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Estado de Minas MAIS CARO AO CONSUMIDOR

Comprar no iFood � 17,5% mais caro do que no restaurante, diz associa��o

Levantamento realizado em julho faz parte de um processo no Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) aberto pelo Rappi contra o iFood por abuso


14/10/2022 12:27 - atualizado 14/10/2022 14:23

Entregador de bicicleta nas ruas da capital.
A conta se refere ao pre�o cobrado pelos restaurantes e j� inclui os 10% da taxa de servi�o. N�o considera outras despesas, como a taxa de entrega cobrada pelo iFood (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Um levantamento realizado pela Abrasel (Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes) chegou � conclus�o de que um prato pedido pelo servi�o de delivery iFood fica em m�dia 17,5% mais caro para o consumidor, em compara��o com o mesmo pedido feito no sal�o do restaurante.

O levantamento foi realizado em julho e ouviu 1.600 estabelecimentos. A pesquisa faz parte de um processo em andamento no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica), que apura se h� abuso de posi��o dominante por parte do iFood no mercado de delivery brasileiro.

 

O que est� incluso na conta?

A conta se refere ao pre�o cobrado pelos restaurantes e j� inclui os 10% da taxa de servi�o. N�o considera outras despesas, como a taxa de entrega cobrada pelo iFood, ou o gasto de estacionamento que o consumidor pode ter na ida ao restaurante.

 

O iFood n�o divulga quanto cobra em m�dia pela entrega. De acordo com o site da empresa, a taxa m�nima paga ao entregador � de R$ 6 por rota, sendo que os entregadores recebem R$ 1,50 por quil�metro rodado. Dados do Sindepark (Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de S�o Paulo) mostram que o pre�o m�dio do estacionamento nos principais bairros de S�o Paulo em 2022 � de R$ 14,61 para a primeira hora.

 

Por que fica mais caro?

 

A Abrasel afirma que os produtos ficam mais caros no delivery por conta das taxas cobradas dos restaurantes pelo iFood, que acabam repassadas para o cliente final. Segundo a entidade, o iFood det�m 80% do mercado de delivery no Brasil e cobra em m�dia entre 16% e 25% de taxa dos restaurantes, mas esse n�mero chega a superar os 30%. O levantamento n�o considerou outras plataformas de delivery.

"Essas taxas fazem com que o pre�o ao consumidor seja 17,5% maior no iFood do que comprando na loja. Precisamos encontrar uma solu��o, � um mercado com baixa concorr�ncia", diz Paulo Solmucci Junior, presidente da Abrasel.

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O que diz o iFood?

Contatado pela reportagem, o iFood n�o especificou as taxas cobradas dos restaurantes. Em nota, a empresa disse que n�o comentaria a pesquisa, uma vez que n�o teve acesso � metodologia do levantamento. O iFood tamb�m diz que "causa estranheza" que a pesquisa "n�o busque verificar se o alegado aumento de pre�os ocorre tamb�m em outras plataformas ou em outros canais de delivery". A Abrasel diz que a pesquisa integra a apura��o em curso no Cade e por isso n�o divulga o levantamento completo.

O iFood diz ainda que as taxas cobradas dos restaurantes "s�o compat�veis com os valores cobrados tanto por concorrentes no mercado brasileiro como por pares globais —e, em muitos casos, menores". Afirma tamb�m que investe em solu��es para reduzir o pre�o da alimenta��o para o consumidor brasileiro, e que seu "sucesso no mercado brasileiro decorre da qualidade do servi�o".

 

O que est� em discuss�o no Cade?

O aplicativo Rappi entrou com a��o no Cade em 2020 contra o iFood, alegando abuso de posi��o dominante no mercado de delivery brasileiro. O argumento do Rappi � de que o modelo de exclusividade do iFood dificulta a concorr�ncia. A Abrasel e outros aplicativos tamb�m entraram no processo. O levantamento da Abrasel integra esse processo.

 

Em agosto, o caso ganhou novo cap�tulo depois que o Rappi acusou o iFood de descumprir uma determina��o do Cade, que proibia a empresa de celebrar novos contratos de exclusividade com bares e restaurantes. O iFood diz que sua atua��o "se d� dentro dos limites da legisla��o concorrencial" e que tem cooperado com o Cade.

O presidente da Abrasel diz que o modelo de exclusividade gera distor��es para os restaurantes. "Com esse modelo, o iFood tem condi��es de eleger vencedores do nosso lado, o que gera um problema enorme", diz.

 

Quais as propostas dos concorrentes?

A entidade assina, juntamente com a ABBT (Associa��o Brasileira das Empresas de Benef�cios ao Trabalhador) e outros aplicativos de delivery como Rappi, Pede A�, Pedidos 10 e Rapid�o App, um manifesto lan�ado em 26 de setembro, que pede "um mercado de delivery de comida mais aberto e justo".

 

"Entre muitas pr�ticas anticompetitivas, o elevado n�mero de contratos de exclusividade com as marcas mais influentes e as penalidades excessivas pela quebra desses contratos formam um mercado cerceado e, por consequ�ncia, quase monopolista, o que est� provocando um preju�zo econ�mico", diz o documento, sem citar o iFood. O iFood n�o se manifestou sobre o documento.

 

 

 


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