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Estado de Minas COMPARATIVO

CoronaVac, AZD1222, Cominarty, Ad26.COV2-S, Sputnik e Covaxin: compare as seis vacinas com aval da Anvisa

Com as �ltimas libera��es da ag�ncia regulat�ria brasileira, a campanha de vacina��o contra o coronav�rus poder� contar com at� seis tipos de imunizantes. Entenda as diferen�as entre eles.


05/06/2021 14:01 - atualizado 05/06/2021 14:12


Até o momento, cerca de 22 milhões de brasileiros receberam as duas doses de alguma vacina que protege contra a covid-19(foto: Getty Images)
At� o momento, cerca de 22 milh�es de brasileiros receberam as duas doses de alguma vacina que protege contra a covid-19 (foto: Getty Images)

Na noite da �ltima sexta-feira (4/6), a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) deu sinal positivo para o uso de mais duas vacinas contra a covid-19 no Brasil: a russa Sputnik V e a indiana Covaxin.

Embora a entidade tenha liberado apenas a importa��o de alguns lotes desses dois imunizantes, que dever�o obedecer a crit�rios bastante restritos, o fato � que a partir das pr�ximas semanas o pa�s poder� contar com seis produtos diferentes em seu programa nacional de vacina��o.

Al�m dos dois mencionados, os brasileiros j� recebem desde janeiro de 2021 as doses da CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e da AZD1222 (AstraZeneca/Universidade de Oxford/FioCruz).

Em fevereiro, foi a vez da Cominarty (Pfizer/BioNTech) ganhar a aprova��o da Anvisa. Mas as primeiras remessas dela s� foram chegar ao Brasil no final de abril, ap�s semanas de discuss�o entre as farmac�uticas e o Governo Federal sobre as cl�usulas do contrato de venda e compra.

Outra vacina que j� pode ser aplicada no pa�s � a Ad26.COV2.S, da Janssen. A entrega das primeiras 3 milh�es de doses est� agendada para acontecer ainda em junho, segundo uma informa��o divulgada recentemente pelo ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga.

� curioso notar que cada um desses produtos possui particularidades sobre as tecnologias utilizadas, o mecanismo de a��o e o tempo de intervalo entre as doses.

A BBC News Brasil resumiu essas caracter�sticas e apresenta a seguir as principais diferen�as entre os imunizantes que j� s�o usados e aqueles que devem desembarcar por aqui nas pr�ximas semanas:

CoronaVac


A CoronaVac foi a primeira vacina contra a covid-19 a ser usada no Brasil(foto: Getty Images)
A CoronaVac foi a primeira vacina contra a covid-19 a ser usada no Brasil (foto: Getty Images)

Fabricantes: Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil).

Tipo de tecnologia: V�rus inativado.

Essa � uma das t�cnicas mais antigas e conhecidas na produ��o de vacinas: os cientistas usaram o pr�prio Sars-CoV-2, o coronav�rus respons�vel pela pandemia atual, para desenvolver a CoronaVac.

O agente infeccioso passa por uma s�rie de processos qu�micos e f�sicos em laborat�rio para ser inativado. Isso significa que n�o h� chance alguma de ele provocar a doen�a quando introduzido no nosso corpo.

Ap�s a aplica��o, o sistema imune reconhece as part�culas virais e gera anticorpos contra elas.

Data de aprova��o pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021.

Tipo de aprova��o: Emergencial.

Isso significa que novos estudos e documentos precisar�o ser enviados � Anvisa para comprovarem que o imunizante funciona em longo prazo e o pedido de registro definitivo seja aprovado futuramente.

Quantidade de doses necess�rias: Duas.

Intervalo entre as doses: de 14 a 28 dias.

Armazenamento: Refrigera��o normal em geladeira.

Taxa de efic�cia: 50%.

