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Estado de Minas OUTUBRO ROSA

O ideal � emagrecer sem dietas restritivas

Empres�ria optou por regular a alimenta��o nos dias de semana e afrouxar um pouco o card�pio aos s�bados e domingos


16/10/2022 04:00 - atualizado 16/10/2022 08:02

Márcia Machado
A empres�ria M�rcia Machado mudou h�bitos como consumir refrigerantes e �lcool: o resultado foi menos 16 quilos em nove meses (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press )
 

A empres�ria M�rcia Machado, de 42 anos, sempre foi amiga da balan�a – o bi�tipo � de magra. At� a segunda gesta��o. Durante a gravidez e no p�s-parto, engordou 20 quilos, ao mesmo tempo em que vivenciou um processo de div�rcio. "Depois, n�o consegui mais emagrecer. Nunca tive aquele peso. N�o me identificava com aquele corpo, olhava no espelho e n�o me via", conta. M�rcia passou sete anos com os quilos a mais, at� o  momento em que o que pesou mesmo foi a quest�o da sa�de. Ela se lembra da sobrecarga de trabalho, que a deixava cansada, indisposta, sem vigor f�sico para fazer nada ao chegar em casa.
 
 
E assim tomou uma atitude. Procurou uma nutr�loga, que indicou a coloca��o de um implante hormonal. "O implante desempenha quase a mesma fun��o que uma dieta low carb, baixa a insulina, faz o corpo queimar gordura, acelera o metabolismo", explica a empres�ria, de forma did�tica. Ao mesmo tempo, M�rcia mudou alguns h�bitos. N�o fez dietas extremamente restritivas, mas cortou o refrigerante, que consumia em grandes quantidades, e tamb�m o �lcool. Perdeu 16 quilos em nove meses, e agora vem mantendo o ponteiro da balan�a nos 70 quilos. 
 
Marcella Garcez
Marcella Garcez chama a aten��o para a desnutri��o de obesos: 'As pessoas devem ser orientadas a fazer melhores escolhas alimentares' (foto: Arquivo pessoal)
 
 
Para ela, a falta de cuidado com a alimenta��o tamb�m � um mecanismo de compensa��o. "J� que eu trabalho tanto, mere�o comer o que eu quero. A vida j� � t�o corrida, t�o estressante, que se voc� chega em casa com vontade de comer alguma coisa e n�o pode, a alimenta��o muito restritiva pode virar um problema. � f�cil descontar o estresse, a frustra��o e o cansa�o na comida. Hoje, minha estrat�gia � dar uma segurada durante a semana e uma afrouxada no fim de semana. Tem funcionado bem, o que para mim � uma vit�ria", relata.
 
Enquanto muitas pessoas t�m acesso a alimentos, a fome � um grande problema de sa�de p�blica que pode ter consequ�ncias graves, principalmente entre as crian�as em fase de desenvolvimento, alerta a nutr�loga Marcella Garcez. Afeta 10% da popula��o brasileira, cerca de 33 milh�es de pessoas, informa a profissional.
 
 
Em paralelo, a desnutri��o, que pode ocorrer mesmo em quem tem acesso � comida, se relaciona mais com as escolhas alimentares. � um quadro que acontece quando n�o h� a ingest�o adequada dos nutrientes que o organismo necessita. "A desnutri��o � respons�vel por 55% das mortes de crian�as no mundo inteiro, e est� associada a diversas doen�as. Entre os brasileiros, mais de 60% da popula��o est� em sobrepeso e, desses, 24% obesos, sendo muitos obesos desnutridos. As pessoas devem ser orientadas a fazer melhores escolhas alimentares", pontua Marcella.
 
A desnutri��o pode ter como consequ�ncia, essencialmente entre as crian�as, a perda de peso, o crescimento deficiente, a baixa imunidade. Mas, ao longo do tempo, continua Marcella, a falta de nutrientes de forma constante pode causar altera��es metab�licas que acarretam problemas como diabetes, hipertens�o e doen�as cardiovasculares.

DESPERD�CIO Quando se fala em alimenta��o, outro assunto correlato � o desperd�cio. Dados da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) apontam que, no Brasil, quase 30 milh�es de toneladas de alimentos s�o perdidas todos os anos. "Isso acontece no manuseio, no transporte e armazenamento dos alimentos. E, quando se trata do consumidor final, tamb�m na escolha e na forma de guardar a comida", diz a nutr�loga. “As pessoas devem ser educadas a aproveitar o alimento em sua integralidade, usando partes que podem ser consumidas e muitas vezes n�o s�o”, ensina Marcella.
 
