Pesquisa publicada pelo Laborat�rio de Biologia Integrativa do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da Universidade Federal de Minas Gerais (IBC/UFMG) constata que a variante Gama predomina nas Unidades Regionais de Sa�de do Sul de Minas (URS).
O estudo � uma parceria da UFMG com os laborat�rios da Funda��o Ezequiel Dias (Funed), a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) e as Universidades de Vi�osa e do Vale do Jequitinhonha.
As informa��es foram coletadas nas 28 Unidades Regionais de Sa�de (URS) do estado. Dos 853 munic�pios de Minas, 282 participaram da pesquisa.
Ao todo, 1.198 amostras de exames foram estudadas, possibilitando, assim, a detec��o das variantes que circulam pelas regi�es do estado.
O conte�do das amostras foi coletado entre 1º de mar�o e 12 de abril de 2021.
Foi identificado que a variante mais frequente no estado de Minas Gerais � a Gama (anteriormente intitulada de P.1).
Cerca de 98% das amostras analisadas apontam que al�m da Gama, circulam pelas regi�es de MG as variantes Zeta (P.2) e a Alfa (B.1.1.7).
Mapa de calor aponta onde as variantes predominam mais no estado (foto: ICB/UFMG/Reprodu��o)
Renan Pedra professor do ICB/UFMG, explicou o porqu� da variante Gama ser predominante na regi�o Sul e na maioria das regionais de sa�de do estado.
“A variante Gama, assim como a variante brit�nica, leva durante a infec��o o paciente a ter uma carga viral mais alta, indicando que ali tem mais c�pias do v�rus dentro das c�lulas dele. Com isso, quando o indiv�duo infectado consegue colocar esse v�rus para fora, mais part�culas virais chegam ao ar, o que d� uma chance maior de que o v�rus passe para frente. � medida que ele � transmitido, a pr�xima pessoa que pegar tamb�m ter� a carga viral mais alta, consegue contaminar mais pessoas ”, explica o professor.
Ao longo do tempo, a chance de que esse v�rus cres�a com frequ�ncia, comparado com uma outra variante que n�o leva a esse aumento de carga viral, � maior.
Segundo Pedra, � esperado que variantes como a Gama ou a Alfa cres�am no tempo em compara��o com a Zeta (P.2).
“Na verdade, � como se a variante (Gama) tivesse vantagem competitiva justamente por conseguir criar mais c�pias de si mesmo em rela��o a outras variantes desse mesmo v�rus que n�o conseguem fazer isso”, diz o pesquisador.
Das 1.198 amostras analisadas, 888 (74,12%), apontaram que a variante Gama predomina no estado de Minas Gerais. Nas regionais de sa�de do Sul de Minas, a pesquisa identificou que a Gama � hegem�nica.
Confira as porcentagens por cada Unidade Regional de Sa�de:
° Varginha teve 46 amostras coletadas e 41 delas apresentaram a Gama – 89,13% ° Alfenas teve 33 amostras coletadas e 27 delas apresentaram a Gama – 81,82% ° Passos teve 27 amostras coletadas e 21 delas apresentaram a Gama – 77,78% ° Pouso Alegre teve 69 amostras coletadas e 53 delas apresentaram a Gama – 76,81%
N�meros da pesquisa da UFMG apontam para alta taxa de variantes no estado de Minas Gerais (foto: ICB/UFMG/Reprodu��o)
Em rela��o �s outras variantes do Sars-CoV-2, Alfenas identificou duas amostras de Zeta (6,06%) e 12,12% de outras variantes; Passos teve tr�s amostras de Zeta (11,11%), uma de Alfa (3,70%) e 7,41% de outras variantes.
J� em Pouso Alegre, 13 pessoas foram identificadas com Zeta (18,84%), uma com Alfa (1,45%) e outras duas com outras variantes (2,90%). Em Varginha, duas amostras de Zeta (4,35%), uma de Alfa (2,17%) e duas de outras variantes (4,35%) foram identificadas pela pesquisa.
Eva L�dia Medeiros � coordenadora do Centro de Informa��es Estrat�gicas em Vigil�ncia em Sa�de (CIEVS) da SES-MG, que participou da pesquisa, e explica o que tem sido feito para a evitar a chegada de novas variantes do coronav�rus no estado e como a campanha de vacina��o tem impactado nesse trabalho.
“Diante desse cen�rio, n�s estamos trabalhando com as medidas de preven��o, ou seja, intensificando a campanha para o uso de m�scaras, distanciamento social, acelera��o da vacina��o e, al�m disso, o monitoramento dos viajantes em voos internacionais com destino ao estado de Minas Gerais”, comenta a coordenadora.
Todo o material da sele��o de amostras, de interesse cl�nico da pesquisa, foram disponibilizados pela SES-MG para que os pesquisadores pudessem dar continuidade no estudo.
Todas estas variantes identificadas na pesquisa apresentam maior taxa de infec��o quando comparadas �s linhagens presentes no Brasil no primeiro semestre do ano passado.
Em Minas Gerais, cerca de 1.714.057 pessoas foram infectadas pelo novo coronav�rus e 43.814 perderam a vida para a COVID-19.
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