Dados divulgados na �ltima semana pelo Governo do Estado de S�o Paulo revelaram que a efetividade da CoronaVac no mundo real � bem maior que a porcentagem de efic�cia obtida nos testes cl�nicos: ap�s imunizar 95% da popula��o adulta da cidade de Serrana, no interior paulista, os cientistas observaram uma redu��o de 95% das mortes, 86% das interna��es e 80% dos casos de covid-19 no munic�pio.

Lugares em que est� aprovada ou h� previs�o de uso: China, Indon�sia, Turquia, Chile e outros 22 pa�ses/territ�rios/blocos econ�micos.

H� mais de 897 milh�es de doses da CoronaVac encomendadas pelo mundo para os pr�ximos meses.

Recentemente, a Organiza��o Mundial da Sa�de tamb�m deu aprova��o emergencial ao produto da farmac�utica Sinovac.

AZD1222


A AZD1222 é uma das vacinas mais utilizadas na União Europeia, no Reino Unido e no Brasil(foto: Getty Images)
A AZD1222 � uma das vacinas mais utilizadas na Uni�o Europeia, no Reino Unido e no Brasil (foto: Getty Images)

Fabricantes: AstraZeneca (Inglaterra/Su�cia), Universidade de Oxford (Inglaterra) e Funda��o Oswaldo Cruz (Brasil).

Essa vacina tamb�m � conhecida como Vaxzevria e CoviShield.

Tipo de tecnologia: Vetor viral n�o replicante.

Os desenvolvedores selecionaram um adenov�rus, que n�o provoca nenhum tipo de doen�a em seres humanos. Da� eles colocaram dentro dele algumas informa��es gen�ticas do coronav�rus.

Nosso corpo reconhece esses pedacinhos do genoma viral e, ap�s uma s�rie de processos, consegue criar uma resposta imune.

Data de aprova��o pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021.

Tipo de aprova��o: Definitiva.

Ap�s libera��o emergencial em janeiro, a Anvisa concedeu o registro definitivo para a AZD1222 em 12 de mar�o de 2021.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: Tr�s meses.

Armazenamento: Refrigera��o normal em geladeira.

Taxa de efic�cia: 76%.

Lugares em que est� aprovada ou h� previs�o de uso: Uni�o Europeia, Reino Unido, Jap�o, Canad� e outros 42 pa�ses/territ�rios/blocos econ�micos.

H� mais de 2,6 bilh�es de doses da AZD1222 encomendadas pelo mundo para os pr�ximos meses.

Cominarty


O produto desenvolvido por Pfizer e BioNTech utiliza a tecnologia de mRNA, uma das mais modernas(foto: Getty Images)
O produto desenvolvido por Pfizer e BioNTech utiliza a tecnologia de mRNA, uma das mais modernas (foto: Getty Images)

Fabricantes: Pfizer (Estados Unidos) e BioNTech (Alemanha).

Tipo de tecnologia: mRNA.

Essa � uma das plataformas mais modernas e inovadoras. As vacinas de Pfizer/BioNTech trazem um pequeno c�digo gen�tico que instrui as c�lulas de nosso pr�prio corpo a produzirem mol�culas parecidas com o coronav�rus.

O sistema imune ent�o reconhece essas part�culas e desenvolve os anticorpos necess�rios.

Data de aprova��o pela Anvisa: 23 de fevereiro de 2021.

Tipo de aprova��o: Definitiva.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 21 dias.

O Brasil adotou um esquema diferente em rela��o ao que � recomendado pelas fabricantes. Pfizer e BioNTech entendem que a segunda dose da Cominarty deve ser aplicada tr�s semanas ap�s a primeira.

O Minist�rio da Sa�de, por�m, preconiza um intervalo de tr�s meses. Os representantes do Governo Federal justificam a decis�o com base nas pol�ticas p�blicas de outros pa�ses, como o Reino Unido.

Armazenamento: Freezer na temperatura de -25 °C a -15 °C. Ap�s a abertura da embalagem, as doses podem permanecer na geladeira comum por algum tempo.

Taxa de efic�cia: 91%.

Lugares em que est� aprovada ou h� previs�o de uso: Estados Unidos, Austr�lia, Israel e outros 48 pa�ses/territ�rios/blocos econ�micos.

