras; implementa��o de medidas de distanciamento social locais, com coordena��o nacional; e cria��o de mecanismo de coordena��o do combate � pandemia em �mbito nacional.

Entre outros alertas, ele dizem que, com 40% da for�a de trabalho do Pa�s ganhando a vida de maneira informal e sem qualquer prote��o contra o desemprego, � preciso a��o imediata. Pedem tamb�m a retomada urgente de medidas de apoio a pequena e m�dias empresas. Prop�e ainda o andamento em paralelo "de uma reforma no sistema de prote��o social, visando aprimorar a atual rede de assist�ncia social e prover seguro aos informais."


Leia a carta na �ntegra:

O Pa�s Exige Respeito; a Vida Necessita da Ci�ncia e do Bom Governo

Carta Aberta � Sociedade Referente a Medidas de Combate � Pandemia

O Brasil � hoje o epicentro mundial da Covid-191, com a maior m�dia m�vel de novos casos.

Enquanto caminhamos para atingir a marca t�trica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse m�s, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de sa�de na grande maioria de estados, com insuficiente n�mero de leitos de UTI, respiradores e profissionais de sa�de. Essa situa��o tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doen�a.

A situa��o econ�mica e social � desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contra��o no n�vel de atividade no primeiro trimestre deste ano?. A taxa de desemprego, por volta de 14%, � a mais elevada da s�rie hist�rica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da for�a de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milh�es de pessoas.

A contra��o da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulner�veis, com uma queda de 10,5% no n�mero de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no n�mero de trabalhadores formais empregados?.

Esta recess�o, assim como suas consequ�ncias sociais nefastas, foi causada pela pandemia e n�o ser� superada enquanto a pandemia n�o for controlada por uma atua��o competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que disp�e, inclusive por ignorar ou negligenciar a evid�ncia cient�fica no desenho das a��es para lidar com a pandemia. Sabemos que a sa�da definitiva da crise requer a vacina��o em massa da popula��o. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da popula��o recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posi��o no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.

O ritmo de vacina��o no pa�s � insuficiente para vacinar os grupos priorit�rios do Plano Nacional de Imuniza��o (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacina��o para toda a popula��o para meados de 2022.

As consequ�ncias s�o inomin�veis. No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calend�rio de entregas e revis�es para baixo na previs�o de disponibilidade de doses a cada m�s. Na semana iniciada em 8 de mar�o foram aplicadas, em m�dia, apenas 177 mil doses por dia.

No ritmo atual, levar�amos mais de 3 anos para vacinar toda a popula��o. O surgimento de novas cepas no pa�s (em especial a P.1) comprovadamente mais transmiss�veis e potencialmente mais agressivas, torna a vacina��o ainda mais urgente. A dissemina��o em larga escala do v�rus, al�m de magnificar o n�mero de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a efic�cia das vacinas atuais.

Vacinas s�o relativamente baratas face ao custo que a pandemia imp�e � sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilh�es, uma pequena fra��o dos R$ 327 bilh�es desembolsados nos programas de aux�lio emergencial e manuten��o do emprego no ano de 2020.

Vacinas t�m um benef�cio privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poder�amos estar em melhor situa��o, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milh�es de crian�as contra o sarampo em apenas um m�s.

Na campanha contra a Covid-19, se estiv�ssemos vacinando t�o r�pido quanto a Turquia, ter�amos alcan�ado uma propor��o da popula��o duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de vacinas � o principal gargalo. Impressiona a neglig�ncia com as aquisi��es, dado que, desde o in�cio da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilh�es em medidas de combate � pandemia, incluindo os custos adicionais de sa�de e gastos para mitiga��o da deteriorada situa��o econ�mica. A redu��o do n�vel da atividade nos custou uma perda de arrecada��o tribut�ria apenas no �mbito federal de 6,9%, aproximadamente R$ 58 bilh�es, e o atraso na vacina��o ir� custar em termos de produto ou renda n�o gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilh�es em 2021, supondo uma recupera��o retardat�ria em 2 trimestres.

Nesta perspectiva, a rela��o benef�cio custo da vacina � da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisi��o e aplica��o. A insuficiente oferta de vacinas no pa�s n�o se deve ao seu elevado custo, nem � falta de recursos or�ament�rios, mas � falta de prioridade atribu�da � vacina��o.

