
Em trecho do pr�logo, Dilma avalia que a insatisfa��o com o sistema mostrada nos atos de 2013 permitiu o crescimento da extrema direita, culminando na elei��o de Jair Bolsonaro cinco anos depois. A petista refor�a a import�ncia do estudo das jornadas de junho para o entendimento da conjuntura do pa�s e aponta os desafios para a reconstru��o da esquerda brasileira.
“As ruas se levantaram, em 2013, tamb�m contra esse sistema, ainda que somando narrativas fragmentadas e contradit�rias. Essa insatisfa��o com seu funcionamento, cinco anos depois, permitiria a ascens�o de uma extrema direita falsamente antissistema, cujo discurso conseguiu ganhar amplo lastro eleitoral. Um dos grandes desafios estrat�gicos da esquerda brasileira � reconstruir uma perspectiva antissistema, de radicaliza��o da democracia como ferramenta para a soberania e a justi�a social”, escreve.
As jornadas de junho marcaram uma queda vertiginosa na aprova��o de Dilma. A presidente tinha sua gest�o apontada como positiva por 65% dos brasileiros em mar�o de 2013, segundo o Datafolha. Ap�s os protestos, esse �ndice caiu para 30%. A petista se recuperou razoavelmente nos anos seguintes e conseguiu se reeleger ao cargo em 2014. No entanto, ela n�o completou o mandato, sendo destitu�da em 2016 ap�s vota��o de impeachment no Congresso Nacional.
“Junho de 2013: a rebeli�o fantasma"
Organizado por: Breno Altman e Maria Carlotto (orgs.)
128 p�ginas.
Editora Boitempo
R$ 45,00
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