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Estado de Minas PANDEMIA

BH: parte dos pais n�o se sente segura com ensino presencial

Ap�s an�ncio da reabertura das escolas para crian�as de at� 5 anos e 8 meses, pais relatam estarem receosos com a seguran�a do local em rela��o � COVID-19


20/04/2021 14:25 - atualizado 20/04/2021 15:47

A principal preocupação de mães e pais neste momento é que o ambiente escolar aumente a transmissão do vírus na cidade(foto: Sieeesp/Reprodução)
A principal preocupa��o de m�es e pais neste momento � que o ambiente escolar aumente a transmiss�o do v�rus na cidade (foto: Sieeesp/Reprodu��o)
A partir de segunda-feira (26/4), crian�as de at� 5 anos e 8 meses de idade poder�o retornar �s escolas por determina��o da Prefeitura de Belo Horizonte. Por�m, ao contr�rio do esperado, a medida n�o alegrou parte dos pais e m�es neste momento. A falta de garantias de que o ambiente escolar ser� seguro contra a transmiss�o da COVID-19 e com o alto n�mero de casos na capital mineira contribuem para que algumas fam�lias belo-horizontinas ainda prefiram deixar os pequenos em casa a arriscar uma poss�vel contamina��o.


'Precipitada' 


Logo depois do come�o da pandemia, Sofia Carbonara preferiu retirar sua filha Ol�via, de 3 anos, da creche onde estudava por medo do v�rus. Ap�s trocar o trabalho como manicure, para criar sua pr�pria loja de doces e conseguir cuidar da filha dentro de casa, ela teve que se reinventar para conseguir conciliar a vida profissional com os compromissos como m�e.

Seu maior desafio � compartilhado por diversos pais de crian�as mais novas durante tempos de isolamento social: adaptar a rotina de trabalho e responsabilidades dom�sticas com a aten��o quase integral aos pequenos.

“A gente teve que organizar tudo de novo para conseguir fazer nossas coisas, al�m de que � um cansa�o f�sico e psicol�gico. N�s temos que entreter a crian�a o dia inteiro. Para ela tamb�m n�o foi nada f�cil. At� hoje ela pergunta sobre a escolinha e que est� com saudades dos colegas e da professora”, disse Sofia.

Mesmo com todas as dificuldades para gerenciar os deveres de sua rotina com a supervis�o da filha, a microempreendedora disse que n�o vai deixar que Ol�via volte para a creche neste m�s. Para ela, a reabertura das escolas neste momento � definida com uma palavra: precipitada. 

“Eu entendo que muitas m�es e pais est�o com dificuldades e precisam trabalhar, mas acaba que isso coloca a vida da crian�a e das pessoas que moram em casa em risco. A crian�a n�o vai saber respeitar o distanciamento e m�scaras. Somente quando eu tiver a seguran�a de que as coisas estar�o mais controladas, deixarei minha filha voltar para a creche. Quando um maior n�mero de pessoas tiver se vacinado, inclusive os professores e funcion�rios da escola”, disse Sofia.
 

'Carga pesada'  

 
Ana Paula Amaral � confeiteira e m�e de dois filhos. Um tem apenas 2 anos, e o outro mais velho, completou 17 anos este ano. Ap�s o agravamento de casos em Belo Horizonte, Murilo, o mais novo da fam�lia, passou a ter aulas on-line.

A confeiteira teve uma experi�ncia bem similar � enfrentada por Sofia. Em conversa com o Estado de Minas, ela desabafa sobre como a carga pesada que os cuidados com seu filho afetou seu dia a dia. 

Lidar com todas as responsabilidades das encomendas de sua clientela e demais obriga��es do seu trabalho tornou-se a sua segunda prioridade. Com o marido trabalhando fora e sem poder contar com a ajuda de outras pessoas, precisa estar 24 horas por dia em alerta pela seguran�a e encargo de Murilo.

“� dif�cil. A crian�a nessa idade n�o entende que �s vezes estamos ocupadas. Tive que diminuir minha carga de trabalho, � quando pode. Para n�s, estamos acostumados a trabalhar fora, � muito estressante, � uma situa��o que est� sendo muito dif�cil”, disse a confeiteira.

Logo ap�s o an�ncio da volta �s aulas para crian�as dessa faixa et�ria, Ana Paula disse que pais de colegas que estudam com seu filho cobraram da escola um posicionamento sobre a retomada do ensino presencial a partir de 26 de abril. O centro estudantil sinalizou a possibilidade, mas ainda n�o tem uma data definida.

Na contram�o dos demais, e com a lentid�o da vacina��o em todo o pa�s, a confeiteira compartilha o sentimento de apreens�o de m�es que est�o receosas que o filho contraia o v�rus dentro do ambiente escolar e o leve para casa. O medo, neste momento, se sobressai sob a vontade que seu filho volte ao ambiente escolar.

“No come�o da pandemia, ficamos muito revoltados com o fechamento porque tinha que trabalhar com menino dentro de casa. Mas, hoje, que vemos a situa��o de piora do v�rus, d� medo. Eu prefiro que, se for voltar que seja intercalado, n�o precisa da crian�a ir � escola todos os dias. Por exemplo, dividir as crian�as por um grupo de tr�s por dia dentro da sala, algo que possa dar um al�vio para as m�es que precisam trabalhar. Mas, mesmo com isso, pode ser que com eles o grau de sintomas seja mais leves e contamine outras pessoas dentro de casa com maiores riscos. Isso � muito s�rio”, disse Ana Paula.

Desafio em dobro


Al�m de m�e de primeira viagem, Julie Sant’Anna trabalha h� tr�s anos como secret�ria em uma creche sem fins lucrativos. Antes do decreto que autoriza a volta das aulas, ia para o trabalho durante a pandemia somente alguns dias da semana. A previs�o � que o trabalho presencial seja retomado normalmente, durante todos os dias �teis.

Ela vive um embate com a libera��o das escolas. Seu filho, Raniel, tem apenas 1 ano e dois meses, chegou a se matricular no local onde trabalha, mas, por causa do atual cen�rio pand�mico, n�o chegou a frequentar a creche at� este momento. Agora que a carga do of�cio voltar� a ser maior, e, sem ter com quem deixar a crian�a, declara estar sem op��o a n�o ser deix�-lo aos cuidados da escola infantil. 

“Como funcion�ria e m�e me sinto bastante preocupada. N�s vamos retornar sem as vacinas, e novamente ter contato com outras pessoas e crian�as, isso � muito perigoso. Por mais que precisemos trabalhar, temos que ter um certo cuidado com as crian�as. E ainda tem o medo de pegar o v�rus e levar para nossa fam�lia. � bem dificil”, disse Julie.
 
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.  
 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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