
Enquanto a imuniza��o contra a COVID-19 segue lenta, ainda sem atingir a maior parte da popula��o, Minas Gerais vive os dias mais letais da pandemia. Ainda que abril possa ter dados ainda mais assustadores, mar�o foi o m�s que mais contabilizou mortes na hist�ria, com 18.892 registros, segundo dados do Portal da Transpar�ncia do Registro Civil.
As estat�sticas tamb�m mostram um dado curioso e, ao mesmo tempo, preocupante: enquanto houve redu��o de at� 63% de �bitos pela doen�a nas faixas et�rias mais altas, h� um crescimento de quase 70% entre pessoas de 20 a 59 anos.
No m�s passado, morreram 3.025 pessoas entre 60 e 99 anos – considerado grupo mais suscet�vel � doen�a. Por�m, o balan�o apontou redu��o de 63% de mortes na faixa et�ria 90/99 anos e de 42% na de 80/89 anos em compara��o com o in�cio da pandemia do novo coronav�rus, em mar�o do ano passado.
Segundo os cart�rios, os idosos entre 90 e 99 anos representavam, em m�dia, 7,2% do total de mortos pela COVID-19 desde o in�cio das medidas de isolamento. Em mar�o, por�m, j� com os primeiros reflexos da vacina��o para essa idade, passaram a representar 4,9% dos �bitos E, nos primeiros dias de abril, 2,6% do total de falecimentos.
J� a faixa entre 80 e 89 anos, passou de uma m�dia de 23,7% do total de mortos para 18,2% no m�s passado e 16,6% nas primeiras semanas de abril.
Por outro lado, houve aumento proporcional de mortes entre os mais jovem – dos 20 aos 59 anos. A mudan�a teve in�cio em fevereiro, com eleva��o de �bitos em mar�o, que se mant�m nos primeiros dias de abril.
Em n�meros absolutos, 1.216 pessoas desse grupo perderam a vida para a COVID-19 nos 30 dias de mar�o.
Em n�meros absolutos, 1.216 pessoas desse grupo perderam a vida para a COVID-19 nos 30 dias de mar�o.
De acordo com o balan�o, os �bitos de pessoas com idades entre 20 e 29 anos, que at� mar�o representavam, em m�dia, 0,8% dos falecimentos por COVID-19, passaram a ser de 1,3% em abril, crescimento de 68%.
J� a quantidade de mortes de pessoas entre 30 e 39 anos, que representavam, em m�dia, 2,64%, subiu em abril para 4,2% – aumento de 62%.
J� a quantidade de mortes de pessoas entre 30 e 39 anos, que representavam, em m�dia, 2,64%, subiu em abril para 4,2% – aumento de 62%.
Vacina��o � a sa�da
“No atual cen�rio, esses n�meros sinalizam uma importante, sen�o �nica, sa�da para o Brasil: a vacina��o em massa”, destaca o vice-presidente da Associa��o Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Luis Carlos Vendramin J�nior.
Ele destaca que a popula��o que hoje aguarda a vacina��o deve redobrar os cuidados para evitar a doen�a: “O Portal da Transpar�ncia, que desde o in�cio da pandemia vem permitindo um acompanhamento em tempo real das mortes registradas, traz uma sinaliza��o da queda nos �bitos entre a popula��o com mais idade ao mesmo tempo em que aponta a necessidade de precau��o das pessoas mais jovens, que come�am a ser, proporcionalmente, mais afetadas pelo n�mero de mortes”.
A faixa de pessoas entre 40 e 49 anos � a mais afetada pelo aumento no n�mero de falecimentos nesta nova fase da pandemia.
At� janeiro de 2021, representavam 4,8% dos �bitos causados pela doen�a. Em fevereiro, pulou para 5,6%; em mar�o para 7,7%; e, nos primeiros dias de abril, j� representam 8,4% do total.
Em rela��o � m�dia de �bitos desde o in�cio da pandemia, essa faixa et�ria corresponde a 49% do total de mortes por COVID-19 nos primeiros dias de abril.
At� janeiro de 2021, representavam 4,8% dos �bitos causados pela doen�a. Em fevereiro, pulou para 5,6%; em mar�o para 7,7%; e, nos primeiros dias de abril, j� representam 8,4% do total.
Em rela��o � m�dia de �bitos desde o in�cio da pandemia, essa faixa et�ria corresponde a 49% do total de mortes por COVID-19 nos primeiros dias de abril.
J� a popula��o com idade entre 50 e 59 anos representava, em m�dia, 11,3% do total de mortes pelo novo coronav�rus no primeiro ano da pandemia. Em fevereiro passou para 12,2%; em mar�o para 14,6% e, nos primeiros dias de abril, 15,2% – eleva��o de 35% no n�mero de vidas perdidas.
Por mais resultados concretos
Por mais que a vacina��o seja fundamental, as estat�sticas mostram que as doses aplicadas nos grupos entre 60 e 69 anos, que come�aram a entrar no calend�rio em mar�o, ainda demorar�o para surtir efeito.
Al�m do alto n�mero de interna��es, essa parcela da popula��o segue com alto �ndice de mortes. At� mar�o de 2020, representava, em m�dia, 20,9% dos �bitos por COVID-19 no Brasil.
Esse n�mero subiu para 24,7% em mar�o, e 26,6% na primeira quinzena de abril, o que representa aumento de 27% nos �bitos causados pela doen�a.
Al�m do alto n�mero de interna��es, essa parcela da popula��o segue com alto �ndice de mortes. At� mar�o de 2020, representava, em m�dia, 20,9% dos �bitos por COVID-19 no Brasil.
Esse n�mero subiu para 24,7% em mar�o, e 26,6% na primeira quinzena de abril, o que representa aumento de 27% nos �bitos causados pela doen�a.
J� as mortes na faixa et�ria de 70 a 79 anos (que, em muitos estados, acabou de receber a dose de refor�o do imunizante) continuam em alta em Minas Gerais, passando de uma m�dia 25,7% do total de �bitos para 27,2% em abril.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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