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Estado de Minas EX-AJUDANTE DE ORDENS

Bolsonaro sobre a dela��o de Cid: 'Pessoa decente. N�o vai inventar nada'

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fechou acordo de dela��o premiada com a Pol�cia Federal. Colabora��o foi fechada no �mbito do inqu�rito das mil�cias digitais


13/09/2023 09:15 - atualizado 13/09/2023 09:58
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Jair Bolsonaro
Colabora��o premiada abarca uma s�rie de investiga��es, desde o disparo em massa de fake news, os ataques do 8 de janeiro at� o esquema de fraude no cart�o de vacina do ex-presidente Bolsonaro (foto: Marcos Vieira /EM/DA)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que recebeu com tranquilidade a informa��o de que o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, far� dela��o premiada. Jair Bolsonaro ainda disse que acredita que Cid n�o falar� nada que o "comprometa" e, mesmo com toda a situa��o, ainda tem "afeto" pelo ex-ajudante de ordens.

Em entrevista � coluna da jornalista M�nica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Jair Bolsonaro disse que Mauro Cid sempre foi uma pessoa de confian�a nos quatros anos de seu governo e fez um "excelente trabalho".

"O Cid � uma pessoa decente. � bom car�ter. Ele n�o vai inventar nada, at� porque o que ele falar, vai ter que comprovar. H� uma inten��o de nos ligar ao 8/1 de qualquer forma. E o Cid n�o tem o que falar no tocante a isso porque n�o existe liga��o nossa com o 8/1. Eu me retra� [depois da derrota para Lula], fiquei no Pal�cio da Alvorada dois meses, fui poucas vezes na Presid�ncia. Recebi poucas pessoas", declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Apesar da afirma��o de Jair Bolsonaro, a dela��o premiada firmada entre Mauro Cid e a Pol�cia Federal (PF) e homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na �ltima sexta-feira (13/9), n�o est� restrita ao atos golpistas de 8 de janeiro.

A colabora��o foi fechada no �mbito do inqu�rito das mil�cias digitais que corre na Suprema Corte desde julho de 2021 e abarca uma s�rie de investiga��es, desde o disparo em massa de fake news, os ataques do 8 de janeiro at� o esquema de fraude no cart�o de vacina do ex-presidente Bolsonaro - este �ltimo, o motivo pelo qual Mauro Cid foi preso, no dia 3 de maio, em uma opera��o da Pol�cia Federal. 

De acordo com o ex-presidente, Mauro Cid agendava os encontros que ele tinha, mas n�o participava das reuni�es, nem de decis�es pol�ticas e do governo. "Ele n�o participava de nada. Eu estive com o [presidente da R�ssia Vladimir] Putin, por exemplo. Estive com o [presidente dos EUA Donald] Trump. �ramos eu e o int�rprete. Ele [Cid] nunca estava [presente nas conversas].Ele agendava, ali, os hor�rios de encontros com chefes de Estado, com ministros, com autoridades, com comandantes de for�a. Mas nunca participou dessas reuni�es. Quando voc� conversa com os [generais] quatro estrelas, n�o fica nenhum tenente-coronel do lado. At� mesmo por uma quest�o de hierarquia", disse. 

A um interlocutor, em mar�o, pouco antes de ser preso, Mauro Cid, por�m, afirmou que era a pessoa que "mais sabia" do que aconteceu durante os quatros anos do governo Bolsonaro. "Cuido da vida pessoal dele. Eu devo ser a pessoa que mais sabe o que aconteceu. Todas as hist�rias que aconteceram nesses 4 anos. Porque eu vivi todas, 99% [delas]", disse Cid.

Em um dos momentos da entrevista, um dos advogados do ex-presidente que o acompanhava afirmou que o tenente-coronel estava sofrendo um "esgar�amento emocional" por ficar preso por quatro meses sem ter como se defender. "Eu vejo da mesma forma que o advogado fala a�. N�o tenho nenhuma preocupa��o com a minha vida particular", concordou Bolsonaro.

Pagamentos de Michelle

Jair Bolsonaro tamb�m disse que Cid que tratava de suas contas banc�rias e comentou superficialmente sobre os pagamentos e dep�sitos que o ex-ajudante de ordens fazia para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). 
"Falam muito das contas da Michelle. Ela est� tentando pegar o extrato [de contas banc�rias] na Caixa, e a Caixa n�o d�. Eu at� perguntei a ela agora h� pouco, quanto dava, em m�dia [os gastos dela], por m�s. N�o chegava a R$ 3.000. � rid�culo. Nas primeiras semanas de governo, a Michelle foi ver o que poderia comprar com cart�o corporativo [para cobrir despesas do Pal�cio da Alvorada] N�o podia comprar, por exemplo, ra��o para cachorro e absorvente. Ent�o ela tem nota fiscal [de gastos pr�prios] de ra��o para cachorro, absorvente, gastos de R$ 2,50 na farm�cia. Tem tudo. At� me surpreendeu", disse.
"Eu sacava por m�s das minhas contas, do meu sal�rio de presidente e de proventos de capit�o do Ex�rcito, em m�dia, R$ 24 mil [que serviriam para cobrir as despesas particulares da fam�lia]", completou.


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