A partir de s�bado, bares e restaurantes v�o ter o hor�rio de funcionamento ampliado, mas ainda n�o podem abrir aos domingos. Neste Dia das M�es (09/05), supermercados, padarias, clubes e outros servi�os poder�o reabrir.
Na entrevista coletiva concedida na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no Centro da capital, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) deu um panorama do cen�rio na capital, volta �s aulas da educa��o infantil, fez um alerta aos jovens – que j� correspondem por boa parte das interna��es, tamb�m falou sobre a vacina��o, o presidente Bolsonaro (sem partido) e sobre a CPI da COVID. Confira, a seguir, as principais declara��es do prefeito.
“Explos�o de casos”
Na abertura da coletiva, Alexandre Kalil lembrou apelos anteriores para que a popula��o mantivesse o distanciamento social e disse que a n�o obedi�ncia acabou levando a cidade ao aumento no n�mero de registros da COVID-19.
“Pelo que se tem at� noticiado todos os dias, os nossos n�meros, apesar de muito altos ainda, est�o apresentando uma queda acentuada. Estamos nas v�speras do Dia das M�es e hoje n�s podemos dizer aqui que o planejamento feito por esse comit� e por essa prefeitura, por todos que est�o sentados aqui, foi feito justamente para que o com�rcio aproveitasse o dia em que, segundo os pr�prios comerciantes, � a segunda data mais importante para o com�rcio, para os bares e restaurantes de Belo Horizonte", relembrou.
“Eu j� disse algumas coisas aqui e vou repetir com muita calma e com muita humildade pois n�o fui ouvido por parte da popula��o. Primeiro, h� um ano e tr�s meses avisei que est�vamos em guerra e ningu�m acreditou. Segundo, eu disse que cart�o de plano de sa�de n�o era vacina, e parte da popula��o n�o acreditou. Que no Natal, poder�amos passar sem vermos entes queridos, porque poderia ser o �ltimo Natal importante para muitas fam�lias e ningu�m acreditou. No que deu uma explos�o de casos. Sobre festas, sobre praias, sobre viagens, sobre irresponsabilidade, sobre negacionismo, eu me nego a falar, porque acho que isso � at� b�blico. N�o vou jogar p�rolas aos porcos”, destacou o prefeito.
“Eu vou dizer o seguinte, eu j� n�o tenho a minha, mas muito, principalmente os mais jovens, v�o se encontrar com as m�es, ou n�o, porque a morte do Paulo Gustavo ontem � simplesmente a morte de um ente muito querido a todos, mas � s� um CPF que se foi e ele n�o passar� o Dia das M�es com a m�e dele, que est� viva, e ele era um rapaz de 42 anos. � esse o recado que eu dou. Um presente na porta, uma live, um uso da imagina��o”, enfatizou.
“� um momento muito diferente, onde o medo toma conta cada vez mais da popula��o, porque a cepa n�o est� para brincadeira. Estou vendo aqui dezenas de jovens que hoje sabem que podem se internar, como est�o internados. Quase a metade das interna��es hoje s�o de pessoas da idade de voc�s. Ent�o, tenham cuidado, tenham responsabilidade, porque � muito grave essa situa��o, principalmente dessa faixa et�ria, na cidade de Belo Horizonte. Mas, n�o podemos ficar apegados � seguran�a e abandonar, com toda a ajuda que n�s demos, inclusive”, disse Kalil.
Questionado sobre o aumento dos casos de jovens doentes, o prefeito Alexandre Kalil detalhou. “Eu recebi a informa��o do secret�rio hoje de que praticamente a metade dos internados s�o jovens. Se voc� me perguntar quais jovens, vou dizer que temos �bitos de 23 anos, de 40 anos, de 39, de 32. Se voc� considerar a morte de um ator de 42 anos, se ele n�o for um jovem, ele � o qu�? Um pr�-adolescente ou um idoso? Ele n�o passa de um jovem. Ent�o, o n�mero � realmente alarmante, principalmente entre os jovens, que na maioria das vezes ignoram e v�o para baladas, para festas, churrascos, e � isso que a gente quer evitar.”
