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Estado de Minas CHECAMOS

Natalia Pasternak n�o chamou as vacinas anticovid de 'experimentais'

Pasternak � microbiologista, divulgadora cient�fica e presidente do Instituto Quest�o de Ci�ncia


23/10/2021 08:04 - atualizado 23/10/2021 08:05


 

Imagem que circula nas redes sociais com conteúdo falso
Captura de tela feita em 20 de outubro de 2021 de uma publica��o no Twitter ( . / ) (foto: reprodu��o)
Publica��es que somam mais de 13 mil intera��es nas redes sociais desde 18 de outubro de 2021 alegam que Natalia Pasternak, microbiologista e divulgadora cient�fica brasileira, chamou as vacinas que est�o sendo usadas contra a covid-19 de “experimentais” em uma de suas colunas no jornal O Globo. Contudo, o texto n�o menciona o termo nenhuma vez. Na coluna, a especialista afirma que os imunizantes oferecem uma boa resposta diante da emerg�ncia pand�mica e destaca que as vacinas de “segunda gera��o”, que est�o por vir, poder�o ser “planejadas e produzidas com mais folga”.


“Parab�ns, seus ot�rios! Ela ‘sempre soube que era experimental’, mas mentiu esse tempo todo s� para convencer voc� a nos chamar de negacionistas. Como pr�mio, agora a Paspalhak mora nos Estados Unidos”, diz o texto de uma das publica��es compartilhadas no Twitter ( 1 , 2 ), no Facebook ( 1 , 2 ) e no Instagram .

Os conte�dos viralizados destacam uma cita��o: “Sab�amos que essas primeiras vacinas n�o seriam necessariamente as melhores. Demos sorte” .

O trecho faz parte da coluna no jornal O Globo que Pasternak publicou no �ltimo dia 18 de outubro, mas ele foi tirado de contexto.

Pasternak � microbiologista, divulgadora cient�fica e presidente do Instituto Quest�o de Ci�ncia , al�m de pesquisadora do Instituto de Ci�ncias Biom�dicas da Universidade de S�o Paulo ( ICB-USP ).

Primeiras vacinas

Em seu artigo, a pesquisadora falou sobre os imunizantes de “segunda gera��o” , mas, antes disso, fez um retrospecto sobre os utilizados atualmente. Ela afirma que no in�cio era esperado que as primeiras vacinas n�o fossem “necessariamente as melhores” , pois poderiam n�o ser as mais adequadas para “as diferentes realidades de cada povo ou pa�s” .

Ela seguiu argumentando que, tendo isso em vista, “tivemos muita sorte” , pois diversas dessas vacinas “foram sucessos nos primeiros testes cl�nicos, com efic�cia muito maior do que ous�vamos esperar” . Ela destacou que, ainda assim, essas vacinas n�o dever�o ser produzidas de maneira cont�nua em todo o mundo.

“Agora, come�am a surgir os primeiros embri�es do que ser�o as vacinas de covid de segunda gera��o: aquelas planejadas e produzidas com mais folga, levando em conta n�o s� a efic�cia e a seguran�a, que, claro, s�o essenciais, mas tamb�m as condi��es de transporte, aplica��o e custo” , completou.
laboratório
Funcion�rios trabalham na linha de produ��o da vacina CoronaVac, contra a covid-19, no centro de produ��o biom�dico do Instituto Butantan, em S�o Paulo, em 14 de janeiro de 2021 ( AFP / Nelson Almeida) (foto: reprodu��o)

Pasternak concluiu o texto afirmando que a emerg�ncia imposta pela covid-19 “j� [foi] resolvida pelas primeiras vacinas” e que agora “temos tempo de investir em estrat�gias mais criativas e adaptadas a necessidades locais” , algo que permitir� melhor prepara��o para emerg�ncias futuras.

Em nenhum trecho do artigo a autora se refere �s vacinas como “experimentais” , tampouco afirma que a popula��o foi feita de “cobaia” , como apontam usu�rios nas redes sociais.

Efic�cia dos imunizantes


Em outras ocasi�es, Natalia Pasternak incentivou o uso das vacinas como estrat�gia de conten��o do avan�o do v�rus. Em seu depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da covid-19 %u23BC que investiga a atua��o do governo federal do Brasil durante a pandemia %u23BC, em 11 de junho de 2021, ela comparou os imunizantes a um goleiro: apesar de eficazes, n�o s�o infal�veis.

“Como � que a gente sabe que um goleiro � um bom goleiro? A gente olha o hist�rico dele, que � a efic�cia do goleiro, a frequ�ncia com que ele pega a bola. Se ele tem um bom hist�rico, uma boa efic�cia nos testes cl�nicos, ele � um bom goleiro. Mas, isso n�o quer dizer que ele � infal�vel” , disse a microbiologista.

Ela ainda acrescentou: “Se ele tem uma defesa do time que (...) n�o usa m�scara, que n�o faz distanciamento social, que n�o respeita as medidas preventivas, vai ter tanta bola vindo pro gol, vai ter tanto v�rus circulando, que a probabilidade dele errar � muito maior” .

Em uma p�gina dedicada �s vacinas contra a covid-19, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) destaca que “o acesso equitativo a vacinas seguras e eficazes � fundamental para acabar com a pandemia [de] covid-19” .

“Vacinas experimentais”


Em julho de 2021 , o imunologista e professor da Faculdade de Ci�ncias Farmac�uticas da USP, Eduardo Silveira , afirmou que por haver um processo cient�fico rigoroso, e por j� existirem dados confi�veis coletados sobre os imunizantes em uso no Brasil, “colocar que as vacinas [que est�o sendo aplicadas] s�o experimentais � uma grande fal�cia”.
Mulher sendo vacinada
Mulher � vacinada contra a covid-19 em Nossa Senhora do Livramento, comunidade nas margens do Rio Negro, pr�ximo de Manaus, Amazonas, em 9 de fevereiro de 2021 ( AFP / Michael Dantas) (foto: reprodu��o)


A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) tamb�m informou ao Checamos em outubro de 2021 que todas as vacinas em uso no Brasil “tiveram seus dados de efic�cia e seguran�a avaliados e aprovados” por ela, “garantindo o seu uso dentro das indica��es aprovadas”.

A Anvisa acrescentou na nota enviada ao Checamos que os imunizantes em uso “tiveram condu��o de estudo de fase 3 de pesquisa cl�nica e j� encerraram esta etapa”. “Nenhuma vacina em uso no pa�s foi dispensada de apresenta��o de dados de fase 3 da pesquisa cl�nica”, concluiu.

Esta verifica��o foi realizada com base em informa��es cient�ficas e oficiais sobre o novo coronav�rus dispon�veis na data desta publica��o.

 

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