
“Na �ltima semana [entre 28/3 e 3/4] foi a pior situa��o que vivemos. Hospitais e UPAs lotados. Em alguns faltava at� mesmo oxig�nio para os pacientes, e as ambul�ncias precisavam disponibilizar o que tinham at� repor”, relata Deivison Souza, de 41 anos, que trabalha no Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) da capital.
Ele conta que, ultimamente, atende em m�dia 15 pessoas por dia com o novo coronav�rus. “Agora, temos que transportar dois pacientes juntos e isso aumenta a chance de contamina��o. �s vezes um deles tem apenas suspeita e outro est� positivo, se a pessoa n�o for confirmada, ela pega o v�rus ali mesmo na ambul�ncia”, lamenta.
Deivison se preocupa tamb�m com a pr�pria sa�de. “Tomei a primeira dose da vacina e a segunda s� m�s que vem. Ainda tenho receio porque existe a chance de me contaminar tamb�m”, relata. Ele conta como tem sido a rotina. “J� atendi v�rias vezes paciente na rua mesmo. Entra para a gente, �s vezes, como mal-estar s�bito e quando chegamos ao local o paciente j� est� com 40° de febre e sintomas da COVID-19 precisando de interna��o”, disse.
Apesar da situa��o ca�tica enfrentada pelo sistema de sa�de nas �ltimas semanas, nesta quinta-feira (8/4), a reportagem do Estado de Minas encontrou um movimento mais tranquilo na procura por atendimento nas UPAs e hospitais de Belo Horizonte.
Segundo o m�dico infectologista Una� Tupinamb�s, que integra o Comit� de Enfrentamento � Pandemia de COVID-19 da prefeitura, essa queda era esperada ap�s medidas restritivas impostas pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD). “Vimos uma redu��o do RT, que � a taxa de transmiss�o do v�rus, ent�o, est�vamos esperando por essa queda tamb�m na procura por atendimento”, afirmou.
Segundo o m�dico infectologista Una� Tupinamb�s, que integra o Comit� de Enfrentamento � Pandemia de COVID-19 da prefeitura, essa queda era esperada ap�s medidas restritivas impostas pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD). “Vimos uma redu��o do RT, que � a taxa de transmiss�o do v�rus, ent�o, est�vamos esperando por essa queda tamb�m na procura por atendimento”, afirmou.
Una� ressaltou que a queda na ocupa��o de leitos deve acompanhar a redu��o de atendimento nos pr�ximos dias. “O al�vio na press�o da interna��o ainda deve demorar em torno de 15 dias, o paciente demora muito tempo para receber a alta. A gente tem a expectativa de ter a taxa de ocupa��o de leitos em BH menor do que 80% depois do 21 de abril”, acrescenta.
COVID-19 em BH
Belo Horizonte apresentou queda nos tr�s principais indicadores da pandemia da COVID-19 nessa quarta-feira (7/4). Apesar disso, a taxa de ocupa��o geral (SUS + rede particular) dos leitos de UTI permanece pr�xima do colapso e est� em 94%. Os dados s�o do boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura.
Agora, a capital soma 1.147 leitos do tipo: 69 livres e 1.078 em uso. Ap�s colapsar nessa segunda (5/4), a ocupa��o na rede SUS caiu de 96,2% para 92,3% nesta quarta. S�o 525 camas ocupadas e 44 sem pacientes nas UTIs p�blicas da capital mineira.
Nesta quarta, a prefeitura incluiu mais 30 leitos no balan�o: 20 de UTI e 10 de enfermaria. Todos foram abertos no Sistema �nico de Sa�de. Portanto, a queda nos indicares est� mais ligada � amplia��o da oferta, n�o � redu��o de pessoas doentes.
Por outro lado, a transmiss�o do novo coronav�rus caiu novamente em BH. O chamado fator RT, que estava em 0,98, agora est� em 0,96. O �ndice estava no vermelho desde 11 de mar�o, com 1,22, atingindo at� 1,28.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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