O quadro atual ainda poder� deteriorar-se muito se n�o houver esfor�os efetivos de coordena��o nacional no apoio a governadores e prefeitos para limita��o de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o n�mero de doses de vacina dispon�veis, � urgente o refor�o de medidas de distanciamento social.

Da mesma forma � essencial a introdu��o de incentivos e pol�ticas p�blicas para uso de m�scaras mais eficientes, em linha com os esfor�os observados na Uni�o Europeia e nos Estados Unidos.

A controv�rsia em torno dos impactos econ�micos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da popula��o vulner�vel. Na realidade, dados preliminares de �bitos e desempenho econ�mico sugerem que os pa�ses com pior desempenho econ�mico tiveram mais �bitos de Covid-19. A experi�ncia mostrou que mesmo pa�ses que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adot�-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia - � o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da acelera��o de novos casos, a popula��o responde ficando mais avessa ao risco sanit�rio, aumentando o isolamento volunt�rio e levando � queda no consumo das fam�lias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas.15 A recupera��o econ�mica, por sua vez, � lenta e depende da retomada de confian�a e maior previsibilidade da situa��o de sa�de no pa�s.

Logo, n�o � razo�vel esperar a recupera��o da atividade econ�mica em uma epidemia descontrolada.

O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de prote��o social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da for�a de trabalho, n�o t�m prote��o contra o desemprego. No ano passado, o aux�lio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulner�veis que perderam seus empregos, e levou a uma redu��o da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de prote��o social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulner�veis, como o aux�lio emergencial, se fazem necess�rias. Em paralelo, n�o devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de prote��o social, visando aprimorar a atual rede de assist�ncia social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes � o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Pol�ticas P�blicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado.

Outras medidas de apoio �s pequenas e m�dias empresas tamb�m se fazem necess�rias. A experi�ncia internacional com programas de aval p�blico para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manuten��o de emprego, gerando um benef�cio l�quido positivo � sociedade.

O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos neg�cios durante a pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de Opera��es � uma medida importante de transi��o entre a segunda onda e o p�s-crise.

Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e � fundamental que a partir de agora as pol�ticas p�blicas sejam alicer�adas em dados, informa��es confi�veis e evid�ncia cient�fica. N�o h� mais tempo para perder em debates est�reis e not�cias falsas. Precisamos nos guiar pelas experi�ncias bem-sucedidas, por a��es de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situa��o sem precedentes que o pa�s vive.

Medidas indispens�veis de combate � pandemia: a vacina��o em massa � condi��o sine qua non para a recupera��o econ�mica e redu��o dos �bitos.

1. Acelerar o ritmo da vacina��o.

O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacina��o � a escassez de vacinas dispon�veis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estrat�gia de depender da capacidade de produ��o local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pr�-contratar doses prontas, como fizeram o Chile e outros pa�ses. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora n�o garante oferta de vacinas em prazo curto. � imperativo negociar com todos os laborat�rios que disp�em de vacinas j� aprovadas por ag�ncias de vigil�ncia internacionais relevantes e buscar antecipa��o de entrega do maior n�mero poss�vel de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, � fundamental usar a pol�tica externa - desidratada de ideologia ou alinhamentos autom�ticos - para apoiar a obten��o de vacinas, seja nos grandes pa�ses produtores seja nos pa�ses que t�m ou ter�o excedentes em breve.

A vacina��o � uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infec��es passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade.

Com o descontrole da pandemia � quest�o de tempo at� emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento gen�mico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a efic�cia das vacinas contra outras variantes com m�xima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a popula��o brasileira, e tamb�m de outros pa�ses.

2. Incentivar o uso de m�scaras tanto com distribui��o gratuita quanto com orienta��o educativa.

Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de m�scaras no in�cio da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o n�mero de �bitos. Mesmo se um usu�rio de m�scara for infectado pelo v�rus, a m�scara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usu�rio � exposto. Pa�ses da Uni�o Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de m�scaras mais eficientes - m�scaras cir�rgicas e padr�o PFF2/N95 - como resposta �s novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo m�scaras melhores � popula��o de baixa renda, explicando a import�ncia do seu uso na preven��o da transmiss�o da Covid.

