
"Tenho ouvido que vivemos a pior crise sanit�ria dos �ltimos 100 anos. � verdade. Mas tamb�m vivemos uma das maiores crises de direitos individuais e coletivos dos �ltimos 100 anos. H� atmosfera de intoler�ncia, em que falar de direitos das pessoas � taxado de negacionismo”, explicou o ministro.
Segundo o ministro, “alguns ve�culos de imprensa” o chamaram de negacionista e genocida. Ele ainda citou que 85% dos estados e 75% das capitais j� autorizaram cultos presenciais antes mesmo de sua decis�o. "Para quem n�o cr� em Deus, isso talvez n�o tenha l� muita import�ncia, mas para grande maioria dos brasileiros tal direito � relevante." Segundo ele, 80% dos brasileiros declararam ser crist�os em 2010.
Ao falar sobre a proibi��o determinada por prefeitos, o ministro indicado por Jair Bolsonaro (sem partido) para a Corte, seguiu o discurso do presidente e criticou as a��es. “Mesmo que a Constitui��o tenha tirado f�rias na pandemia, isso aqui n�o pode virar um ano sab�tico”, declarou. “O que n�o parece certo � restringir direitos constitucionais”, concluiu.
At� o fechamento desta mat�ria, Kassio Nunes Marques segue discursando sobre seu voto. Al�m dele, o relator, ministro Gilmar Mendes, proferiu o voto, contr�rio � libera��o.
Veja o voto de Gilmar Mendes aqui
A a��o foi ajuizada pelo Partido Social Democr�tico (PSD), contra decreto do governo de S�o Paulo que estipula uma s�rie de medidas restritivas emergenciais.
Leia: Jo�o Monlevade � citada em sess�o do STF que decide sobre cultos; entenda
Veja o voto de Gilmar Mendes aqui
A a��o foi ajuizada pelo Partido Social Democr�tico (PSD), contra decreto do governo de S�o Paulo que estipula uma s�rie de medidas restritivas emergenciais.
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Entenda
No �ltimo s�bado (3/4), o ministro Nunes Marques autorizou celebra��es religiosas com a presen�a de fi�is mesmo ap�s governadores e prefeitos determinarem o fechamento de templos, sob a alega��o de isto conter a dissemina��o do coronav�rus.
Em sua decis�o, Nunes Marques disse que a abertura de templos deveria ser feita “de forma prudente e cautelosa, com respeito a par�metros m�nimos que observem o distanciamento social e que n�o estimulem aglomera��es desnecess�rias”.
A a��o do ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve muita repercuss�o. As mais comentadas, foram a do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), e do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSB).
Logo ap�s a decis�o de Nunes Marques, Kalil foi �s redes sociais dizer que "cultos e missas" estavam proibidos, pois o que valia era "o decreto da prefeitura".
Logo ap�s a decis�o de Nunes Marques, Kalil foi �s redes sociais dizer que "cultos e missas" estavam proibidos, pois o que valia era "o decreto da prefeitura".
No domingo de P�scoa, por�m, Kalil afirmou que iria cumprir a determina��o do STF. “Por mais que doa no cora��o de quem defende a vida, ordem judicial se cumpre. J� entramos com recurso e aguardamos a manifesta��o do presidente do Supremo Tribunal Federal”, escreveu no Twitter.
Leia: Fi�is de BH compareceram �s igrejas ap�s liminar de Nunes Marques
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Na decis�o, o ministro Nunes Marques estabeleceu a necessidade de respeitar medidas sanit�rias. S�o elas:
- Limitar a ocupa��o a 25% da capacidade do local;
- Manter espa�o entre assentos com ocupa��o alternada entre fileiras de cadeiras ou bancos;
- Deixar o espa�o arejado, com janelas e portas abertas sempre que poss�vel;
- Exigir que as pessoas usem m�scaras;
- Disponibilizar �lcool em gel nas entradas dos templos;
- Aferir a temperatura de quem entra nos templos.
Dois dias depois, o Gilmar Mendes vetou eventos religiosos em S�o Paulo e enviou o caso para delibera��o da Corte.
J� em sua decis�o proferida na segunda-feira (5), Gilmar Mendes afirmou que “apenas uma postura negacionista” permitira uma “exce��o” �s regras sanit�rias para cultos religiosos. O ministro reclamou que a “ideologia” tem tomado o lugar dos dados cientificamente comprov�veis.
Agora, o plen�rio analisa se referenda decis�o do relator da a��o, ministro Gilmar Mendes, que indeferiu o pedido de medida cautelar para a suspens�o do decreto estadual, mantendo as restri��es.
Leia: Em primeiro turno, C�mara de BH aprova igrejas como servi�o essencial
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* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz.