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Estado de Minas SA�DE

Setembro Azul: alerta para a inclus�o de crian�as surdas � sociedade

No Brasil, segundo o IBGE, mais de 10 milh�es de pessoas sofrem de defici�ncia auditiva


06/09/2022 12:04 - atualizado 06/09/2022 12:04

criança , um menininha, com aparelho de surdez
Para detectar poss�veis problemas de audi��o, as crian�as passam, assim que nascem, por uma triagem neonatal auditiva, o "teste da orelhinha" (foto: Envato Elementes/Divulga��o)
Respons�vel pelo desenvolvimento da fala e da linguagem, a audi��o � um dos sentidos mais complexos do corpo humano. Ela possibilita, entre tantas coisas, a intera��o social entre amigos e familiares. No entanto, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), existem cerca de 500 milh�es de pessoas com defici�ncia auditiva no mundo. Apenas no Brasil s�o mais de 10 milh�es - n�mero que equivale a 5% da popula��o nacional, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia Estat�stica (IBGE). Destes, aproximadamente 2,7 milh�es t�m surdez profunda, ou seja, n�o escutam absolutamente nada. Para chamar a aten��o de todos sobre os desafios e conquistas da comunidade surda, foi criada campanha Setembro Azul, uma a��o de visibilidade � causa.

A otorrinolaringologista Bruna Assis, do Hospital Paulista, alerta para a import�ncia da fam�lia na inclus�o das crian�as surdas � sociedade. Conforme a m�dica, mant�-las em conviv�ncia social � a melhor maneira de conseguir um bom desenvolvimento ao longo da vida. “N�o se deve nunca isolar esse indiv�duo do conv�vio escolar ou exclu�-lo de atividades di�rias com familiares, ou at� mesmo com outras pessoas surdas. A falta de contato com adultos que compartilhem uma l�ngua pode significar uma desvantagem no desenvolvimento educacional.”

A principal dificuldade relatada pelas fam�lias no conv�vio com uma crian�a surda, de acordo com Bruna Assis, est� relacionada � comunica��o, j� que ela acarreta dificuldades de compreender as necessidades e os problemas de socializa��o.
A m�dica afirma que � ap�s o diagn�stico que se iniciam as dificuldades de comunica��o, bem como os bloqueios de compreens�o pela aus�ncia da linguagem comum. Al�m disso, ela explica que ainda existe a n�o-aceita��o da surdez, o que ocorre pela falta de informa��es dos pais. “A defici�ncia auditiva ainda � uma situa��o complexa para a fam�lia ouvinte, podendo tornar o n�cleo cultural familiar um espa�o de exclus�o para a crian�a surda”, destaca.

Fam�lia tem importante papel social e afetivo

Conforme a otorrinolaringologista, a fam�lia desempenha um significativo papel social e afetivo. Por esse motivo, al�m da crian�a, os familiares tamb�m devem passar por acompanhamento e orienta��o, bem como pela aprendizagem da linguagem de sinais, facilitando o conv�vio entre eles. “Para casos de mais de um filho, � importante manter a intera��o dos irm�os e integr�-los da mesma maneira na din�mica familiar. Isso facilita a aceita��o e um melhor relacionamento entre as crian�as”, orienta.

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Para detectar poss�veis problemas de audi��o, as crian�as passam, assim que nascem, por uma triagem neonatal auditiva, o "teste da orelhinha", que, obrigatoriamente, � realizada ainda na maternidade ou no primeiro m�s de vida - nos casos de beb�s que n�o nascem em hospitalar. Simples e indolor, sua execu��o � importante para um poss�vel diagn�stico precoce e in�cio do tratamento.

Acompanhamento profissional

Segundo Bruna Assis, todas as crian�as que apresentam d�ficits auditivos j� ao nascimento necessitam de avalia��o m�dica e fonoaudiol�gica, ambas realizadas para tentar identificar causas e melhores condutas a serem tomadas, de acordo com cada situa��o. 
“Em muitos casos, interven��es precoces como tratamentos cl�nicos, uso de aparelhos auditivos ou pr�teses auditivas implant�veis - dentre elas o implante coclear e pr�teses ancoradas ao osso - podem mudar a hist�ria do desenvolvimento auditivo e lingu�stico deste paciente.” 

A m�dica reitera que, nos casos em que n�o se � poss�vel proporcionar audi��o ao paciente, � imprescind�vel introduzi-lo ao aprendizado de libras. “A l�ngua permite que ele seja inserido � sociedade, podendo se comunicar e se desenvolver com melhor qualidade de vida.”

Tanto para os que n�o ouvem nada como aos que conseguem alcan�ar algum grau auditivo, o acompanhamento multidisciplinar � indispens�vel. Conforme a m�dica, essas crian�as n�o dependem apenas da otorrinolaringologia, mas de fonoaudi�logos e psic�logos, profissionais capazes de garantir uma melhor qualidade de vida e a socializa��o destes pacientes.

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“A periodicidade � individualizada e ser� determinada pela demanda e necessidade de cada paciente. No entanto, as visitas s�o muito importantes para um bom acompanhamento.”

Surdez evit�vel

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estima que at� 2050 o n�mero de deficientes auditivos chegar� a 1 bilh�o em todo o mundo. No entanto, muitos destes casos podem ser evitados com alguns cuidados b�sicos e recomenda��es simples a serem seguidas no dia a dia.

Segundo a  otorrinolaringologista, os pais precisam tratar corretamente as infec��es de ouvido de seus filhos. “Quando surgir qualquer tipo de problema, � importante buscar um otorrino o quanto antes.”

A m�dica tamb�m alerta para o risco de h�bitos di�rios, como o som excessivamente alto e o uso de hastes flex�veis para a limpeza das orelhas.

Sinais de alerta

Por fim,  otorrinolaringologista recomenda que as crian�as fa�am uma consulta na inf�ncia com o otorrinolaringologista e, depois, sigam a programa��o passada pelo especialista. A m�dica, listou alguns sintomas que podem servir de alerta para a necessidade de uma visita ao especialista e que valem para todas as faixas et�rias:

  • Falar muito alto;
  • Pedir para repetir o que foi dito e falar com frequ�ncia a express�o "o que?”;
  • N�o responder quando chamado;
  • Assistir TV ou ouvir r�dio com volume muito alto;
  • Ter a sensa��o de que ouve, mas n�o entende;
  • Perceber o aparecimento de zumbido.
“Comportamentos associados � desaten��o, atraso na aquisi��o da fala, baixo desempenho escolar e dificuldades no aprendizado tamb�m podem indicar a exist�ncia de algum problema auditivo. � necess�rio n�o negligenciar nenhum sintoma, caso contr�rio, tanto a vida da crian�a como a vida da fam�lia podem ser modificadas para toda a vida”, finaliza Bruna Assis.



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