M�scaras com filtragem adequada t�m pre�os a partir de R$ 3 a unidade. A distribui��o gratuita direcionada para pessoas sem condi��es de compr�-las, acompanhada de instru��o correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benef�cios de conten��o da Covid-1923. Considerando o p�blico do aux�lio emergencial, de 68 milh�es de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da m�scara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegar�amos a um custo mensal de R$ 1 bilh�o. Isto �, 2% do gasto estimado mensal com o aux�lio emergencial. Embora leis de uso de m�scara ajudem, informar corretamente a popula��o e as lideran�as darem o exemplo tamb�m � importante, e tem impacto na trajet�ria da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contr�rias �s medidas de preven��o afetam a sua ado��o pela popula��o, levando ao aumento do cont�gio.

3. Implementar medidas de distanciamento social no �mbito local com coordena��o nacional.

O termo "distanciamento social" abriga uma s�rie de medidas distintas, que incluem a proibi��o de aglomera��o em locais p�blicos, o est�mulo ao trabalho a dist�ncia, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e - no limite - escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combina��o � aquela que maximize os benef�cios em termos de redu��o da transmiss�o do v�rus e minimize seus efeitos econ�micos, e depende das caracter�sticas da geografia e da economia de cada regi�o ou cidade. Isso sugere que as decis�es quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.

Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de sa�de, muitos estados n�o tiveram alternativa sen�o adotar medidas mais dr�sticas, como fechamento de todas as atividades n�o-essenciais e o toque de recolher � noite. Os gestores estaduais e municipais t�m enfrentado campanhas contr�rias por parte do governo federal e dos seus apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, � indispens�vel que elas sejam apoiadas, em especial pelos �rg�os federais. Em particular, � imprescind�vel uma coordena��o em �mbito nacional que permita a ado��o de medidas de car�ter nacional, regional ou estadual, caso se avalie que � necess�rio cercear a mobilidade entre as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no pa�s. A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. � urgente que os diferentes n�veis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo crit�rios para a sua ado��o em termos de escopo, abrang�ncia das atividades cobertas, cronograma de implementa��o e dura��o.

Ademais, � necess�rio levar em considera��o que o acr�scimo de ades�o ao distanciamento social entre os mais vulner�veis depende crucialmente do aux�lio emergencial. H� s�lida evid�ncia de que programas de amparo socioecon�mico durante a pandemia aumentaram o respeito �s regras de isolamento social dos benefici�rios. �, portanto, n�o s� mais justo como mais eficiente focalizar a assist�ncia nas popula��es de baixa renda, que s�o mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulner�veis financeiramente.

Dentre a combina��o de medidas poss�veis, a quest�o do funcionamento das escolas merece aten��o especial. H� estudos mostrando que n�o h� correla��o entre aumento de casos de infec��o e reabertura de escolas no mundo. H� tamb�m informa��es sobre o n�vel relativamente reduzido de cont�gio nas escolas de S�o Paulo ap�s sua abertura.

As fun��es da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, v�o al�m da transmiss�o do conhecimento, incluindo cuidados e acesso � alimenta��o de crian�as, liberando os pais - principalmente as m�es - para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais dura as crian�as mais pobres e suas m�es. A evid�ncia mostra que alunos de baixa renda, com menor acesso �s ferramentas digitais, enfrentam maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a desigualdade da forma��o de capital humano entre os estudantes. Portanto, as escolas devem ser as �ltimas a fechar e as primeiras a reabrir em um esquema de distanciamento social. H� aqui um papel fundamental para o Minist�rio da Educa��o em coopera��o com o Minist�rio da Sa�de na defini��o e comunica��o de procedimentos que contribuam para a minimiza��o dos riscos de cont�gio nas escolas, al�m do uso de ferramentas comportamentais para reten��o da evas�o escolar, como o uso de mensagens de celular como est�mulo para motivar os estudantes, conforme adotado em S�o Paulo e Goi�s.

