
Em um relato preliminar, ainda n�o publicado em revista cient�fica com revis�o dos pares, uma equipe de m�dicos e pesquisadores dos Institutos Nacionais de Sa�de dos Estados Unidos (National Institutes of Health, NIH) afirmou ter encontrado o caso mais longo de infec��o pelo coronav�rus at� hoje.
Uma mulher com idade na casa dos 40 anos e que j� teve c�ncer no passado teve covid-19 persistente e sintom�tica por nada menos que 335 dias. O primeiro teste positivo veio em maio de 2020. Desde ent�o, ela teve que ser hospitalizada algumas vezes, tendo alta definitiva em mar�o de 2021.
Neste per�odo de dez meses, foram realizados m�ltiplos testes moleculares, do tipo PCR, que confirmaram a infec��o pelo coronav�rus — sempre mostrando uma alta carga viral no organismo dela.
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Os autores do estudo, publicado na plataforma cient�fica medRxiv em 5 de outubro, dizem ter desconfiado que a mulher pudesse ter tido infec��es distintas ao longo do tempo, e por isso fizeram uma an�lise gen�mica das primeiras e �ltimas amostras colhidas da paciente. As an�lises mostraram que o material gen�tico do v�rus presente era muito semelhante nos meses iniciais e finais da infec��o, o que os cientistas afirmaram ser "indicativo de uma infec��o prolongada por 335 dias, em vez de uma reinfec��o".
Foi identificada a linhagem B.1.332 — que estava circulando bastante no per�odo em que a mulher teve a primeira infec��o, em 2020, mas n�o era mais prevalente em 2021 na regi�o em que ela vivia. Esta � mais uma evid�ncia de que a infec��o que se prolongou por dez meses teve origem na mesma infec��o.A mulher tem diabetes tipo 2 e j� teve um linfoma, um c�ncer originado no sistema linf�tico. Ao chegar ao hospital com sintomas de covid-19, ela j� estava em remiss�o do c�ncer h� tr�s anos.
Ela foi considerada uma paciente imunossuprimida (com efici�ncia reduzida do sistema imunol�gico) por conta de um tratamento contra o c�ncer que havia feito, cuja consequ�ncia � o enfraquecimento de algumas c�lulas de defesa.
Os pesquisadores do NIH dizem no artigo que enquanto para a maior parte das pessoas, o coronav�rus se replica por alguns dias, parece haver maior incid�ncia de infec��o prolongada em pacientes imunossuprimidos, aqueles com algum tipo de defici�ncia no sistema imunol�gico.

A mulher chegou ao hospital em maio de 2020 com febre, dor de cabe�a, congest�o nasal e tosse. Uma tomografia do t�rax mostrou manchas t�picas da covid-19 no pulm�o. Ela piorou e precisou de suplementa��o de oxig�nio, al�m de antibi�ticos e da lavagem broncoalveolar.
Um m�s depois, ela teve alta, mas continuou fazendo testes PCR rotineiramente e apresentando diferentes sintomas de vez em quando.
Trezentos dias depois, ela precisou ser hospitalizada de novo, quando foi medicada com o antiviral remdesivir e recebeu o tratamento de plasma convalescente.
Finalmente, ela recebeu alta em mar�o de 2021 e em abril finalmente j� n�o apresentava mais testes positivos para a covid-19.
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