
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU), identificou 20 beb�s com anticorpos para COVID-19 na cidade do Tri�ngulo Mineiro.
O estudo tem participa��o tamb�m do N�cleo de A��es e Pesquisa em Apoio Diagn�stico (NUPAD) e a Secretaria Estadual de Sa�de (SES-MG).
At� o momento, 506 beb�s e m�es foram testadas. Foram identificados 68 casos de transfer�ncia de anticorpos IgG da m�e para o filho nos cinco munic�pios (Contagem, Itabirito, Nova Lima, Ipatinga e Uberl�ndia), onde ocorre a pesquisa.
Em Uberl�ndia, foram 20 beb�s que apresentaram o anticorpo IgG. O acompanhamento das crian�as ser� feito pela professora Vivian Mara Gon�alves, da Faculdade de Educa��o F�sica e Fisioterapia da UFU.
“Uberl�ndia foi selecionada por ser um munic�pio com n�mero alto de nascimentos por m�s, al�m de ter uma alta preval�ncia da doen�a, ent�o aqui � um cen�rio para acompanhar essas crian�as at� 2 anos de idade, que � o acompanhamento que a gente vai fazer para avaliar o neurodesenvolvimento”, explica a professora.
Em entrevista ao Estado de Minas, a professora e pesquisadora Aline Almeida Bentes, da UFMG, contou como funciona o projeto de detec��o de anticorpos para COVID-19 em beb�s.
Segundo ela, a pesquisa utiliza uma rede de coleta da triagem neonatal, conhecida popularmente como teste do pezinho. Essa coleta � feita pela NUPAD, que � o �rg�o complementar de pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG.
“A mesma gota de sangue no papel filtro coletada para a triagem neonatal � utilizada na pesquisa. Dessa forma, os beb�s n�o passam por nenhum procedimento diferente do habitual”, explica a pesquisadora.
O que tem de novo nesse procedimento, de acordo com Aline, � a testagem das m�es, que � feita via pun��o digital. As mulheres s�o convidadas a participar do estudo nos postos de sa�de, no momento em que levam os filhos para fazer o teste do pezinho.
O procedimento � bem simples. O sangue do beb� e o da m�e s�o coletados em papel filtro e encaminhados ao NUPAD, onde s�o dosados os anticorpos da classe IgG contra o Sars-CoV-2.
“Como a coleta do sangue na pesquisa � feita na primeira semana ap�s o parto, a imunidade observada necessariamente foi adquirida durante a gesta��o, j� que o IgG demora pelo menos 15 dias ap�s a infec��o para testar positivo”, comenta Aline.
Para ela, a import�ncia deste estudo � fundamental para ajudar a compreender se estes anticorpos passados pela m�e ao filho s�o protetores.
O principal objetivo do estudo � avaliar quantos beb�s t�m anticorpos contra a COVID-19 ap�s o nascimento e ver como eles v�o agir ao longo do tempo.
O mais importante � entender se eles v�o proteger as crian�as de se infectarem contra o novo coronav�rus e se os que se infectarem ter�o sintomas mais brandos da doen�a.
O mais importante � entender se eles v�o proteger as crian�as de se infectarem contra o novo coronav�rus e se os que se infectarem ter�o sintomas mais brandos da doen�a.
“N�s acreditamos que sim, mas apenas o acompanhamento destes beb�s poder� nos dar esta resposta”, diz.
Os estudos pr�vios trazem esperan�a aos cientistas da �rea, e ao longo dos pr�ximos dois anos essas crian�as ser�o acompanhadas.
As supervis�es ser�o feitos atrav�s de telefonemas, consultas e testagem dos grupos que participaram da pesquisa. Por isso, a colabora��o � fundamental.
“A ades�o depende da m�e no momento do teste do pezinho. Os pesquisadores convidam a todas, dos cinco mun�cipios participantes, a aceitarem o convite e colaborarem com o avan�o da ci�ncia e das pol�ticas p�blicas de enfrentamento � pandemia da COVID-19”, completa a professora.
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