H� mais de 3,1 bilh�es de doses da Cominarty encomendadas pelo mundo para os pr�ximos meses.

Ad26.COV2-S


O imunizante da Janssen foi aprovado em caráter emergencial há três meses, mas até agora não chegou ao país(foto: Getty Images)
O imunizante da Janssen foi aprovado em car�ter emergencial h� tr�s meses, mas at� agora n�o chegou ao pa�s (foto: Getty Images)

Fabricante: Janssen (Estados Unidos)

Tipo de tecnologia: Vetor viral n�o replicante.

Data de aprova��o pela Anvisa: 31 de mar�o de 2021.

Tipo de aprova��o: Emergencial.

Quantidade de doses: Uma.

Esse � um ponto de destaque do produto da farmac�utica Janssen: ao contr�rio de todas as outras vacinas dispon�veis, ela precisa de apenas uma dose para surtir efeito.

Num cen�rio em que h� escassez de mat�ria-prima e muita gente que ainda n�o foi vacinada, essa � uma vantagem importante.

Apesar de o imunizante estar liberado no pa�s desde mar�o, ele ainda n�o � usado na campanha brasileira: as primeiras 3 milh�es de doses devem ser entregues ainda em junho, segundo o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga.

Armazenamento: Pode ficar em geladeira comum por at� tr�s meses.

Taxa de efic�cia: Nos estudos, variou entre 64% e 72%.

Lugares em que est� aprovada ou h� previs�o de uso: Uni�o Europeia, Reino Unido, Nova Zel�ndia e outros 14 pa�ses/territ�rios/blocos econ�micos.

H� mais de 850 milh�es de doses da Ad26.COV2-S encomendadas pelo mundo para os pr�ximos meses.

Sputnik V


A vacina do Instituto Gamaleya de Pesquisa, da Rússia, havia sido reprovada pela Anvisa numa análise feita há pouco mais de um mês(foto: Getty Images)
A vacina do Instituto Gamaleya de Pesquisa, da R�ssia, havia sido reprovada pela Anvisa numa an�lise feita h� pouco mais de um m�s (foto: Getty Images)

Fabricante: Instituto Gamaleya de Pesquisa (R�ssia).

Tipo de tecnologia: Vetor viral n�o replicante.

A tecnologia � a mesma da AZD1222 e da Ad26.COV2-S, mas h� uma diferen�a importante: a Sputnik V � feita a partir de dois adenov�rus diferentes. A primeira e a segunda dose da vacina, portanto, t�m formula��es distintas.

E isso, por sua vez, exige um cuidado extra na hora da aplica��o: para garantir o bom resultado, � importante que as orienta��es sobre a ordem e diferen�a entre as duas doses sejam seguidas � risca.

Data de aprova��o pela Anvisa: 4 de junho de 2021.

Tipo de aprova��o: Importa��o de lotes com restri��es.

A decis�o da Anvisa sobre a Sputnik atendeu os pedidos de seis Estados (Bahia, Cear�, Maranh�o, Pernambuco, Piau� e Sergipe) e permitiu trazer quantias suficientes para 1% da popula��o desses locais (algo ao redor de 928 mil doses).

As vacinas precisar�o vir necessariamente de laborat�rios da R�ssia vistoriados e certificados pela ag�ncia brasileira e passar�o por novas an�lises em territ�rio nacional antes de serem distribu�das.

O produto n�o ser� indicado para quem tem hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da f�rmula, gr�vidas, lactantes, menores de 18 anos, mulheres em idade f�rtil que desejam engravidar nos pr�ximos 12 meses, portadores de enfermidades graves ou n�o controladas e antecedentes de anafilaxia (rea��o al�rgica grave).

Ela tamb�m n�o poder� ser aplicada em indiv�duos que tenham recebido outras vacinas contra a covid-19, portadores de HIV, hepatite B ou C, indiv�duos que tenham se vacinado no m�s anteriores ou que tenham recebido tratamentos com imunoglobulinas, hemoderivados, imunossupressores, citot�xicos, quimioterapia e radioterapia nos �ltimos 36 meses.