4. Criar mecanismo de coordena��o do combate � pandemia em �mbito nacional -

Preferencialmente pelo Minist�rio da Sa�de e, na sua aus�ncia, por cons�rcio de governadores - orientada por uma comiss�o de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais s�o ainda mais necess�rias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de defini��o de grupos priorit�rios; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreens�o por muitos dos pilares da preven��o,
particularmente da import�ncia do uso de m�scara, e outras medidas no �mbito do relacionamento social. Na aus�ncia de coordena��o federal, � essencial a concerta��o entre os entes subnacionais, cons�rcio para a compra de vacinas e para a ado��o de medidas de supress�o.

O papel de lideran�a: Apesar do negacionismo de alguns poucos, praticamente todos os l�deres da comunidade internacional tomaram a frente no combate ao Covid-19 desde mar�o de 2020, quando a OMS declarou o car�ter pand�mico da crise sanit�ria. Informando, notando a gravidade de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a a��o dos indiv�duos e influenciado o comportamento social.

L�deres pol�ticos, com acesso � m�dia e �s redes, recursos de Estado, e comandando aten��o, fazem a diferen�a: para o bem e para o mal. O desdenho � ci�ncia, o apelo a tratamentos sem evid�ncia de efic�cia, o est�mulo � aglomera��o, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a lideran�a pol�tica maior no pa�s. Essa postura refor�a normas antissociais, dificulta a ades�o da popula��o a comportamentos respons�veis, amplia o n�mero de infectados e de �bitos, aumenta custos que o pa�s incorre.

O pa�s pode se sair melhor se perseguimos uma agenda respons�vel. O pa�s tem pressa; o pa�s quer seriedade com a coisa p�blica; o pa�s est� cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, a��es erradas ou tardias. O Brasil exige respeito.


Assinam a carta:

