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Estado de Minas ECONOMIA

Economia do Brasil cresce 1,2% no segundo trimestre, acima do esperado

Novo resultado fez PIB avan�ar 2,5% no 1� semestre. Com isso, atividade econ�mica do pa�s ficou 3% acima do n�vel pr�-pandemia, do 4� trimestre de 2019


01/09/2022 12:35 - atualizado 01/09/2022 18:44

funcionário em linha industrial
(foto: Arquivo/Correio Braziliense)

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022, em rela��o aos tr�s meses imediatamente anteriores. � o quarto resultado positivo em sequ�ncia do indicador, apontam dados divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica).

A varia��o ficou acima das expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela ag�ncia Bloomberg projetavam alta de 0,9% na mediana.

O PIB mede a produ��o de bens e servi�os no pa�s a cada trimestre. O avan�o do indicador � usualmente chamado de crescimento econ�mico.

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Conforme o IBGE, o novo resultado fez o PIB avan�ar 2,5% no primeiro semestre do ano. Com isso, a atividade econ�mica do pa�s ficou 3% acima do n�vel pr�-pandemia, do quarto trimestre de 2019.

Tamb�m atingiu o segundo patamar mais alto da s�rie, atr�s apenas do alcan�ado no primeiro trimestre de 2014. Est� 0,3% abaixo do recorde.

O segundo trimestre deste ano ainda mostrou reflexos da reabertura de atividades ap�s as restri��es na pandemia. Com o aumento da circula��o de pessoas e a volta de neg�cios presenciais, houve impulso para a presta��o de servi�os, o principal setor do PIB.

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Os servi�os, indicou o IBGE, puxaram o crescimento da economia de abril a junho. A alta do segmento foi de 1,3%.

"Os servi�os est�o pesando 70% da economia, ent�o t�m um impacto maior nesse resultado. Dentro dos servi�os, outras atividades de servi�os (3,3%), transportes (3,0%) e informa��o e comunica��o (2,9%) avan�aram e puxaram essa alta", disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, em nota.

"Em outras atividades de servi�os, est�o os servi�os presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hot�is, por exemplo", completou.

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Na ind�stria, a alta foi de 2,2%. � a taxa mais elevada desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando o setor come�ava a se recuperar da pandemia e apresentava uma base de compara��o depreciada, apontou o IBGE. A agropecu�ria, que havia recuado 0,9% no primeiro trimestre, subiu 0,5% no segundo.

Em um ambiente marcado pela press�o inflacion�ria, o governo Jair Bolsonaro (PL) decidiu apostar na libera��o de recursos para tentar atenuar a perda do poder de compra dos brasileiros �s v�speras das elei��es.

No segundo trimestre, o governo autorizou saques de contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o) e antecipou o 13º de aposentados.

Pela �tica da despesa, o consumo das fam�lias cresceu 2,6% de abril a junho, a maior alta desde o quarto trimestre de 2020 (3,1%). J� o consumo do governo recuou 0,9%, ap�s registrar estabilidade no trimestre anterior (-0,1%). Os investimentos na economia, medidos pelo indicador de FBCF (Forma��o Bruta de Capital Fixo), aumentaram 4,8%.

O IBGE revisou os resultados do PIB do segundo trimestre de 2021, do quarto trimestre de 2021 e do primeiro de 2022. Os dados divulgados anteriormente haviam sido estimados em -0,2%, 0,7% e 1%. Com as revis�es, passaram para -0,3%, 0,8% e 1,1%, respectivamente.

Frente ao segundo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%. Nessa base de compara��o, analistas projetavam avan�o de 2,8%.

POSS�VEL PERDA DE F�LEGO EM 2023

Ao longo das �ltimas semanas, o mercado financeiro passou a projetar uma alta maior do que a esperada inicialmente para o PIB no acumulado de 2022. A previs�o mais recente � de crescimento de 2,10%, conforme a mediana do boletim semanal Focus, divulgado pelo BC (Banco Central).

A partir do terceiro trimestre, influenciado pela disputa eleitoral, espera-se impacto maior sobre a economia de cortes de tributos, al�m dos efeitos da amplia��o de benef�cios sociais, incluindo o Aux�lio Brasil. A infla��o, por�m, ainda mostra sinais de persist�ncia e encarece produtos como alimentos, que pesam mais no bolso da popula��o pobre.

At� 2023, tamb�m s�o esperados reflexos mais intensos da alta dos juros. A eleva��o da taxa b�sica (Selic), atualmente em 13,75%, desafia a recupera��o do consumo. Outro risco vem dos sinais de perda de f�lego da economia global.

N�o � toa, o mercado financeiro projeta um avan�o mais t�mido para PIB no pr�ximo ano. A alta prevista para o acumulado � de 0,37%, indica o boletim Focus.

A divulga��o do PIB nesta quinta � a �ltima antes das elei��es de outubro. O desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre s� deve ser conhecido em 1º de dezembro.

C�LCULO DO PIB

Produtos, servi�os, alugu�is, servi�os p�blicos, impostos e at� contrabando. Esses s�o alguns dos componentes do PIB, calculado pelo IBGE, de acordo com padr�es internacionais.

O objetivo � medir a produ��o de bens e servi�os no pa�s em determinado per�odo.
O indicador mostra quem produz, quem consome e a renda gerada a partir dessa produ��o. O crescimento do PIB (descontada a infla��o) � frequentemente chamado de crescimento econ�mico.

O levantamento � apresentado pela �tica da oferta (o que � produzido) e da demanda (como esses produtos e servi�os s�o consumidos). O PIB trimestral � divulgado cerca de 60 dias ap�s o fim do per�odo em quest�o.


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