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Estado de Minas REPARA��O HIST�RICA

Governo escoc�s pede desculpas pela ca�a �s bruxas: 'injusti�a hist�rica'

Primeira-Ministra da Esc�cia, Nicola Sturgeon, pediu desculpas pela morte de milhares de mulheres acusadas de bruxaria entre os s�culos XVIII e XIX


19/04/2022 13:28 - atualizado 19/04/2022 15:51

Pintura mostra um bode com longos e sinuosos chifres enfeitados, assentado sobre duas pernas traseiras, no meio de um círculo de mulheres
Pintura 'O sab� das bruxas', de Goya (foto: Reprodu��o)

 
O per�odo que se seguiu � reforma protestante foi marcado pela  influ�ncia da Igrreja Cat�lica e pela persegui��o das mulheres acusadas de bruxaria, a famosa “ca�a �s bruxas”, em diversos pa�ses da Europa e nos Estados Unidos, com os famosos tribunais da Santa Inquisi��o.
 
Diferentemente dos Estados Unidos, que exonerou oficiais e construiu memoriais pelos julgamentos em Salem, somente este ano o governo escoc�s pediu desculpas publicamente pela execu��o de milhares de pessoas, a maioria mulheres.

O pedido de desculpas foi feito pela primeira-ministra da Esc�cia, Nicola Sturgeon, depois de ativistas realizarem uma campanha, chamada "Witches of Scotland", por um pedido formal de desculpas. O pedido foi feito no dia 8 de mar�o, e as a��es por repara��o seguem. Al�m disso, a campanha tamb�m pede pelo perd�o pelos condenadas e a constru��o de um memorial nacional em respeito a mem�ria dos acusadas e condenadas por feiti�aria.

“Em uma �poca em que as mulheres n�o podiam falar como testemunhas em um tribunal, elas eram acusadas e mortas porque eram pobres, diferentes, vulner�veis ou, em muitos casos, apenas por serem mulheres”, disse ela. “Como primeira-ministra, em nome do governo escoc�s estou escolhendo reconhecer essa injusti�a hist�rica e flagrante e estender um pedido de desculpas formal e p�stumo a todos os acusados, condenados, vilipendiados ou executados sob a Lei de Bruxaria de 1563”, completa.

Ca�a �s Bruxas

A persegui��o de mulheres sob a acusa��o de bruxaria tinha o objetivo de punir os respons�veis por males que se abatiam uma comunidade, como mortes inexplic�veis, colheitas fracas e outros eventos que fugiam da compreens�o da �poca. Indiv�duos vulner�veis e que fugiam dos padr�es comportamentais da �poca, em especial mulheres que dominavam os conhecimentos de cura e usos de plantas medicinais, eram apontados como causadores dos infort�nios.

O p�nico em torno da feiti�aria e do culto ao diabo tomou conta das sociedades p�s-Reforma na Europa e na Am�rica colonial. Na Esc�cia, a Lei de Bruxaria durou entre 1563 e 1736 estabelecia que o uso, pr�tica ou exerc�cio de qualquer bruxaria, encantamento, feiti�o ou feiti�aria que ferisse ou matasse qualquer pessoa era considerado crime capital. O pa�s foi considerado um dos mais inclementes da �poca, com a m�dia de execu��es per capita cinco vezes maior que a europeia, segundo o jornal The Guardian.

De acordo com o Survey of Scottish Witchcraft, um banco de dados abrangente de processos conhecidos de bruxaria na Esc�cia, entre a primeira execu��o em 1479 e a �ltima em 1727, pelo menos 2,5 mil pessoas foram mortas. Segundo o site Witches of Scotland, 3837 pessoas foram acusadas de bruxaria no pa�s, e 84% das acusa��es e execu��es eram de mulheres.
 
*Estagi�ria sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz 


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