
Depois do tempo maior de espera, gr�vidas e pu�rperas sem comorbidades s�o vacinadas contra COVID-19 nesta quinta-feira (17/6) em Belo Horizonte. Conforme divulgado pela PBH, as gestantes contempladas nesta fase da campanha devem estar a partir da 29ª semana gestacional (terceiro trimestre) e as pu�rperas com at� 45 dias ap�s o parto, independentemente da evolu��o da gesta��o.
Para Lorena Marinho Silva Aguiar, de 33 anos, que completa 9 meses de gravidez neste m�s, os desafios com os cuidados preventivos est�o sendo redobrados por causa da pandemia. Devido � sua condi��o, optou por tirar licen�a como professora de educa��o infantil em uma rede particular da capital desde o in�cio de sua gesta��o, mesmo com o trabalho remoto.
“N�s j� t�nhamos pensado na gravidez no in�cio da pandemia e a descobrimos em novembro. Na �poca as coisas j� tinham avan�ado. Mas eu ainda n�o lia not�cias de gr�vidas na pandemia. Depois que veio a gravidez percebi que era perigoso e que precisaria de maior cautela. Viver todo esse sentimento da maternidade isolados n�o est� sendo f�cil”, disse.

Em maio, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) recomendou a suspens�o da AstraZeneca para o p�blico devido a efeitos adversos possivelmente causados pela vacina brit�nica. A prefeitura de BH tamb�m exige que as mulheres apresentem no momento da imuniza��o uma prescri��o m�dica.
“A gente pesquisou muito. Principalmente artigos cient�ficos, inclusive americanos. Ficamos muito tranquilos de tomar a Pfizer ou a CoronaVac. Acho que os danos que poderiam ter seriam menores do que est� sendo a COVID para muitas gr�vidas. Estava com muito mais medo da COVID do que da vacina”, disse Lorena, que foi vacinada com o imunizante da Pfizer no Centro de Sa�de S�o Francisco, na Regi�o Pampulha.
'Duplo privil�gio'

"Sou professora e pesquisadora e confio na ci�ncia e em seus m�todos. Al�m disso, fui muito bem orientada pela obstetra que me acompanha, que me forneceu v�rias informa��es e me deixou muito tranquila em rela��o a isso. Na verdade, me sinto muito mais segura ao tomar vacina. Na �poca do parto, vou precisar ficar na maternidade por um ou dois dias e essa n�o deixa de ser uma exposi��o. Sem contar que � uma prote��o para mim e para a nen�m tamb�m", informou.
Geraldine j� � m�e de um menino de 4 anos e de uma menina de 2, que, mesmo com a abertura das escolas infantis, seguem estudando dentro casa. Por receio de contamina��o do v�rus, a fam�lia optou por adotar o m�ximo de isolamento social como forma de prote��o.
Ap�s tomar a primeira dose do imunizante no posto drive-thru do Boulevard Shopping, na Regi�o Centro-Sul, ela disse que o sentimento de seguran�a � maior, tanto para si quanto para sua filha, Eduarda, que ainda est� a caminho.
"A sensa��o � de privil�gio, principalmente, considerando que o n�mero de brasileiros que receberam a vacina ainda � pequeno, proporcionalmente. E me sinto ainda mais aben�oada por poder compartilhar essa imuniza��o com a minha nen�m, tanto pela vacina, quanto, posteriormente, atrav�s da amamenta��o. � um duplo privil�gio."
"A sensa��o � de privil�gio, principalmente, considerando que o n�mero de brasileiros que receberam a vacina ainda � pequeno, proporcionalmente. E me sinto ainda mais aben�oada por poder compartilhar essa imuniza��o com a minha nen�m, tanto pela vacina, quanto, posteriormente, atrav�s da amamenta��o. � um duplo privil�gio."
Ansiedade pela imuniza��o

“Em momento algum pensei em n�o vacinar. Sempre quis ser vacinada. Desde quando citaram a �nica vacina, que era a CoronaVac, cheguei a pensar na possibilidade de ir at� S�o Paulo para tentar vacinar”, relatou a m�e do Miguel, que completou 1 m�s de nascimento em junho.
Segundo a recepcionista, a expectativa � que o maior n�mero de pessoas sejam imunizadas o quanto antes para que o v�rus seja controlado no Brasil. “A sensa��o � de al�vio, mas tenho preocupa��o por aquelas pessoas que est�o nos grupos para serem vacinados mas que n�o chegou na faixa et�ria ainda. Agora � continuar reclusos. Continuar usando m�scara e �lcool em gel. Tem que ter essa consci�ncia”, relatou.
Assim como Geraldine e Eliane, Let�cia Mara Costa Machado, de 30 anos, foi at� o posto drive-thru do Boulevard Shopping para receber a primeira dose do imunizante nesta quinta-feira (17/6). A companhia neste momento especial foi de sua filha, Isabela, de apenas 1 m�s de vida.
A atu�ria tamb�m relatou o per�odo de dificuldades vivenciados pela pandemia com um beb� a caminho. “Meu maior medo era pegar COVID no final da gesta��o ou ter um parto prematuro. Foram meses bem complicados dentro de casa, torcendo para chegar nossa hora logo”, disse.
A atu�ria tamb�m relatou o per�odo de dificuldades vivenciados pela pandemia com um beb� a caminho. “Meu maior medo era pegar COVID no final da gesta��o ou ter um parto prematuro. Foram meses bem complicados dentro de casa, torcendo para chegar nossa hora logo”, disse.
Let�cia ressaltou que, com uma crian�a rec�m-nascida dentro de casa, os cuidados com o coronav�rus n�o podem parar, mesmo ap�s ter recebido a prote��o. “Ficamos mais tranquilas, mas n�o � vida que segue ainda n�o. Na situa��o por que estamos passando hoje eu tomaria qualquer vacina, mesmo estando gr�vida. � a esperan�a que a gente tem para sair de toda essa situa��o”, relatou.
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O que � a COVID-19?
A COVID-19 � uma doen�a provocada pelo v�rus Sars-CoV2, com os primeiros casos registrados na China no fim de 2019, mas identificada como um novo tipo de coronav�rus pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) em janeiro de 2020. Em 11 de mar�o de 2020, a OMS declarou a COVID-19 como pandemia.