1 - Affonso Celso Pastore
2 - Alexandre Lowenkron
3 - Alexandre Rands
4 - Alexandre Schwartsman
5 - �lvaro de Souza
6 - Amanda de Albuquerque
7 - Ana Carla Abr�o
8 - Andr� de Castro Silva
9 - Andr� Luis Squarize Chagas
10 - Andr� Magalh�es
11 - Andr� Portela
12 - Andrea Lucchesi
13 - Ang�lica Maria de Queiroz
14 - Aod Cunha
15 - Arm�nio Fraga
16 - Beny Parnes
17 - Bernard Appy
18 - Br�ulio Borges
19 - Braz Camargo
20 - Carlos Alberto Manso
21 - Carlos Ari
22 - Carlos Brunet Martins Filho
23 - Carlos G�es
24 - Carolina Grottera
25 - Cassiana Fernandez
26 - Christiano Penna
27 - Claudia Sussekind Bird
28 - Claudio Considera
29 - Cl�udio Frischtak
30 - Claudio Ribeiro de Lucinda
31 - Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt
32 - Daniel Cerqueira
33 - Daniel Gleizer
34 - Danielle Carusi Machado
35 - Danilo Camargo Igliori
36 - Dem�sthenes Madureira de Pinho Neto
37 - Dimitri Szerman
38 - Edmar Bacha
39 - Eduardo Amaral Haddad
40 - Eduardo Augusto Guimar�es
41 - Eduardo Mazzilli de Vassimon
42 - Eduardo Pontual
43 - Eduardo Souza-Rodrigues
44 - Eduardo Zilberman
45 - Eduardo Zylberstajn
46 - Eleazar de Carvalho
47 - Elena Landau
48 - Fabiana Rocha
49 - F�bio Barbosa
50 - Fabio Giambiagi
51 - Felipe Salto
52 - Fernando Genta
53 - Fernando Postali
54 - Fernando Veloso
55 - Fl�vio Ataliba
56 - Francisco Ramos
57 - Francisco Soares de Lima
58 - Gabriella Seiler
59 - Genaro Lins
60 - Giovanna Ribeiro
61 - Guilherme Irffi
62 - Guilherme Tinoco
63 - Guilherme Valle Moura
64 - Gustavo Gonzaga
65 - Gustavo Loyola
66 - Helcio Tokeshi
67 - Helena Arruda Freire
68 - Henrique F�lix
69 - Hor�cio Lafer Piva
70 - Humberto Moreira
71 - Ilan Goldfajn
72 - Isacson Casiuch
73 - Joana C.M. Monteiro
74 - Joana Naritomi
75 - Jo�o M�rio de Fran�a
76 - Jos� Augusto Fernandes
77 - Jos� Monforte
78 - Jos� Olympio Pereira
79 - Jos� Roberto Mendon�a de Barros
80 - Jos� Tavares de Araujo
81 - Josu� Alfredo Pellegrini
82 - Juliana Camargo
83 - Juliano Assun��o
84 - La�sa Rachter
85 - Laura de Carvalho Schiavon
86 - Laura Karpuska
87 - Leandro Piquet Carneiro
88 - Leane Naidin
89 - Leany Barreiro Lemos
90 - Leonardo Monteiro Monasterio
91 - Leonardo Rezende
92 - Lucas M. Novaes
93 - Lucia Hauptmann
94 - Luciano Losekann
95 - Luciene Pereira
96 - Lu�s Meloni
97 - Luis Terepins
98 - Ma�lson da N�brega
99 - Manoel Pires
100 - Manuel Thedim
101 - Marcela Carvalho Ferreira de Mello
102 - Marcelo Andr� Steuer
103 - Marcelo Barbar�
104 - Marcelo Cunha Medeiros
105 - Marcelo de Paiva Abreu
106 - Marcelo F. L. Castro
107 - Marcelo Fernandes
108 - Marcelo Justus
109 - Marcelo Kfoury
110 - Marcelo Leite de Moura e Silva
111 - Marcelo Pereira Lopes de Medeiros
112 - Marcelo Trindade
113 - Marc�lio Marques Moreira
114 - M�rcio Garcia
115 - M�rcio Holland
116 - M�rcio Issao Nakane
117 - Marco Bonomo
118 - Marcos Lederman
119 - Marcos Ross Fernandes
120 - Maria Alice Moz-Christofoletti
121 - Maria Cristina Pinotti
122 - Maria Dolores Montoya Diaz
123 - M�rio Ramos Ribeiro
124 - Marisa Moreira Salles
125 - Maur�cio Can�do Pinheiro
126 - Mauro Rodrigues
127 - Miguel Nathan Foguel
128 - M�nica Viegas Andrade
129 - Naercio Menezes Filho
130 - Nat�lia Nunes Ferreira-Batista
131 - Nilson Teixeira
132 - Octavio de Barros
133 - Otaviano Canuto
134 - Patr�cia Franco Ravaioli
135 - Paula Carvalho Pereda
136 - Paula Magalh�es
137 - Paulo Hartung
138 - Paulo Hermanny
139 - Paulo Ribeiro
140 - Paulo Tafner
141 - Pedro Bodin de Moraes
142 - Pedro Cavalcanti Ferreira
143 - Pedro Henrique Thibes Forquesato
144 - Pedro Malan
145 - Pedro Moreira Salles
146 - Persio Arida
147 - Priscilla Albuquerque Tavares
148 - Rafael B. Barbosa
149 - Rafael Dix-Carneiro
150 - Regina Madalozzo
151 - Renato Fragelli
152 - Ren� Garcia Jr.
153 - Ricardo de Abreu Madeira
154 - Ricardo Markwald
155 - Roberto Bielawski
156 - Roberto Iglesias
157 - Roberto Olinto
158 - Rodrigo Menon S. Moita
159 - Rog�rio Furquim Werneck
160 - Ruben Ricupero
161 - Ruy Ribeiro
162 - Sabino da Silva Porto J�nior
163 - Samira Schatzmann
164 - Samuel Pessoa
165 - Sandra Rios
166 - S�rgio Besserman Vianna
167 - Sergio Margulis
168 - Silvia Matos
169 - Solange Srour
170 - Stephanie Kestelman
171 - Synthia Santana
172 - Thomas Conti
173 - Tiago Cavalcanti
174 - Tom�s Urani
175 - Vagner Ardeo
176 - Vilma da Concei��o Pinto
177 - Vinicius Carrasco
178 - Vin�cius de Oliveira Botelho
179 - Vitor Pereira
180 - Walter Novaes
181 - Wilfredo Leiva Maldonado

O que � o coronav�rus

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.


transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.


A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia
  • Em casos graves, as v�timas apresentam:
  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
  • Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:


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