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As empresas que pagam as viagens de f�rias dos funcion�rios

O mais novo benef�cio de trabalho? Algumas empresas est�o pagando f�rias aos funcion�rios para que eles possam ter um descanso adequado


21/09/2023 06:33 - atualizado 21/09/2023 11:54
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Casal curtindo as férias em um mar
(foto: Getty Images)

Um descanso na praia, com bebida na m�o. Caminhadas com amigos diante de uma vista espetacular do cume. Conhecer uma cidade estrangeira e comer a comida mais incr�vel que voc� j� provou. Mas a melhor parte? Voc� mal gastou um centavo do seu pr�prio dinheiro nessas experi�ncias.

Os benef�cios que algumas empresas d�o a seus funcion�rios mudaram na era da pandemia. Um incentivo emergente se destaca: distribuir or�amentos de quatro d�gitos para que os funcion�rios conhe�am o mundo.

Esses programas tiveram origem em grande parte em empresas relacionadas a viagens. Os funcion�rios do Airbnb recebem US$ 2 mil (cerca de R$ 9,7 mil) em cr�ditos de viagem por ano, e a Expedia reembolsa os funcion�rios entre US$ 1.250 e US$ 1.750 (cerca de R$ 6,1 mil e R$ 8,5 mil) anualmente por despesas de viagem.

Agora, mais empresas de todos os setores est�o seguindo o exemplo. O aplicativo de agendamento Calendly oferece uma bolsa anual de f�rias de US$ 1 mil (R$ 5 mil) para hot�is, voos ou aluguel de carros; a empresa de software Bamboo HR oferece o que eles chamam de “f�rias remuneradas pagas” por meio de uma bolsa anual de US$ 2 mil (quase R$ 10 mil) para usar em viagens.

Michael K�nig, professor do departamento de estrat�gia e inova��o da Universidade de Economia e Neg�cios de Viena, atribui essa tend�ncia crescente � situa��o do trabalho, que ainda �, em grande parte, um mercado com mais demanda por trabalhadores do que oferta em todo o mundo, mesmo em meio a incertezas na economia.

As empresas que oferecem benef�cios que v�o al�m do normal conseguem atrair e reter os melhores trabalhadores de que precisam, muitas vezes contrariando a tend�ncia de diminui��o da lealdade dos funcion�rios.

“As empresas podem usar isso de forma inteligente na sua estrat�gia como empregadora”, afirma K�nig. "A mensagem que as empresas passam � que os realmente se preocupam com o bem-estar da sua for�a de trabalho, al�m de meras medidas superficiais. Isso certamente compensa no longo prazo."

Isso � especialmente verdadeiro para empresas que tentam recrutar e reter trabalhadores, diz Cary Cooper, professor de psicologia organizacional e sa�de na Escola de Neg�cios Alliance Manchester, no Reino Unido.

Imagem de biscoitos recheados
Um benef�cio que come�ou nas empresas de viagens agora se espalhou para outros setores, dando aos trabalhadores oportunidade de viajar sem gastar muito (foto: Alamy)

"No Reino Unido, por exemplo, com a perda de tantas pessoas para o Leste da Europa como resultado do Brexit, os empregadores enfrentam dificuldade para recrutar pessoal qualificado ou at� mesmo n�o qualificado em alguns setores, e consideram uma variedade de incentivos para atrair pessoal."

E embora essa seja uma tend�ncia global, os benef�cios de viagens podem ser particularmente atraentes para os trabalhadores nos Estados Unidos, onde f�rias remuneradas n�o s�o um requisito legal e 46% dos trabalhadores que recebem esse benef�cio n�o as gozam na totalidade.

"Em primeiro lugar, muitas organiza��es t�m um tempo de f�rias muito limitado, para que pudessem atrair e reter funcion�rios prolongando o seu per�odo de f�rias remuneradas. No contexto dos EUA, estas despesas provavelmente ser�o destinadas ao pessoal profissional 'necess�rio', como uma vantagem entre outras fun��es”, diz Cooper.

Al�m disso, no atual clima econ�mico, esse incentivo financeiro para viagens � mais valioso do que nunca.

“O aumento acentuado do custo de vida e o aumento das taxas de infla��o em todo o mundo fazem das f�rias um verdadeiro luxo. As empresas que oferecem despesas de f�rias pagas est�o abordando essa quest�o diretamente”, diz K�nig. Para os empregadores, tamb�m se trata de um investimento inteligente. "Em muitos pa�ses, esses custos tamb�m s�o dedut�veis nos impostos, e o benef�cio l�quido pode ent�o ser ainda maior do que um aumento salarial, tanto para o empregado como para o empregador."

Esses incentivos podem parecer vantajosos tanto para empregadores quanto para funcion�rios, mas Paula Allen, l�der global e vice-presidente s�nior de pesquisa e bem-estar da TELUS Health, uma provedora de benef�cios de bem-estar com sede em Toronto, no Canad�, afirma que essas vantagens podem ser mais valiosas para alguns trabalhadores do que para outros.

“Para funcion�rios como pais ou cuidadores, viajar pode n�o ser vi�vel. Nesse caso, as organiza��es devem considerar alternativas, para que os funcion�rios n�o sintam que alguns est�o obtendo vantagens preferenciais em rela��o a outros”, diz ela.

� medida em que as preocupa��es de sustentabilidade das viagens a�reas tamb�m se tornam mais pertinentes, Allen diz que as empresas tamb�m ter�o de pensar em como equilibrar a oferta de vantagens de viagens gratuitas e, ao mesmo tempo, considerar as quest�es clim�ticas.

Allen tamb�m diz que os incentivos financeiros n�o devem ser usados %u200B%u200Bcomo uma alternativa para resolver problemas maiores.

“Essas vantagens n�o substituem a necessidade de apoio � sa�de e ao bem-estar e de uma cultura de local de trabalho forte e eficaz. Se um local de trabalho n�o for psicologicamente seguro, o apoio financeiro adicional n�o elimina esse impacto negativo”, diz ela.

No entanto, daqui para frente, Allen acredita que continuaremos vendo empresas aderirem a essa tend�ncia de alguma forma.

“Com o aumento dos trabalhadores n�mades e das pol�ticas dentro das empresas que permitem aos funcion�rios trabalhar em diferentes partes do mundo, h� claramente um est�mulo para viajar”, %u200B%u200Bdiz ela. Em termos gerais, acrescenta, “os empregadores v�o se concentrar cada vez mais no apoio ao bem-estar financeiro e ligar�o cada vez mais o bem-estar financeiro e mental”.

K�nig concorda. “Toda a ideia do que se coloca em um pacote salarial est� prestes a mudar”, diz ele. "Despesas pagas de f�rias, apoio m�dico, qualifica��o ao longo da vida, etc., se tornar�o muito mais importantes."


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