Presta��o de contas e Minas Consciente
Ainda na coletiva, o prefeito de Belo Horizonte leu uma lista com diversas iniciativas realizadas pela prefeitura para auxiliar a popula��o na pandemia.
“Outro assunto que gostaria de colocar que foi dado e, nas �ltimas entrevistas, me neguei a falar porque n�o queria que se tornasse uma fonte de agress�o. N�o fazemos ondas, n�o colorimos a nossa cidade (em refer�ncia ao programa Minas Consciente, do governo do estado). N�s distribu�mos 3,6 milh�es de cestas b�sicas, num total de R$ 275 milh�es, ininterruptamente, desde o in�cio da pandemia. Distribu�mos 900 mil toneladas em nossos restaurantes populares. E na assist�ncia alimentar e em abrigos, servimos 6.777.926 milh�es de refei��es. E foram entregues � popula��o, al�m que � sabidamente transmiss�o de m�scaras, 600 mil kits de higiene. Isso � combater a pandemia. N�o fechamos a cidade, n�o sacrificamos a cidade de Belo Horizonte. Houve sacrif�cio imenso desta turma sentada para que todos fossem mitigados da trag�dia que abateu nossa cidade”, destacou.
“Pe�o � popula��o de Belo Horizonte, pe�o aos donos de bares e restaurantes, que v�o ampliar de quatro para sete horas de abertura, v�o ficar abertos at� sete horas, os clubes que v�o ser reabertos, as feiras que v�o ser reabertas – e espero que as feiras n�o achem que porque ficaram aqui com sete pessoas gritando que estamos reabrindo as feiras por causa disso, porque do mesmo jeito que n�s reabrimos n�s vamos fechar – isso n�o tenham d�vidas, n�s n�o vamos tomar gol aos 45 minutos do segundo tempo, onde, infelizmente, a vacina chega a passos de a tartaruga mas chega”, disse o prefeito.
“O domingo est� reaberto, menos para bares e restaurantes. N�s estamos ampliando o hor�rio para compensar. Brevemente, se Deus quiser e os n�meros continuarem caindo, vamos ampliar mais e mais, ou poderemos estar aqui fechando e lacrando a cidade toda. A todos os comerciantes, a todas as associa��es de bares, restaurantes, lojas, feiras, voc�s v�o ditar se a cidade vai continuar reabrindo ou v�o fechar. N�s estamos com a fiscaliza��o atenta e vamos continuar, fa�o um agradecimento, como sempre fiz, � Pol�cia Militar de Minas Gerais, ao comando da Pol�cia Militar, ao meu Gabinete Militar, ao comando-geral da capital, que tamb�m � pol�cia do estado, pela grande colabora��o que tem dado junto � Guarda Municipal, junto � Vigil�ncia Sanit�ria, junto � Pol�tica Urbana”, destacou.
Volta �s aulas
“Abrimos as escolas de modo respons�vel, de modo que os alunos de 0 a 5 anos com hor�rios diferentes, com bolhas ou m�dulos diferentes. E eu quero dizer aos senhores que quando a secret�ria foi chamada para dar uma pequena palestra em cidades da regi�o da grande Belo Horizonte, infelizmente as cidades est�o sem a menor condi��o de abrir a escola infantil hoje no estado de Minas Gerais. Ent�o, estamos em contato com o Minist�rio P�blico, vamos abrir um bom di�logo, porque � um �rg�o do estado, e n�s estamos em uma conversa muito positiva, como sempre tivemos, com o Minist�rio P�blico”, disse o prefeito.