A Anvisa ainda exigiu que a Sputnik V s� seja aplicada em locais onde rea��es adversas possam ser monitoradas e tratadas. A ag�ncia tamb�m pediu que os fabricantes conduzam um estudo de efetividade do imunizante no Brasil.

Quantidade de doses: Duas.

Como dito anteriormente, os locais de aplica��o precisar�o ter aten��o redobrada, pois o conte�do da primeira e da segunda dose da Sputnik s�o diferentes.

Intervalo entre as doses: 21 dias, mas h� discuss�es para que esse tempo tamb�m seja ampliado para tr�s meses.

Armazenamento: Freezer na temperatura de -18 °C.

Taxa de efic�cia: 91%.

Lugares em que est� aprovada ou h� previs�o de uso: R�ssia, Argentina, M�xico e outros 46 pa�ses/territ�rios/blocos econ�micos.

H� mais de 442 milh�es de doses da Ad26.COV2-S encomendadas pelo mundo para os pr�ximos meses.

Covaxin


Governo Federal têm acordo de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, da Bharat Biotech(foto: Getty Images)
Governo Federal t�m acordo de compra de 20 milh�es de doses da Covaxin, da Bharat Biotech (foto: Getty Images)

Fabricante: Bharat BioTech (�ndia).

Tipo de tecnologia: V�rus inativado.

Data de aprova��o pela Anvisa: 4 de junho de 2021

Tipo de aprova��o: Importa��o de lotes com restri��es.

As orienta��es da Anvisa para a Covaxin seguiram os mesmos moldes da Sputnik V: ela n�o poder� ser usada por pessoas que apresentam qualquer fator de risco de eventos adversos ou que se encaixam naquela longa lista de crit�rios, condi��es e tratamentos.

O pedido para libera��o veio do pr�prio Minist�rio da Sa�de, que j� havia assinado em mar�o um contrato com a Bharat BioTech para a compra de 20 milh�es de doses.

A decis�o da ag�ncia regulat�ria brasileira permitiu, por enquanto, o uso de 4 milh�es de unidades desse imunizante.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: Quatro semanas.

Armazenamento: Temperatura ambiente por pelo menos uma semana.

Taxa de efic�cia: 78%.

Uso em outros pa�ses: Al�m de Brasil, �ndia, Filipinas, Ir� e Estados Unidos possuem acordos e encomendas da Covaxin, que totalizam mais de 88 milh�es de doses.

Vacina boa � vacina no bra�o

Apesar de todas as diferen�as entre os produtos aprovados para uso no Brasil, uma coisa � consenso entre os especialistas da �rea: n�o h� motivos para preferir um tipo ou outro de imunizante, uma vez que todos receberam o aval da Anvisa.

A frase "vacina boa � vacina no bra�o" virou praticamente um mantra entre epidemiologistas, enfermeiros, m�dicos e demais especialistas em sa�de p�blica.

Isso porque precisamos levar em conta os ganhos coletivos de uma campanha massiva de imuniza��o: mais que proteger uma pessoa de forma individual, as doses t�m um efeito mais amplo, diminuindo a circula��o do coronav�rus por toda a comunidade.

Essa menor circula��o viral, por sua vez, desemboca numa diminui��o dos casos, das interna��es e das mortes por covid-19.

Ser� atrav�s da vacina��o de uma boa parcela da popula��o que alcan�aremos a t�o desejada imunidade de rebanho, para que a pandemia fique mais controlada e deixe de ser um problema enorme.

E, para que isso aconte�a, � importante que todo mundo tome o imunizante quando chegar a vez: se voc� faz parte de algum p�blico-alvo da campanha, v� ao posto de sa�de mais pr�ximo de sua casa assim que poss�vel.

At� o momento, 22 milh�es de brasileiros j� tomaram as duas doses da vacina contra covid-19, o que representa pouco menos de 11% da popula��o.

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