
Em suas falas, as testemunhas afirmaram que entre os procedimentos de aferi��o da qualidade de cervejas, processos que possibilitam a identifica��o de etilenoglicol e o monoetilenoglicol n�o fazem parte dos rol de procedimentos padr�es de controle de qualidade.
De acordo com o primeiro depoente, que � engenheiro de alimentos, especialista em controle de qualidade de cervejas e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para que fosse poss�vel detectar o composto t�xico presente na Belorizontina, foi preciso desenvolver uma metodologia espec�fica. A testemunha afirmou que, at� ent�o, n�o existiam m�todos j� conhecidos para a detec��o do tipo de qu�mico em bebidas alco�licas.
A segunda testemunha confirmou que para que a presen�a de dietilenoglicol fosse confirmada, foi preciso a aquisi��o de equipamentos e t�cnicos especializados em an�lise de contamina��o pela subst�ncia. A depoente, que possui laborat�rio especializado na ind�stria aliment�cia e � refer�ncia em an�lise de cacha�as, ainda afirmou que o qu�mico n�o � detectado pelos m�todos convencionais de avalia��o de et�licos.
Dez pessoas morreram e outras 19 convivem com sequelas provocadas pela ingest�o de dietileno e monoetilenoglicol presentes em garrafas da cerveja Belorizontina. Entre os problemas acarretados pelo envenenamento est� a fal�ncia renal.
Conforme a Pol�cia Civil, a per�cia constatou que o agente t�xico entrou em contato com a bebida a partir de um vazamento em um dos tanques de armazenamento. Apesar de n�o fazerem parte do processo de produ��o da cerveja, as subst�ncias eram usadas para o resfriamento dos tanques.