
Com a reivindica��o de um tratamento de qualidade e acesso para todos os renais cr�nicos, a Associa��o convoca cl�nicas, profissionais da �rea, pacientes e familiares para aderirem � campanha #adialisenaopodeparar.
O ‘Dia D’ da Di�lise � elaborado pela Associa��o Brasileira dos Centros de Di�lise e Transplante (ABCDT) com o apoio da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a Associa��o Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (SOBEN), a Federa��o Nacional de Associa��es de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (FENAPAR) e a Alian�a Brasileira de Apoio � Sa�de Renal (Abrasrenal).
Ao longo desses quatro anos (desde 2018), a crise se intensificou e muitos temem que as unidades fechem as portas ou deixem de atender pacientes encaminhados pelo SUS, como j� vem acontecendo em algumas cidades. Somente nos �ltimos seis anos, 40 cl�nicas n�o conseguiram se manter e foram � fal�ncia. De acordo com os administradores, os repasses feitos pelo Governo Federal tornaram-se insuficientes diante dos aumentos de custos. Dependendo do porte da cl�nica, os valores recebidos pela presta��o de servi�os est�o de 32% a 49% abaixo do custo real do tratamento.
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Atualmente, a ABCDT pede ao menos 32,07% de reajuste na tabela SUS. Esse c�lculo n�o considera ainda o impacto financeiro do aumento salarial de enfermeiros e t�cnicos, que pelos c�lculos iniciais fica com defasagem m�dia pr�xima a 57% em cl�nicas de grandes centros urbanos, cujo sal�rios s�o mais altos. No Nordeste, a folha de pagamento de algumas cl�nicas chega a crescer 138%.
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Pacientes renais cr�nicos dependem da di�lise para sobreviver
“Sem recursos, muitas cl�nicas deixaram de fazer investimentos. E, na atual conjuntura, podem vir a fechar. Estamos agora apelando para o Governo Federal, para Estados e Munic�pios em busca de aux�lio financeiro. Os cofinanciamentos s�o necess�rios. Hoje, apenas os estados do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina complementam os custos da di�lise. E os pacientes renais cr�nicos dependem da di�lise para sobreviver. Quando os rins param de funcionar e filtrar o sangue, somente uma m�quina � capaz de realizar essa tarefa. E todo paciente dial�tico precisa da terapia ao menos por quatro horas, tr�s vezes por semana, at� que possa conseguir um transplante renal, se estiver apto", alerta o presidente da Associa��o Brasileira de Centros de Di�lise e Transplante (ABCDT), Yussif Ali Mere J�nior.
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Yussif Ali Mere J�nior explica que "a ABCDT, ap�s cinco anos de luta, conseguiu um reajuste de 12,5% do Minist�rio da Sa�de para 2022. A tabela SUS estabelece os valores a serem pagos �s cl�nicas. Mas infelizmente foi muito abaixo dos custos e n�o resolveu as dificuldades. Usamos m�quinas e insumos importados, cujos pre�os aumentaram nos �ltimos anos. Hoje, o SUS paga R$ 218,47 por di�lise, contra um custo m�dio de R$ 288,54 por sess�o. � um d�ficit de R$ 70. Com a grande defasagem no valor do reembolso, a maioria das prestadoras de servi�o ao SUS precisa recorrer a empr�stimos. H� um risco real de desassist�ncia no setor".
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Yussif Ali Mere J�nior explica que "a ABCDT, ap�s cinco anos de luta, conseguiu um reajuste de 12,5% do Minist�rio da Sa�de para 2022. A tabela SUS estabelece os valores a serem pagos �s cl�nicas. Mas infelizmente foi muito abaixo dos custos e n�o resolveu as dificuldades. Usamos m�quinas e insumos importados, cujos pre�os aumentaram nos �ltimos anos. Hoje, o SUS paga R$ 218,47 por di�lise, contra um custo m�dio de R$ 288,54 por sess�o. � um d�ficit de R$ 70. Com a grande defasagem no valor do reembolso, a maioria das prestadoras de servi�o ao SUS precisa recorrer a empr�stimos. H� um risco real de desassist�ncia no setor".
Pessoas carentes s�o mais atingidas
E v�rios outros desafios se imp�em na nefrologia brasileira: h� dificuldade de acesso ao diagn�stico da doen�a e ao tratamento em tempo oportuno; o acompanhamento ambulatorial pr�-dial�tico � insuficiente; o acesso para cirurgia vascular � limitado; existe um vazio assistencial em regi�es afastadas dos grandes centros; h� dificuldades para oferecer o tratamento a pacientes pedi�tricos; h� dificuldade de acesso ao transplante renal; o acesso � di�lise peritoneal � reduzido (apenas 5% da popula��o t�m acesso) e a remunera��o � insuficiente para a manuten��o e acompanhamento da equipe assistencial; e, por falta de vagas em cl�nicas, h� pacientes internados em hospitais para fazer o tratamento.
“O que nos resta pensar � que o futuro � incerto para os pacientes renais cr�nicos. � importante que a sociedade saiba que essa terapia substitui a fun��o que o rim doente n�o consegue mais executar e, sem esse tratamento, o paciente renal vai a �bito. Podemos dizer que o Brasil vinha, at� aqui, sendo um bom exemplo de presta��o de servi�o nefrol�gico. H� pacientes renais com mais de 30 anos em di�lise desde que os rins pararam. E esses cidad�os, em sua maioria, s�o pessoas carentes que adquirem diabetes e hipertens�o e depois perdem a fun��o renal porque se alimentaram mal por muitos anos. Muitas mal t�m tempo e dinheiro para comprar e produzir alimento saud�vel em casa, muito menos para fazer atividade f�sica. A sa�de das pessoas mais pobres � cada dia mais cr�tica. E, quando adoecem, n�o tomam os rem�dios necess�rios. V�o piorando cada vez mais”, alerta o m�dico.
A doen�a renal cr�nica � uma das principais causas de morte no Brasil
A doen�a renal cr�nica (DRC) � uma das principais causas de morte no Brasil, com 40 mil novos casos ao ano, de pessoas com alguma disfun��o renal. Muitas nem sequer chegam a descobrir a doen�a a tempo de tratar e acabam falecendo. “Para se ter uma ideia, pa�ses com bom padr�o de atendimento t�m cerca de mil pacientes em tratamento para cada milh�o de habitantes. O Brasil tem aproximadamente 550 pacientes para cada milh�o de habitantes. N�o � que o Brasil tem menor preval�ncia da doen�a. Temos aus�ncia de diagn�sticos e muitos v�o a �bito antes de descobrirem o problema renal, que muitas vezes � silencioso”, enfatiza Yussif Ali Mere J�nior.O Dia D da Di�lise
Em breve, ser� divulgada a programa��o do dia 25 de agosto. Pe�as de divulga��o com apoio � causa, curiosidades e depoimentos de pacientes est�o sendo divulgados no site, no FB @VidasImportam e no IG @vidasimportam.
Grandes n�meros*
- Atualmente, o Brasil quase 150 mil pacientes em tratamento renal cr�nico, sendo 87% com a terapia financiada por meio do Sistema �nico de Sa�de (SUS).
- No Brasil, 842 estabelecimentos prestam o servi�o de di�lise, sendo 710 unidades cl�nicas privadas.
- Apesar do crescente n�mero de casos, o n�mero de cl�nicas renais se manteve praticamente inalterado nos �ltimos anos, tornando cr�tico o acesso da popula��o �s alternativas de tratamento.
*Fonte: Associa��o Brasileira dos Centros de Di�lise e Transplante (ABCDT), entidade de classe sem fins lucrativos que representa.