
Os pre�os, por�m, est�o mais salgados. O custo de um bilhete entre S�o Paulo e Orlando (EUA), um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, subiu 22% na semana passada, em rela��o � semana anterior. O pre�o m�dio de voo de Bras�lia a Fort Lauderdale teve alta de 10%.
Nova York, Orlando, Miami, Los Angeles, Las Vegas, Boston, S�o Francisco, Washington, Chicago e Fort Lauderdale s�o os lugares mais procurados. "Com a flexibiliza��o das restri��es, o avan�o da vacina��o e as divulga��es sobre as medidas de seguran�a no turismo, as pessoas est�o mais confiantes para viajar. Observamos esse movimento se ampliando nos �ltimos dias, com aumento em torno de 60% nas buscas para o per�odo do Natal e de 116% para o Ano Novo", afirma Bruna Milet, diretora Global de Publicidade e Institucional Brasil da Decolar. Dentro do Brasil, as capitais Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ) s�o os destinos mais pesquisados.
O economista Luis Fernando Mendes explica que as passagens a�reas est�o entre os itens que mais pressionaram o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, divulgado na semana passada. O aumento m�dio, no m�s, foi de 28,76%, ap�s a queda de 10,90% observada em agosto, de acordo com o IBGE. "O custo da opera��o a�rea � bastante atrelado ao d�lar, logo, quando h� uma desvaloriza��o do real (e � preciso ter mais reais para pagar os mesmos custos em d�lar), os valores das passagens s�o pressionados para cima", destaca.
Com o preju�zo de 2020, por conta da pandemia, as empresas est�o repassando o custo final aos consumidores. Outros fatores tamb�m colaboram para o aumento, como a rela��o entre oferta e demanda. Por outro lado, as companhias afirmam que aumentaram o pre�o por conta do combust�vel da avia��o.
Procurada, a Latam informou que "tem retomado sua malha progressivamente e, tanto a oferta quanto os pre�os das passagens para o �ltimo trimestre est�o em n�veis similares aos de 2019". A Azul e a Gol n�o responderam aos questionamentos sobre o aumento dos pre�os.
Os brasileiros tentam ajustar o or�amento para encaixar uma viagem na reta final do ano. A estudante Nat�lia Fernandes, 26 anos, est� h� um ano sem sair de Bras�lia. Moradora da Asa Norte, ela e o marido tentam comprar uma passagem para dezembro. No entanto, o pre�o alto tem desanimado o casal, que pretendia passar alguns dias no litoral. "Tento me planejar todo ano, mas, infelizmente, esses valores absurdos n�o est�o colaborando. Acredito que vamos conseguir viajar s� no ano que vem, em baixa temporada", afirma.
O banc�rio Allison Cavalcante, 37, pesquisa passagens de Bras�lia para S�o Paulo diariamente. Ele pretende passar o feriado de 2 de novembro na capital paulista para acompanhar a cerim�nia de casamento do melhor amigo. "Os pre�os est�o bem acima do normal em compara��o ao mesmo per�odo do ano passado. Mesmo com anteced�ncia e em hor�rios alternativos, ainda est� bem caro. Estou esperando alguma promo��o aparecer", diz.
Quem j� comprou passagem faz planos para conseguir aproveitar as cidades de destino, mesmo com a pandemia de covid-19. A empres�ria Carina Silva, 31, est� de viagem marcada para Orlando, Estados Unidos, no pr�ximo m�s, e corre para embarcar imunizada e ciente de todos os protocolos sanit�rios. "Vou completar meu esquema de vacina��o nesta semana e estou pesquisando todas as exig�ncias do pa�s. H� anos n�o viajo e programei v�rios passeios com a minha fam�lia", ressalta.
A especialista em viagens e turismo Ilka Liberato destaca a import�ncia de checar todas as exig�ncias do pa�s de destino. "As informa��es sobre restri��es s�o atualizadas todos os dias e mudam de pa�s para pa�s. � importante se atualizar sobre o destino que voc� deseja ir e nos portais do governo local. Eles disponibilizam sobre cuidados, documenta��es necess�rias e provid�ncias que � preciso tomar antes de embarcar para algum local", aponta.
Ilka Liberato tamb�m sugere outros cuidados. "Muitas pessoas desconsideram a necessidade de fazer um seguro viagem. Um seguro que cubra, por exemplo, tratamento m�dico, medicamentos, caso voc� precise, � fundamental. Alguns pa�ses, inclusive, exigem o seguro viagem com prote��o relacionada especificamente � COVID-19", conclui.
