COVID-19: Desnutri��o tem impacto no tempo de interna��o de pacientes

Cerca de 60% dos pacientes contaminados com COVID-19 precisam de suplementa��o para melhorar os n�veis de nutri��o do organismo. � o que aponta um levantamento feito pelo cardiologista e nutr�logo do Hospital do Cora��o (HCor) e do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Daniel Magnon.

  

Isso porque a falta de nutrientes tende a ser uma grande vil� do doente no que diz respeito � cura ou melhora do quadro infeccioso. 

“Temos dois tipos de desnutri��o – defici�ncia org�nica de calorias e prote�nas – nesse caso: os pacientes que j� se encontram previamente desnutridos antes da infec��o pelo coronav�rus e os que sofrem o processo de perda de nutrientes durante o desenvolvimento do quadro de COVID-19. E quando se tem esse tipo de defici�ncia, o corpo passa a ter uma resposta de imunidade diminu�da.” 

Por isso que quando uma pessoa fica desnutrida, ela tem uma queda na imunidade e pega resfriado mais facilmente, por exemplo. "Ent�o, a desnutri��o � um fator de risco para qualquer infec��o, principalmente para COVID-19. Agora, quando o paciente est� nutrido e pega COVID-19, ele passa por um momento cr�tico e, em raz�o dos sintomas – perda de olfato e paladar, insufici�ncia respirat�ria, cansa�o, entre outros –, a pessoa passa a n�o se alimentar bem e, em n�o se alimentando bem por cerca de tr�s ou cinco dias, cai a imunidade”, explica Daniel Magnoni. 

Com a imunidade mais baixa, o organismo infectado fica mais fraco e a resposta ao tratamento da doen�a fica reduzido. No caso da COVID-19, por exemplo, esse cen�rio tende a aumentar o tempo de interna��o do paciente, haja vista a n�o melhora do quadro, o que, consequentemente, influencia na ocupa��o de leitos, que atualmente est� em alta no Brasil. 

Justamente por isso, a terapia nutricional � muito importante durante o acompanhamento m�dico e o tratamento da infec��o viral pelo novo coronav�rus. “A pessoa quando trata a COVID-19 toma antibi�tico, anticoagulante e corticoide. Al�m disso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nutri��o, bem como de outros pa�ses, � indicada a terapia nutricional para evitar a perda de massa magra e contribuir para a nutri��o do organismo e com a forma��o das c�lulas de defesa – leuc�citos e anticorpos.” 

“Nesse caso, para ser efetiva, ela precisa ter bom aporte de nutrientes e pouca quantidade de comida. E, nesse aspecto, o suplemento � o mais adequado. Alguns pacientes mais graves precisam de nutri��o por sonda”, afirma. 

Justamente por isso, as sociedades m�dicas internacionais e brasileiras, como a Associa��o de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), a Sociedade Brasileira de Nutri��o Parenteral (Braspen), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), continuadamente publicam diretrizes atualizadas sobre como tratar os pacientes com COVID-19, bem como orientam para a melhor alimenta��o, a fim de fortalecer o sistema imunol�gico dos pacientes. 

 

Manter um aporte nutricional precoce, aumentar a oferta de prote�nas e observar a necessidade de suplementar microelementos e vitaminas importantes nos processos de defesa e imunidade podem ser bons aliados da sa�de do organismo. E isso n�o s� em raz�o da pandemia de COVID-19. A desnutri��o � fator de risco para v�rias doen�as. 

Isso quer dizer que � muito importante manter uma alimenta��o equilibrada e rica em nutrientes essenciais para o funcionamento imunol�gico do corpo, como vitaminas C e D, zinco, pot�ssio, c�lcio, entre outros. A recomenda��o de Daniel �: “Invista no consumo de carnes, ovos, leites e derivados”. E isso sempre com cautela e acompanhamento nutricional. 

 

 

“Isso n�o vai evitar que uma pessoa se infecte com a COVID-19, mas, ao se manter nutrido, o organismo humano tende a responder melhor ao tratamento. A suplementa��o pode ser uma boa aliada tamb�m, mesmo fora do hospital e/ou antes da contamina��o viral. Nesse caso, as op��es s�o muitas. Diferentemente do servido em p�, l�quido ou por sonda no hospital, h� suplementos de vitaminas e minerais em c�psulas e gomas, o que vai depender da prefer�ncia de cada pessoa”, lembra. 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 

 

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