Safad�o suspende shows ap�s diagn�stico de ansiedade; entenda o transtorno

No �ltimo domingo (10/9), o cantor Wesley Safad�o concedeu uma entrevista ao programa Fant�stico, da TV Globo, onde revelou ter dado uma pausa em seus shows, ap�s um diagn�stico de transtorno de ansiedade. A doen�a afeta mais de 18 milh�es de brasileiros, e � caracterizada por um sentimento de medo frente a um perigo desconhecido. De acordo com a psic�loga Blenda Oliveira, todo mundo carrega um pouco do transtorno, mas quando ele se torna exagerado, vira um problema patol�gico.

"Estava a caminho de um show em Minas e comecei a passar mal dentro do carro. Eu comecei a sentir faltar ar, queria respirar e n�o conseguia. 'Eu quero ir para o hospital, acho que eu estou morrendo'. Eu n�o sentia meus dedos", contou Wesley Safad�o no programa.



Segundo a psicanalista Blenda Oliveira, existe o dito como ansiedade "boa" e a ansiedade "patol�gica". A diferen�a das duas est� na frequ�ncia e intensidade. "A ansiedade boa � aquele sentimento comum que todos temos dentro de n�s. Funciona como uma esp�cie de motor, pode fazer parte dos momentos de realiza��o, curiosidade, da vontade de crescer, de aprender, � uma energia que move voc� adiante", explica a especialista.

"J� a ansiedade patol�gica, tem uma frequ�ncia e intensidade muito grande, podendo tornar a vida disfuncional. A pessoa come�a a ter sintomas f�sicos, como taquicardia, dores no est�mago, problemas de pele e de sono, comer muito ou n�o comer, e a dificuldade de dar conta das tarefas do dia a dia, al�m de seus relacionamentos e compromissos", complementa.

Blenda explica que quando a ansiedade atinge o est�gio de patol�gica, como no caso de Wesley Safad�o, � porque chegou em n�veis muito altos. Ent�o, o transtorno acaba se tornando respons�vel por paralisar a vida do indiv�duo, potencializar uma queda da autoestima e at� um aumento da irritabilidade.

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Atividade f�sica, medita��o, psicoterapia, s�o alguns dos recursos para lidar com a ansiedade boa, comum. J� quando ela atinge uma fase patol�gica, � preciso ter ajuda m�dica e psicol�gica. "Existem pessoas que t�m um tra�o maior de ansiedade, podem ser caracter�sticas de algu�m. Gente que corre muito atr�s do que quer, quer dar conta de tudo, mas isso n�o quer dizer que � patol�gico. Essa pessoa pode aprender a diminuir a ansiedade, a se tranquilizar, mudando o estilo de vida", ressalta a psicanalista. "J� no sentido patol�gico, pode usar de medica��es e buscar ajuda m�dica", complementa ela.

Em todo caso, Blenda ressalta a import�ncia de se manter atento e vigilante no cuidado com a sa�de mental. "N�o deixe para cuidar do seu psicol�gico apenas quando os n�veis de ansiedades estiverem altos. O cuidado deve ser diariamente, para prevenir casos como o do cantor, Wesley Safad�o".