Kalil tamb�m deu a entender que acionou a C�mara de BH para solicitar or�amento a fim de manter servi�os de sa�de na capital. “H� um projeto de lei de R$ 250 milh�es para ser aprovado. N�o adianta fazer demagogia l� dentro (da C�mara Municipal de BH). Alguns v�o tentar, e n�s n�o temos mais dinheiro. Vai faltar para cesta b�sica, vai faltar antibi�tico, vai faltar muita coisa. Eu pe�o para alguns l� na C�mara que tenham a consci�ncia e a responsabilidade de n�o tirar o medicamento de dentro do centro de sa�de”, disse.
Aplica��o da segunda dose contra a COVID-19 suspensa
“Uma explica��o muito simples, n�o precisa de nenhum m�dico porque ela � matem�tica. N�s recebemos um of�cio do Minist�rio da Sa�de, um documento oficial, que todo mundo est� acompanhando, que vem em lotes. Agora deve ter chegado ao nono, d�cimo, d�cimo primeiro. Vem a conta-gotas, mas vem. Recebemos uma ordem para aplicar tudo, n�o obedecemos, guardamos uma parte. E recebemos um documento oficial de que os s�timo e oitavo lotes eram para aplicar todas as doses. Ent�o, n�s entendemos que era um documento respons�vel, e fizemos isso, e acredito que no in�cio da semana que vem n�s devemos estar voltando a aplicar a segunda dose", explicou Kalil.
"N�o h� problema de atrasos de uma semana ou sete dias. O ideal era que o documento fosse respons�vel, e n�s n�o recebemos um documento oficial respons�vel. � isso que ningu�m fala, � isso que querem jogar nas costas do secret�rio de sa�de e da prefeitura de Belo Horizonte. Claro que foi irresponsabilidade do Minist�rio da Sa�de que mandou um documento, que n�s acatamos, � um documento oficial do governo federal, de que ter�amos as doses aqui”, afirmou.
Bolsonaro contra restri��es
A gest�o de Kalil na pandemia j� foi alvo de cr�ticas do presidente Jair Bolsonaro que, nessa quata-feira, declarou que pode editar um decreto contra as medidas de restri��o adotada por governadores e prefeitos para conter a pandemia do coronav�rus. Questionado sobre as �ltimas declara��es, o prefeito respondeu hoje:
“Meu sonho de consumo � algu�m sentar aqui no meu lugar agora. Ele n�o pode editar papel n�o porque papel o estado est� editando tamb�m. O que eu quero � cesta b�sica, o que eu quero � dinheiro, � cheque. O que eu quero � leito de UTI. Quem trata de papel, quem trata de documento, � o Supremo Tribunal Federal (STF) Eu trato aqui de vida, de compreens�o, de equilibrar a farinha com o fub�. O que estou tratando aqui n�o � de papel n�o, � de um desembolso robusto, que custa muito caro para a prefeitura”.
CPI da COVID
Na mesma resposta, Kalil mencionou a CPI da COVID, em andamento em Bras�lia (DF). “Eles que tragam o papel ao Supremo Tribunal Federal e ele designa aqui um cuidador para a COVID, um novo comit�, e ser�o muito bem-vindos. N�s guardaremos os nossos dados at� hoje e amanh� ele passa a anotar os dados dele dentro da nossa cidade, que pelo visto os dados dentro do nosso pa�s n�o s�o muito interessantes e muito competentes, haja vista os depoimentos que vimos ontem, abismados, na CPI da pandemia”, disse.
“CPI da qual todas as prefeituras j� receberam – n�o � Belo Horizonte, s�o todas, vamos ser justos – toda a documenta��o do gasto de hospital de campanha (n�o fizemos nenhum) respiradores (recebemos doa��es, n�o compramos nenhum). Ent�o, tem gente que vai ter que explicar muita coisa a�, mas gra�as a Deus belo Horizonte n�o tem explica��o para dar. � apresentar nota fiscal do que foi feito, e foi feito com honestidade, com seriedade”, continuou Alexandre Kalil.
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