Primeira consulta ginecol�gica: o que perguntar?

Engana-se quem pensa que deve agendar uma consulta ginecol�gica somente ao surgir algum desconforto, ou depois do in�cio da vida sexual. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo) recomendam que a primeira consulta ginecol�gica ocorra entre 13 e 15 anos, mesmo para adolescentes que ainda n�o iniciaram a vida sexual.  

Por�m, muitas d�vidas surgem nas pacientes em rela��o ao que ser�o questionadas, devem perguntar ou expor proativamente ao especialista, para que a consulta seja mais eficaz.

Com esse foco, a ginecologista e obstetra do S�o Crist�v�o Sa�de,  Aline Teixeira Bueno Muniz, m�dica especializada em uroginecologia e estudo urodin�mico, destaca algumas orienta��es: 

1 - Perguntas sobre hist�rico m�dico: Voc� deve ser questionada sobre seu hist�rico m�dico, incluindo alergias, condi��es de sa�de pr�-existentes e quaisquer problemas ginecol�gicos que tenha enfrentado no passado;

 

2 - Hist�rico menstrual: O m�dico perguntar� sobre o in�cio da menstrua��o, a regularidade do ciclo, dura��o e intensidade do fluxo menstrual, bem como sobre quaisquer problemas menstruais que voc� possa estar enfrentando;

 

3- Atividade sexual: Ser�o feitas perguntas sobre sua vida sexual, uso de contraceptivos e eventuais preocupa��es relacionadas � sa�de sexual. Ser�o feitas orienta��es sobre os cuidados para evitar as infec��es sexualmente transmiss�veis.

 

4 - M�todos contraceptivos: O especialista pode questionar sobre os m�todos contraceptivos que voc� adota ou pretende utilizar;

 

5 - Sintomas espec�ficos: � indispens�vel relatar eventuais sintomas ou desconfortos espec�ficos para que o m�dico possa avaliar adequadamente o quadro e oferecer orienta��es;

 

6 - Preocupa��es com a sa�de reprodutiva: Caso planeje engravidar ou tenha preocupa��es sobre a fertilidade, a especialista indica ser esse o momento adequado para discutir tais quest�es;

 

7 - H�bitos de vida: Contar sobre seu estilo de vida, dietas, exerc�cios,consumo de �lcool e tabaco, para avaliar a influ�ncia desses fatores na sua sa�de.

Criar ambiente confort�vel e acolhedor

Durante a avalia��o, m�dico e equipe devem se esfor�ar para criar um abiente confort�vel e acolhedor. “Caso sinta desconforto ou ansiedade, n�o hesite em comunicar ao especialista”, recomenda a  Aline Teixeira Bueno Muniz, 

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Conforme a m�dica, "a consulta � o momento ideal para fazer todas as perguntas e esclarecer quaisquer d�vidas que possa ter sobre sua sa�de ginecol�gica. O m�dico far� um exame f�sico, que pode incluir a palpa��o das mamas, a palpa��o abdominal e o exame p�lvico, de modo a avaliar os �rg�os reprodutivos internos (naquelas que j� tiveram iniciado a vida sexual) como a vagina, a vulva, o �tero e os ov�rios."  

De acordo com Aline Teixeira Bueno Muniz, “a partir da adolesc�ncia, a frequ�ncia de consultas ao ginecologista depende de v�rios fatores, incluindo recomenda��es m�dicas e idade da paciente. Caso haja alguma anormalidade ou hist�rico de altera��es, o m�dico pode recomendar maior regularidade".  

Al�m disso, � essencial que se sinta � vontade para expressar suas preocupa��es e fazer perguntas durante a consulta ginecol�gica: "Isso ajudar� a construir um relacionamento de confian�a com o(a) m�dico(a) e garantir que suas necessidades sejam atendidas de forma adequada e respeitosa”, sugere a especialista.

Dependendo das necessidades identificadas durante a avalia��o, o m�dico pode recomendar consultas de acompanhamento ou exames peri�dicos. Tamb�m � poss�vel que haja a necessidade de exames adicionais, com base na avalia��o: "Nestes casos, certifique-se de entender as raz�es e a import�ncia de cada um deles”, refor�a a ginecologista.  

Aline Muniz lembra que "durante a menopausa, por sua vez, tamb�m � recomendado o acompanhamento ginecol�gico regular, pois as necessidades de sa�de mudam nessa fase".

N�o hesite em agendar uma avalia��o, de modo a obter orienta��es espec�ficas para o seu caso: "A consulta ginecol�gica � essencial para uma abordagem personalizada e adequada ao hist�rico de sa�de e �s necessidades individuais de cada mulher", lembra a m�dica.