Bolsa abre no vermelho e reage mal �s declara��es de Bolsonaro

O mercado financeiro n�o gostou do que viu nas ruas das capitais brasileiras e  do que ouviu do presidente Jair Bolsonaro  (sem partido) no feriado de 7 de setembro e caia mais de 1,5% em menos de 20 minutos de preg�o nesta quarta-feira (8/9). D�lar volta a subir frente ao real e volta a fica acima de R$ 5,20.

 

�s 10h15, o �ndice Bovespa (IBovespa), principal indicador da Bolsa de Valores de S�o Paulo (B3), estava em 116.063, com queda de 1,54% na compara��o com o fechamento de segunda-feira (6). Ap�s esse piso, a B3 tentou reagir positivamente, e chegou a subir para 116.434, mas n�o conseguiu manter o ritmo de subida e passa a oscilar. Pouco depois das 11h, o IBovespa j� desabava 1,78%, a 115.766 pontos, com os pap�is da Eztec e da Via liderando as perdas. Por volta das 11h30, a queda j� superava 2%.

,-  Bolsonaristas tentam invadir pr�dio do Minist�rio da Sa�de, em Bras�lia

Esse mau humor coincide com not�cias nada positivas do mercado internacional, que indicam  desacelera��o da China  e de pa�ses asi�ticos devido aos novos surtos da covid-19 e os gargalos log�sticos que travam a produ��o das f�bricas.

 

De acordo com o economista Sim�o Silber, professor doutor da Universidade de S�o Paulo (USP),  a queda na B3 na manh� de hoje reflete a preocupa��o do mercado financeiro com as  declara��es de Bolsonaro  e seus impactos e tamb�m com o aumento dos riscos de desacelera��o global.

Jos� Marcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, apontou o discurso de Bolsonaro como principal motivo para essa nova queda da B3 e a valoriza��o do d�lar. “Acho que � reflexo do aumento da incerteza gerada pelas declara��es do presidente. Neste ambiente, fica cada vez mais dif�cil aprovar as reformas econ�micas e evitar mais desvaloriza��o do real. Este � o problema”, alertou.

Os discursos do chefe do Executivo em Bras�lia e em S�o Paulo  afrontaram os demais poderes e especialistas apontam v�rios crimes de responsabilidade, com  partidos de centro, como o PSDB, descendo do muro  e avaliando um novo pedido de impeachment do presidente.

A incerteza tamb�m est� se refletindo nos t�tulos p�blicos. No Tesouro Direto, por exemplo, os t�tulos prefixados com vencimento em 2026 voltaram a ficar acima de dois d�gitos e est�o sendo negociados com taxa anual de 10,25% hoje.

A expectativa hoje � grande em rela��o dos demais poderes sobre os eventos de 7 de Setembro. Ontem, o presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal,  Rodrigo Pacheco (DEM-MG), suspendeu as sess�es do plen�rio  e das comiss�es da Casa.  Contudo a assessoria do Senado, hoje, informou que  presidente da Comiss�o Tempor�ria Covid-19, o senador Conf�cio Moura, manteve a reuni�o da Comiss�o para ouvir o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, na tarde de hoje, apenas por videoconfer�ncia. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),  Luiz Fux, dever� fazer um pronunciamento  hoje durante a abertura da sess�o da Corte. O mercado tamb�m espera um pronunciamento do presidente da C�mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre os eventos de ontem.