Palavra de especialista
Cuidado, a pandemia n�o acabou
Dentro dos avi�es, geralmente se utilizam filtros hepa, que limpam 99% do ar que circula. Ent�o, o risco maior n�o � quando a aeronave decola, mas, sim, fora. Principalmente, no rol de entrada dos aeroportos - onde as pessoas costumam n�o manter o distanciamento e, �s vezes, utilizam a m�scara facial de forma inadequada. Para quem vai viajar dentro do pa�s, em voos dom�sticos e curtos, recomendamos que cada um leve o seu �lcool em gel, evite tocar em superf�cies e passar a m�o nas mucosas, olhos, boca e n�o ficar manuseando a m�scara dentro do aeroporto ou avi�o.
� recomendado uma m�scara PFF2 ou, se poss�vel, usar duas descart�veis. Tamb�m � necess�rio ficar atento ao nosso pr�prio distanciamento no momento do embarque, porque as pessoas tumultuam muito. Quanto aos locais, alguns est�o requerendo o teste PCR e isso pode variar. Pode ser um exame de 24 horas, de 48 horas antes do voo, por exemplo. Al�m disso, temos pa�ses que pedem cart�o de vacina. Quando chegar no local de origem, fa�a uma pondera��o.
Quem voc� vai visitar? � uma pessoa vacinada? � algu�m que est� vulner�vel? Voc� tem algum sintoma ou risco de infec��o? Mantenha a consci�ncia e os cuidados para n�o levar o v�rus de um lugar para o outro.
� recomendado uma m�scara PFF2 ou, se poss�vel, usar duas descart�veis. Tamb�m � necess�rio ficar atento ao nosso pr�prio distanciamento no momento do embarque, porque as pessoas tumultuam muito. Quanto aos locais, alguns est�o requerendo o teste PCR e isso pode variar. Pode ser um exame de 24 horas, de 48 horas antes do voo, por exemplo. Al�m disso, temos pa�ses que pedem cart�o de vacina. Quando chegar no local de origem, fa�a uma pondera��o.
Quem voc� vai visitar? � uma pessoa vacinada? � algu�m que est� vulner�vel? Voc� tem algum sintoma ou risco de infec��o? Mantenha a consci�ncia e os cuidados para n�o levar o v�rus de um lugar para o outro.
Joana Darc, m�dica infectologista
Fronteiras abertas
» Dois dos destinos internacionais mais populares entre os brasileiros anunciaram que pretendem suspender restri��es de viagens nos pr�ximos meses. Os Estados Unidos, que permitir�o a entrada direta a partir de novembro, e a Argentina, que reabrir� suas fronteiras em 1º de outubro, avisaram que turistas com a vacina��o completa contra a COVID-19 n�o precisar�o de quarentena para entrar nos seus territ�rios.
» As novas regras exigir�o que todos os estrangeiros que chegam aos pa�ses apresentem prova de que possuem o esquema de vacina completo. Enquanto isso, boa parte da Europa mant�m o protocolo sanit�rio rigoroso para que pessoas que estiverem no Brasil e em outros pa�ses possam entrar.
Confira o protocolo de exig�ncias e restri��es para entrar nos principais destinos procurados pelos brasileiros:
Estados Unidos - Cart�o de vacina��o completo a partir de novembro de 2021
M�xico - Preencher formul�rio de fatores de risco ao viajante na chegada
Reino Unido - Continua proibida a entrada de turistas que tenham passado pelo Brasil nos 10 dias precedentes. Devem cumprir quarentena
Argentina - Cart�o de vacina��o completo h� mais de 14 dias %2b teste RT-PCR realizado at� 72h antes do embarque, ou teste de ant�geno na chegada
It�lia - Entrada proibida para pessoas que estiveram no Brasil nas �ltimas duas semanas, a menos que cumpram quarentena.
Fran�a - Esquema vacinal completo
(Colaboraram Gabriela Chabalgoity, Gabriela Bernardes, Bernardo Lima e Jo�o Vitor Tavarez, estagi�rios sob a supervis�o de Odail Figueiredo)
(Colaboraram Gabriela Chabalgoity, Gabriela Bernardes, Bernardo Lima e Jo�o Vitor Tavarez, estagi�rios sob a supervis�o de Odail Figueiredo)
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