Quando a pauta segue para a quest�o ambiental, � importante lembrar que o meio ambiente n�o disp�e de recursos infinitos e, portanto, continua a profissional, a produ��o alimentar deve se basear em t�cnicas de menor impacto, que evitem a degrada��o da natureza. "Esse deve ser o foco dos grandes produtores, e o Brasil � um deles, um importante polo exportador de alimentos para o mundo. Devemos pensar que as popula��es futuras podem ter problemas na produ��o aliment�cia", alerta Marcella.
 
Com a pandemia e a crise econ�mica gerada por ela, muita gente deixou de conseguir bons alimentos, por�m, mesmo entre quem isso n�o aconteceu, o que se viu, muitas vezes, foi uma inadequa��o em rela��o � dieta. Al�m do aumento nos n�meros da obesidade (para Marcella, outra pandemia em particular), cresceu a incid�ncia de transtornos alimentares ligados � ansiedade, por exemplo.
 
Outro fen�meno em particular advindo da crise sanit�ria, diz Marcella, � a forma como as pessoas passaram a lidar com a comida. Mesmo com acesso a bons alimentos, muita gente, lembra a nutr�loga, em vez de aproveitar melhor seu tempo em casa e se envolver no preparo das refei��es, de forma mais saud�vel, o que se viu foi o contr�rio. "As pessoas procuraram alimentos que traziam conforto emocional, normalmente mais cal�ricos, escolhas equivocadas, al�m do aumento nos n�meros de pedidos por delivery", aponta.
 
CONSUMO DI�RIO DE ALIMENTOS

A pir�mide alimentar elaborada em 2013 por Philippi, no trabalho “Redesenho da pir�mide alimentar brasileira para uma alimenta��o saud�vel”, indica oito grupos alimentares, distribu�dos em quatro n�veis, em que est�o suas recomenda��es em quilocalorias para o consumo di�rio. O desenho est� assim desenvolvido:

» Arroz, p�o, massa, batata, mandioca: 
     900kcal (6 por��es por dia)

» Legumes e verduras: 45kcal (3 por��es por dia)

» Frutas: 210kcal (3 por��es por dia)

» Carnes e ovos: 190kcal (1 por��o por dia)

» Leite, queijo e iogurte: 360kcal (3 por��es por dia)

 » Feij�es e oleaginosas: 55kcal (1 por��o por dia)

» �leos e gorduras: 73kcal (1 por��o por dia)

 » A��cares e doces: 110kcal (1 por��o por dia)

Na base da pir�mide, est�o os alimentos respons�veis por fornecer energia, sendo o grupo dos carboidratos. No segundo n�vel, est�o alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras, considerados reguladores. No terceiro n�vel, os alimentos com prote�nas. No �ltimo n�vel, o grupo de alimentos que devem ser ingeridos sem excessos, j� que t�m liga��o direta com o desenvolvimento de obesidade. 
Observa-se tamb�m, no trabalho de Philippi, a recomenda��o para a realiza��o de atividades f�sicas e a necessidade de se realizarem seis refei��es diariamente. 
 
 
ERROS MAIS COMUNS NA ALIMENTA��O 

Tempo curto para a refei��o, alimentos industrializados, produtos pouco saud�veis, a rotina cada vez mais corrida. A vida contempor�nea tem muitas armadilhas que provocam uma maneira de se alimentar pouco saud�vel. Veja os erros mais comuns:

» Sal em excesso: aumenta a press�o arterial e     
      a reten��o de l�quidos

» A��car em excesso: acarreta uma s�rie de      
     problemas relacionados � obesidade

» Pouca variedade: pratos coloridos t�m mais     
      nutrientes e s�o mais saud�veis

» Falta de frutas, legumes e verduras: esses s�o   
      alimentos importantes como fonte 
   de fibras e vitaminas

» Hidrata��o ruim: � indicada a ingest�o em
     torno de dois litros de �gua todos os dias

» Pular refei��es: a pessoa fica muito tempo     
     sem se alimentar, o que pode fazer com que,   
     na hora da refei��o, coma em exagero 


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