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Estado de Minas MADURO E CIA

"Salve-se quem puder": uma radiografia da deprimida economia da Venezuela

Atingido por nova onda do coronav�rus, pa�s enfrenta situa��o de crise geral


15/04/2021 09:33 - atualizado 15/04/2021 12:09

Homem mostra nota de 200 mil bolívares, moeda da Venezuela, que vive crise e hiperinflação(foto: Federico PARRA / AFP)
Homem mostra nota de 200 mil bol�vares, moeda da Venezuela, que vive crise e hiperinfla��o (foto: Federico PARRA / AFP)


Crise, hiperinfla��o, queda do poder aquisitivo, san��es econ�micas... a Venezuela, que observou a fuga de cinco milh�es de seus 30 milh�es de habitantes, est� em um abismo dif�cil de sair.

"Estamos em uma situa��o de salve-se quem puder", afirmou o economista Asdr�bal Oliveros para resumir a situa��o econ�mica atual, tamb�m afetada por um novo surto de covid-19.

- POL�TICA -


O presidente Nicol�s Maduro � quem manda na Venezuela, apesar do reconhecimento de Juan Guaid� como presidente encarregado por 50 pa�ses, incluindo Estados Unidos, que tenta pressionar a sa�da do herdeiro do falecido Hugo Ch�vez com san��es.

"� uma fic��o", disse � AFP o chanceler, Jorge Arreaza, sobre el poder de Guaid�. "Quando um (governo) europeu quer falar com a Venezuela, liga para mim. H� um Estado, um governo que funciona".

Uma mudan�a de governo n�o est� no horizonte de curto prazo, concordam os analistas.

- SAN��ES -


A administra��o de Maduro apresenta as san��es como a origem de todos os problemas do pa�s.

"Quando uma pessoa n�o recebeu em 2017 seu tratamento de HIV, quando uma pessoa n�o foi vacinada em dezembro ou janeiro, de quem � a responsabilidade?", perguntou Arreaza, antes de afirmar que multinacionais como Phillips e Siemens negam assist�ncia t�cnica ou pe�as de reposi��o para o sistema el�trico e de sa�de.

"As san��es complicam o trabalho das autoridades, mas tamb�m servem de desculpa para o caos econ�mico", afirmou um observador europeu que pediu anonimato.

A oposi��o defende a manuten��o das san��es, mas alguns representantes concordam que prejudicam mais o cidad�o comum que o governo.


- PETR�LEO -


A produ��o de petr�leo, que chegou a 3,3 milh�es de barris di�rios, � atualmente de pouco mais 500.000 barris, de acordo com os n�meros oficiais. O governo tamb�m atribui a quest�o �s san��es.

Jos� Toro Hardy, ex-diretor da estatal PDVSA, refuta a vers�o. "O dano come�ou muito antes de 2017. A ind�stria petroleira se deteriorou gravemente pela falta de investimento, de manuten��o".

A Venezuela, com as maiores reservas comprovadas de petr�leo do mundo, foi obrigada a importar gasolina do Ir�, apesar de ter quase 20 refinarias.

- ESTADO REDUZIDO -


O Produto Interno Bruto (PIB) � calculado em 48 bilh�es de d�lares para 2020, o que representa uma queda de mais de 80% na compara��o com 2013.

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) prev� uma nova contra��o em 2021.

A Venezuela passou do grupo das 30 maiores economias do mundo � posi��o 100. "O tamanho do Estado foi drasticamente reduzido", explica Oliveros, em refer�ncia ao modelo rentista que sustentou elevados subs�dios nos pre�os da gasolina, energia el�trica e alimentos.

As importa��es tamb�m foram divididas por 10 desde que Maduro chegou ao poder, destaca o especialista.

- ECONOMIA INFORMAL -


Com a queda da economia, o setor informal disparou no pa�s. "As pessoas t�m mais de um emprego, vendem tortas, trabalham como taxistas, compram algo dos Estados Unidos e revendem", aponta Oliveros.

"H� uma economia de procura", explica.

Oliveros destaca ainda a "economia paralela criminosa, com a exporta��o do ouro, narcotr�fico, etc".

Por exemplo, o contrabando de gasolina se expandiu no pa�s, com exce��o de Caracas.

- CORONAV�RUS -


A segunda onda da covid-19 come�ou a afetar a Venezuela quando a economia iniciava a abertura, ap�s meses de confinamento.

O surto, que as autoridades chamam de "mais agressivo" e vinculam � variante brasileira do v�rus, provocou o colapso de hospitais e cl�nicas.

O governo reconhece apenas 177.000 casos e mais de 1.800 mortes provocadas pela covid-19, mas ONGs e a oposi��o questionam os n�meros e alegam um elevado n�vel de subnotifica��o pela falta de testes de diagn�stico.


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