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Estado de Minas IBGE

Renda m�dia de trabalhador branco � 75,7% maior que de pretos, diz IBGE

Pesquisa tamb�m aponta que brancos t�m sido menos afetados pelo desemprego e pelo trabalho informal. O mesmo ocorre entre pessoas com n�vel superior completo


11/11/2022 13:04 - atualizado 11/11/2022 15:25

Na foto, pessoas caminham em uma região comercial
Al�m disso, embora representem 53,8% dos trabalhadores do pa�s, pretos e pardos ocuparam em 2021 apenas 29,5% dos cargos gerenciais (foto: T�nia R�go/Ag�ncia Brasil)

Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (11/11), mostra a cor como fator relevante na diferencia��o do rendimento mensal m�dio dos trabalhadores no pa�s em 2021. De acordo com o levantamento, os brancos ganham R$ 3.099 em m�dia. Esse valor � 75,7% maior do que o registrado entre os pretos, que � de R$ 1.764. Tamb�m supera em 70,8% a renda m�dia de R$ 1.814 dos trabalhadores pardos.

Mesmo entre pessoas com n�vel superior completo, persiste uma dist�ncia significativa. Nesse grupo, o rendimento m�dio por hora dos brancos foi cerca de 50% maior que o dos pretos e cerca de 40% superior ao dos pardos. Al�m disso, embora representem 53,8% dos trabalhadores do pa�s, pretos e pardos ocuparam em 2021 apenas 29,5% dos cargos gerenciais.

Os brancos tamb�m t�m sido menos afetados pelo desemprego. A taxa de desocupa��o em 2021 para eles � de 11,3%. Entre a popula��o preta � de 16,5% e para a popula��o parda, de 16,2%.

Os dados revelam ainda diferen�as na informalidade: apenas os brancos se situam abaixo do �ndice nacional de 40,1%. Segundo o IBGE, "a informalidade no mercado de trabalho est� associada, muitas vezes, ao trabalho prec�rio e � aus�ncia de prote��o social". Ela envolve trabalhadores que podem enfrentar dificuldades para acesso a direitos b�sicos, como a aposentadoria e a garantia de remunera��o igual ou superior ao sal�rio m�nimo.

A propor��o de pessoas pobres no pa�s tamb�m � bastante distinta no recorte por cor. Entre os brancos, 18,6% est�o abaixo da linha da pobreza, isto �, vivem com menos de US$ 5,50 por dia conforme uma das classifica��es do Banco Mundial. O percentual praticamente dobra entre pretos (34,5%) e pardos (38,4%).


Intitulado Desigualdades Sociais por Cor ou Ra�a no Brasil, o estudo faz um cruzamento de dados extra�dos de mais 12 pesquisas do pr�prio IBGE. Ele est� em sua segunda edi��o. A primeira, divulgada em 2019, foi mais enxuta: indicadores sobre mercado de trabalho e distribui��o de rendimento, por exemplo, n�o integraram o levantamento. De acordo com o IBGE, "as desigualdades raciais s�o importantes vetores de an�lise das desigualdades sociais no Brasil, ao revelar no tempo e no espa�o a maior vulnerabilidade socioecon�mica das popula��es de cor ou ra�a preta, parda e ind�gena".

Outros indicadores


O estudo traz ainda informa��es atualizadas sobre patrim�nio, educa��o, viol�ncia, representa��o pol�tica e ambiente pol�tico dos munic�pios. De acordo com o IBGE, h� um acesso desigual dos diferentes grupos populacionais a bens e servi�os b�sicos necess�rios ao bem-estar, como sa�de, ensino, moradia, trabalho e renda.

Foi constatado que nos domic�lios de pessoas brancas h� maior presen�a de praticamente todos os bens dur�veis analisados: geladeira, televis�o, m�quina de lavar, forno, micro-ondas, autom�vel, computador, ar-condicionado, tablet e freezer. A �nica exce��o foram as motocicletas, que aparecem com maior frequ�ncia em domic�lios de pessoas pardas. No campo, entre os propriet�rios de terras com mais de 10 mil hectares, 79,1% se declaram brancos, 17,4% pardos e apenas 1,6% eram pretos.

O estudo tamb�m apresenta um recorte das v�timas de homic�dio no pa�s em 2020. Entre as pessoas pardas, registra-se a maior taxa, com 34,1 mortes por 100 mil. Na popula��o preta, esse �ndice � de 21,9 mortes, enquanto entre os brancos � de 11,5.

Na educa��o superior, o IBGE encontrou diferentes realidades conforme o curso. Na pedagogia, por exemplo, pretos e pardos representavam 47,8% dos alunos matriculados em 2020. Na enfermagem, eles eram 43,7%. Por outro lado, no curso de medicina, representavam apenas 25%.

LEIA: Infla��o volta a subir em BH puxada pela alta de alimentos

Dados de representa��o pol�tica nas elei��es municipais de 2020 tamb�m foram inclu�dos no levantamento. Entre os candidatos a prefeito que realizaram campanhas com arrecada��o superior a R$ 1 milh�o, 67,5% s�o brancos.


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