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Estado de Minas SA�DE

Cientistas acham mais ind�cios de que cloroquina n�o funciona contra COVID

Trabalho de noruegueses faz parte do projeto Solidarity, liderado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), com de buscar medicamentos para combater a COVID-19


13/07/2021 10:35 - atualizado 13/07/2021 10:54

Cientistas testaram a droga em 23 hospitais da Noruega e não identificaram melhoras em hospitalizados devido à COVID-19(foto: Martin Silva/AFP)
Cientistas testaram a droga em 23 hospitais da Noruega e n�o identificaram melhoras em hospitalizados devido � COVID-19 (foto: Martin Silva/AFP)
Mais uma pesquisa cient�fica mostra que o uso de hidroxicloroquina n�o gera benef�cios a pacientes com COVID-19. O trabalho foi feito por cientistas noruegueses, que avaliaram um grupo de mais de 100 pacientes hospitalizados com a enfermidade. Os especialistas observaram que a administra��o do medicamento antimal�rico e da droga antiviral remdesivir n�o provocaram melhoras nos indiv�duos tratados. Os dados foram apresentados na �ltima edi��o da revista especializada Annals of Internal Medicine.

O trabalho faz parte do projeto Solidarity, que � liderado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e tem como foco a busca por medicamentos para combater a COVID-19. Na pesquisa, especialistas do Hospital Universit�rio de Oslo e alguns colaboradores designaram, aleatoriamente, 181 pacientes hospitalizados pelo novo coronav�rus em 23 hospitais do pa�s europeu. Parte do grupo recebeu o medicamento remdesivir (42 dos participantes), outra parcela hidroxicloroquina (52) e o restante (87) passou apenas pelo atendimento padr�o, com medicamentos que controlam os sintomas da infec��o pelo Sars-CoV-2.

Nas an�lises, os pesquisadores n�o encontraram diferen�as significativas entre os grupos. "Resolvemos avaliar o grau de insufici�ncia respirat�ria e inflama��o e tamb�m a depura��o viral na orofaringe. Vimos que nenhum dos medicamentos causou altera��es nos dois primeiros. Houve apenas uma diminui��o significativa na carga de Sars-CoV-2 na orofaringe durante a primeira semana, mas isso foi registrado em todos os grupos", explicaram os autores do estudo, que foi liderado por Anders Bayer. A equipe observa que mais pesquisas podem ser feitas, a fim de avaliar outros dados ligados � COVID-19, como a mortalidade. Tamb�m indicam a realiza��o da sondagem em outros pa�ses.

Para Luciano Louren�o, cl�nico geral e chefe da Emerg�ncia do Hospital Santa L�cia, de Bras�lia, os dados observados, em conjunto com os resultados de pesquisas anteriores, ajudam a provar que alguns medicamentos, como a cloroquina, n�o s�o a melhor op��o para tratar pacientes com COVID-19. "Temos j� mais de um ano de estudos sobre essa enfermidade, e as pesquisas caminham, agora, pelo mesmo rumo. Temos mais clareza de que drogas ainda podemos apostar e testar, enquanto outras precisam ser descartadas. E esse � um caminho que sempre temos que percorrer quando temos uma enfermidade nova. Testar at� conseguir uma op��o v�lida."

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