
O estado acaba de registrar o seu recorde de mortes na �ltima quarta-feira (7/4), com 508 vidas perdidas em 24 horas. E caminha para ter outro pico de mortes, com alta de 41,12% dentro de 12 dias e a marca de 19,09% de aumento em um m�s, se mantida a atual situa��o, segundo progn�sticos de especialistas.
As proje��es s�o do modelo Geocovid MapBiomas, um esfor�o de cinco organiza��es acad�micas (UEFS, UFBA, UESC, UNEB e IFBA), empresas emergentes de base tecnol�gica (GEODATIN e SOLVED) e o MapBiomas, que criaram essa ferramenta para monitorar o avan�o da COVID-19 no Brasil.
Sem uma vacina��o ampla e eficiente, a perspectiva do infectologista Carlos Starling � congruente com a modelagem elaborada pelo Geocovid MapBiomas, com a pandemia se arrastando por meses e at� anos. O especialista, que tamb�m � diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, n�o acredita que a vacina��o consiga impedir o agravamento de quadros sem isolamento social eficiente.

“Muito provavelmente, com esse ritmo lento de vacina��o, vamos demorar uns dois anos para se ter um impacto relevante. Poucas vacinas chegam aos poucos. At� h� uma perspectiva de chegarem mais vacinas no segundo semestre deste ano, a� pode ser que em meados do pr�ximo ano tenhamos uma melhora consistente. Para este ano � irreal uma melhora s� com vacina��o”, prev� Starling.
No estado, as condi��es diferentes das regi�es e munic�pios colaboram para um controle desigual. As proje��es feitas em outras grandes cidades mineiras mostram preocupa��o em algumas delas no pr�ximo m�s, caso nada seja feito para conter as intera��es sociais.

Em Betim, por exemplo, na Grande BH, a alta de casos pode ser de 38,67% e as mortes de 44,93%. Em Juiz de Fora, maior cidade da Zona da Mata, o hist�rico de altas de casos positivos, segundo o modelo, devem trazer amplia��o de �bitos na casa de 76,11%, mas as contamina��es devem cair 15,21%.



“Uma coisa que pode ser feita � um lockdown em uma ou outra cidade para o sistema de sa�de n�o entrar em colapso. Isso deve, sim, ser avaliado e feito sempre que necess�rio”, observa o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia.
“Minas Gerais � do tamanho da Fran�a. H� regi�es melhores e muito piores. O manejo da epidemia em MG � diferente, at� mesmo a forma onde a epidemia est� em pico, em uma determinada regi�o, e em outra est� melhor”, avalia Starling. Segundo o m�dico, n�o h� medida �nica.
“Deveria ter sido feito um lockdown de 14 a 21 dias em todo o pa�s para se ter uma queda importante nos n�meros. Mas essa medida n�o foi considerada pelo governo federal e vamos viver, de agora para frente, com a epidemia indo e vindo. Se as pessoas relaxarem muito o isolamento, isso aumenta a mobilidade e a epidemia volta com tudo. A�, alguns locais se fecham e a epidemia recua de novo. Era preciso ter uma coordena��o nacional”, avalia.
O Geocovid Mapbiomas foi lan�ado h� um ano, com o prop�sito de monitorar o avan�o da COVID-19, inicialmente, nos munic�pios da Bahia, ajudando as autoridades de sa�de na gest�o e no enfrentamento da pandemia.
A grande procura por pesquisadores, profissionais da imprensa e gestores p�blicos fez o projeto se ampliar nacionalmente. A iniciativa combina recursos de geotecnologias com intelig�ncia artificial para monitorar e prever a evolu��o da pandemia.
A grande procura por pesquisadores, profissionais da imprensa e gestores p�blicos fez o projeto se ampliar nacionalmente. A iniciativa combina recursos de geotecnologias com intelig�ncia artificial para monitorar e prever a evolu��o da pandemia.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), mas a pasta respons�vel pela Sa�de informou n�o ser poss�vel entregar, at� o fechamento desta mat�ria, uma an�lise sobre as tend�ncias da COVID-19 em Minas Gerais.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
- Veja onde est�o concentrados os casos em BH
Coronav�rus: o que fazer com roupas, acess�rios e sapatos ao voltar para casa
Animais de estima��o no ambiente dom�stico precisam de aten��o especial
Coronav�rus x gripe espanhola em BH: erros (e solu��es) s�o os mesmos de 100 anos atr�s